O senador Delcídio do Amaral (MS) renovou, pela segunda vez, a
licença médica. O novo atestado para afastamento das atividades no
Senado foi apresentado sexta-feira (19) à noite, mas o prazo de 15 dias
de licença só começa a contar depois de amanhã (23), quando ele deveria
retornar ao trabalho. Delcídio pediu desfiliação do PT na semana
passada.
Com isso, o mais provável é que o senador não compareça à
oitiva marcada para esta quarta-feira no Conselho de Ética, onde ele
responde a processo por quebra de decoro parlamentar. Os advogados de
Delcídio pediram que o depoimento seja adiado, mas o presidente do
conselho, João Alberto Souza (PMDB-MA), ainda não definiu como
procederá.
Este é o terceiro atestado que Delcídio apresenta desde
que saiu da prisão, em 18 de fevereiro. O senador foi liberado pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavaski para passar a
recolhimento domiciliar, podendo sair de casa apenas para trabalhar no
Senado. No entanto, ele não chegou a retomar as atividades legislativas
em razão das licenças médicas que vem apresentando para exames.
O
senador foi preso em novembro do ano passado por tentar subornar o
ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que este não firmasse acordo
de delação premiada com a Justiça. Delcídio do Amaral ofereceu R$ 50
mil mensais e um plano de fuga para que Cerveró deixasse o Brasil. O
filho de Cerveró, Bernardo, gravou a oferta e entregou o áudio ao
Ministério Público, o que resultou na prisão em flagrante do senador.
Posteriormente, em sua própria delação premiada, Delcídio disse que fez a
oferta a mando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário