sábado, 7 de janeiro de 2017

Governo prepara sistema para conceder seguro-desemprego automaticamente



Agência O Globo

O calvário dos trabalhadores em busca do seguro-desemprego, incluindo os do Rio, pode acabar no segundo semestre deste ano. O Ministério do Trabalho está implementando um sistema que vai encaminhar, automaticamente, o benefício aos demitidos sem justa causa, de forma que eles não precisem mais procurar os postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine) para dar entrada no pedido.

A pasta trabalha na edição de uma norma que vai obrigar todos os empregadores a informar diariamente ao governo demissões e admissões, que fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Hoje, as empresas têm prazo de até 37 dias para prestar essas informações. A mudança nessa regra é necessária, porque o trabalhador pode conseguir um emprego logo após dar entrada no pedido, e, neste caso, o benefício tem de ser suspenso. Além disso, a exigência vai tornar mais rápida a identificação e o atendimento ao desempregado.

O novo sistema está sendo desenhado com a ajuda da Caixa Econômica Federal, pagadora do seguro-desemprego. Deverá começar a funcionar primeiro em alguns estados para testes, entre os quais o Rio, para depois ser ampliado para todo o país já no início de 2018. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a ideia é que o trabalhador receba um SMS ou carta sobre o valor da parcela do seguro-desemprego e a data em que ele terá de comparecer a uma agencia da Caixa para receber o dinheiro.

— Essa medida é boa para o Rio, para todo o Brasil. A partir de 2018, não queremos mais que o trabalhador tenha que se deslocar até as agências e enfrente filas para dar entrada no seguro-desemprego. Não queremos que ele tenha mais esse tipo de incômodo — disse o ministro, acrescentando que a medida faz parte do conjunto de ações do governo para reduzir a burocracia e melhorar a qualidade do gasto público.

No fim de dezembro, O GLOBO mostrou que os postos do Sine no Estado do Rio estavam sem internet há mais de 20 dias, impedindo o atendimento de trabalhadores que precisavam requisitar o seguro-desemprego.

VARREDURA CONTRA FRAUDES

Outra novidade do sistema é a implementação de uma plataforma, já em operação, que detecta indícios de fraude contra o seguro-desemprego antes do desembolso dos recursos. Em apenas 15 dias de funcionamento, o mecanismo identificou, só numa primeira varredura, 41,5 mil pedidos suspeitos — uma despesa de R$ 142 milhões. O sistema permite a realização de até 30 varreduras. Nessa primeira fase, foram analisados pedidos do seguro e processos com parcelas a vencer. 

Os requerimentos com indícios de irregularidade foram bloqueados até a apuração dos fatos. Do total, foi constatado em auditoria posterior que 2.350 pedidos são fraudulentos — o que representaria um gasto de R$ 12 milhões. Esses casos foram repassados à Polícia Federal, órgão responsável por esses tipos de crimes, praticados geralmente por quadrilhas especializadas. 

Ao replicar o sistema sobre os benefícios pagos no segundo semestre de 2016, foram encontradas suspeitas de irregularidades em 115 mil pedidos do seguro. Segundo o ministro, os números mostram que o índice de fraude no pagamento do benefício é alto.

— Estou consciente de que essa medida é fundamental para proteger o dinheiro dos trabalhadores — destacou. 

Numa estimativa conservadora, ele disse acreditar que o novo sistema vai gerar uma economia de R$ 1,3 bilhão por ano. Os gastos com o seguro-desemprego saíram de R$ 19,9 bilhões, em 2010, para R$ 36,4 bilhões, em 2016. Na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, foram tomadas medidas que restringiram o acesso dos trabalhadores ao seguro-desemprego, a fim de segurar os gastos com o benefício.

As fraudes acontecem, segundo a pasta, por causa de controles internos frágeis e falta de uma tecnologia moderna. Até então, os pedidos eram cruzados apenas com o Caged. Deveriam ser comparados com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e base de dados do FGTS, gerido pela Caixa. Agora, os três estarão conectados, num único sistema. O investimento total será de R$ 72 milhões.

Entre os indícios de fraudes foram encontrados vários trabalhadores com mesmo número de telefone e mesmo endereço. Quadrilhas especializadas reativam empresas extintas, empregam funcionários fantasmas de forma retroativa e até recolhem FGTS atrasado só para dar sinais de que os pedidos são legais.

Sem um controle mais rigoroso, sobrava para a Polícia Federal fazer o trabalho depois dos valores já pagos. De acordo com dados do ministério, entre 2012 e 2016, a PF realizou 12 operações, que apontaram R$ 153,5 milhões de prejuízos aos cofres públicos.

— Nós elogiamos o trabalho da Polícia Federal. Mas a ação ocorre depois que os valores já foram desembolsados, com pouquíssimas chances de recuperação. Com o novo sistema, vamos trabalhar de forma preventiva — ressaltou o ministro.

Secretário que defendeu ‘matar mais’ nos presídios deixa o cargo


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© image/jpeg bruno-julio-pmdb

O secretário Nacional de Juventude do governo, Bruno Júlio (PMDB), deixou o cargo nesta sexta-feira depois de suas declarações sobre os massacres nos presídios do Amazonas e de Roraima. Em entrevista para o site HuffPost Brasil e para o jornal O Globo, Júlio afirmou, comentando a barbárie, que “tinha era que matar mais” e “tinha que fazer uma chacina por semana”. Os massacres deixaram 91 mortos. A saída do secretário será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

“Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana”, afirmou Júlio na declaração que provocou sua queda. O agora ex-secretário é presidente licenciado da Juventude do PMDB e filho do deputado estadual de Minas Gerais Cabo Júlio (PMDB).

No Facebook, Júlio ainda tentou amenizar a sua fala. “O que eu quis dizer foi que, embora o presidiário também mereça respeito e consideração, temos que valorizar mais o combate à violência”, escreveu.
Arquivado em:Brasil, Política

Ex deputado afirma ter recebido R$ 23 mi da Odebrecht para Serra




 
© Fornecido por Catraca Livre
 
O ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (PSDB) confirmou recebimento, em sua conta na Suíça, de R$ 23 milhões da Odebrecht. O valor tem relação com a campanha presidencial de José Serra, também do PSDB, em 2010, informa a Folha de S.Paulo. Em agosto no ano passado a Folha de São Paulo informou em reportagem que procuradores da força-tarefa da operação Lava-Jato e da Procuradoria Geral da Reública haviam denunciado que executivos da Odebrecht teriam confirmado pagamento do mesmo valor via CAIXA DOIS para a campanha de José Serra

De acordo com o advogado de Coelho, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, os repasses são na verdade uma espécie de pagamento por seu cliente ter adiantado o pagamento de despesas da campanha tucana de 2010. Ronaldo Cézar Coelho, não quis repatriar o dinheiro, ou seja, traze-lo para uma conta no Brasil, o que é uma possibilidade prevista na chamada Lei da Repatriação, informou seu advogado. Se tivesse aderido ao programa de repatriação Coelho estaria isento de aplicação de punições relativas a sonegação fiscal, apropriação indébita, crimes tributários, evasão de divisas e lavagem de dinheiro relativa a esses delitos. O advogado Mariz de Oliveira afirmou ainda que Coelho pagou no Brasil o equivalente a 30% do valor depositado pela Odebrecht a título de imposto e multa.

José Serra, atual ministro de Relações Exteriores da gestão Temer, afirma que suas campanhas sempre foram feitas sobre responsabilidade do partido e de maneira lícita.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Saque de FGTS inativo começa em fevereiro


Agência O Globo

Os trabalhadores com saldo nas contas inativas do FGTS que fazem aniversário em janeiro já devem começar a sacar os recursos em fevereiro. O cronograma de pagamento será fechado pela Caixa Econômica Federal nas próximas semanas, mas a orientação do governo é que todos os cotistas recebam o dinheiro no prazo máximo de um ano, para que a medida surta efeito na economia. 

Dessa forma, quem nasceu em fevereiro receberá em março, e assim sucessivamente. Os meses também poderão ser agrupados para encurtar o prazo, disse um técnico envolvido nas discussões. 

A Caixa estuda creditar diretamente os valores para os trabalhadores que têm conta no banco. A ideia é acionar também os correspondentes bancários, como as lotéricas, para ajudar no pagamento, no caso de saldos de menor valor.

Também se cogita a possibilidade de os trabalhadores serem informados por telefone (SMS) ou e-mail sobre o valor a que terão direito e a data do saque ou crédito na conta corrente. Para isso, a Caixa está fazendo um amplo trabalho no banco de dados, a fim de atualizar endereços, usando vários cadastros, como Bolsa Família, CPF e seguro-desemprego, além de consultar as informações de quem tem conta ativa no FGTS, mais atualizadas.

MAIORIA TEM UM SALÁRIO MÍNIMO

Segundo uma fonte, o primeiro passo é melhorar a qualidade do cadastro das contas inativas. Em muitos casos, não consta número de telefone, e o endereço está desatualizado.

A Caixa chegou a cogitar como critério para a liberação dos recursos os saldos das contas inativas, de modo a beneficiar primeiro os trabalhadores com menores valores — o que corresponde à maioria, pois mais de 80% têm até um salário mínimo, hoje em R$ 937. Essa ideia, no entanto, poderia causar uma corrida à Caixa, pois muitos cotistas não sabem quanto têm a receber.

Pesa a favor do corte pela data de nascimento o fato de a Caixa ter experiência com a liberação do abono (PIS), que vai de julho a junho do ano seguinte, período no qual são atendidas 20 milhões de pessoas.

Segundo um técnico, nesse caso, o fluxo de trabalhadores no banco é estável ao longo do ano, à exceção de fevereiro, que tem menos dias.

A Caixa informa que há 18,6 milhões de contas inativas no FGTS, no total de R$ 41 bilhões. Como muitos cotistas têm mais de uma conta, o governo estima que dez milhões de pessoas serão beneficiadas. 

A previsão é que sejam sacados R$ 30 bilhões, pois há contas com valores tão baixos que não compensam a ida à agência. 

Serão beneficiados com o saque das contas inativas do FGTS todos os trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos por justa causa até 31 de dezembro de 2015. A medida não contempla casos de cotistas que permanecem no mesmo emprego, mas têm conta inativa porque a empresa mudou de CNPJ.

Quem usou os recursos do FGTS para aplicar na Vale ou na Petrobras e depois ficou com a conta inativa poderá resgatar a aplicação e receber o dinheiro. Neste caso, os trabalhadores devem procurar os bancos onde fizeram o investimento. Quem não quiser sacar poderá deixar a quantia rendendo numa conta-investimento.

Os extratos de contas podem ser consultados no aplicativo do FGTS (disponível para Android, iOS, e Windows Phone), no site da Caixa (www.caixa.gov.br) e utilizando o Cartão do Cidadão em postos de autoatendimento ou agências do banco.

Hoje, o trabalhador pode sacar o dinheiro da conta inativa na sua data de aniversário, desde que ele esteja desempregado há pelo menos três anos.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Justiça suíça vê ‘indícios concretos’ contra Cunha




Na primeira manifestação sobre o mérito de uma investigação envolvendo o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Justiça da Suíça afirmou que existem “indicações concretas” e suspeitas “óbvias” e “suficientes” de que o deputado cassado esteve envolvido em um esquema de “corrupção”. Para o Tribunal Penal Federal da Suíça, pela posição que ocupava no Congresso, o peemedebista tinha a “capacidade de influenciar” a decisão sobre negócios da Petrobrás no Benin, na África, em maio de 2011.

Cunha é réu na Justiça brasileira acusado de receber propina de contrato de exploração de petróleo no país africano e usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. A ação tramita na 13.ª Vara Criminal Federal em Curitiba, sob responsabilidade do juiz Sério Moro.
Peemedebista na mira  
© Fornecido por Estadão Peemedebista na mira 
  As conclusões das autoridades suíças estão em decisão na qual o Tribunal Penal Federal nega desbloquear contas de pessoas e empresas envolvidas na operação – a corte, no entanto, não revela o autor do pedido. Liberados nesta semana, os papéis datam de novembro de 2016 e podem também servir ao processo no Brasil.

Na decisão de manter congelados os recursos no país, o tribunal suíço relata ainda como o negócio da Petrobrás no Benin irrigou uma conta controlada por Cunha. À época, o peemedebista era deputado. A estatal brasileira pagou US$ 34,5 milhões (R$ 111 milhões, na cotação desta quata-feira, 4), em maio de 2011, pela exploração de uma área no país africano, conhecida como Bloco 4.

Segundo as autoridades suíças, após o negócio, foi transferido cerca de US$ 1,3 milhão (o equivalente a R$ 4,2 milhões) para uma conta no país atribuída a Cunha. O documento também afirma que, diferentemente do que diz o peemedebista, ele é o beneficiário direto dos ativos. Cunha foi cassado em setembro do ano passado por mentir à CPI da Petrobrás ao dizer não possuir contas no exterior. Em sua defesa, afirmou que os valores na Suíça estavam depositados em um trust.

‘Provas’

 “O beneficiário era N, o ex-presidente da Câmara dos Deputados”, afirmou o tribunal penal. O documento não cita o nome do deputado cassado e o descreve apenas pela letra N. O Estado apurou que a sigla se refere de fato a Cunha.

Para não liberar o dinheiro bloqueado, o tribunal suíço avalia que existem “provas suficientes de que os fundos podem estar nas contas penhoradas no banco E, em conexão com o assunto sob investigação”. O nome do banco não foi revelado e apenas marcado com a letra E.

A Justiça suíça ainda aponta que a Petrobrás teria pago um valor inflacionado pelo negócio para incluir a corrupção.

Colaboração

Em outubro de 2016, dados foram enviados pelo Ministério Público da Suíça para a força-tarefa da Lava Jato. Naquele momento, as provas colhidas indicavam que R$ 23,2 milhões irrigaram as contas vinculadas a Cunha na Suíça.

Os depósitos atribuídos ao ex-presidente da Câmara continuam bloqueados no país europeu e o dinheiro apenas será repatriado ao Brasil caso Cunha seja condenado. Outra opção para o retorno do dinheiro seria um acordo de delação em que ele aceite devolver os recursos.

Além do processo relacionado ao contrato da Petrobrás no Benin, o deputado cassado, preso desde outubro, ainda responde a mais duas ações penais. Em uma delas, também na Lava Jato, é acusado de receber propina para “facilitar e viabilizar” a contratação de navios-sonda.

Na outra, que tramita na Justiça Federal em Brasília, é acusado de cobrar propina de empresas que pleiteavam recursos do fundo de investimento do FGTS. O esquema foi delatado pelo ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, ex-aliado de Cunha.
Procurada nesta quarta-feira, a defesa do ex-presidente da Câmara informou que não se manifestaria.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Brasil prende respiração até fevereiro à espera das ‘delações do fim do mundo’



O ministro Teori Zavascki. © Nelson Jr. O ministro Teori Zavascki. 
 
O Poder Judiciário entrou em recesso no dia 20 de dezembro, mas Zavascki afirmou que sua equipe  trabalha neste mês de janeiro para dar conta do vasto material. "Acho difícil que se consiga fazer isso [homologar os acordos de delação em janeiro] se é o volume de material que se diz”, afirmou o ministro no final do ano passado. Agora, caso não haja novos vazamentos de delações (como ocorrido com o depoimento de Cláudio Melo Filho no início de dezembro), não haverá mais novidade no caso envolvendo a Odebrecht – a confidencialidade dos depoimentos é um dos pré-requisitos do acordo, apesar de frequentemente não ser cumprido. O ministro do STF Gilmar Mendes chegou a ventilar a possibilidade de anular a delação de Melo após sua divulgação, mesmo que vazamentos semelhantes já tenham ocorrido no passado sem provocar esta mesma reação no magistrado.

Mesmo que Zavascki consiga cumprir o prazo previsto, o início do julgamento dos envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras que têm direito ao foro privilegiado pode levar anos. No caso do mensalão, por exemplo, entre a primeira denúncia de irregularidades, feita pelo então deputado estadual Roberto Jefferson e publicada pela revista Veja em setembro de 2004, e o início do julgamento no STF, em agosto de 2012, passaram-se quase oito anos. A Corte terminou de sentenciar os réus apenas em março de 2014, quase uma década após a eclosão do caso.

Na etapa de homologação Zavascki e sua força-tarefa não se deterão sobre o conteúdo dos depoimentos, apenas irão avaliar se o acordo cumpriu o que está previsto na lei: se os depoimentos foram tomados de forma espontânea e se a redução de penas proposta está de acordo com a legislação para os crimes cometidos. Para assegurar que os delatores não foram coagidos a assinar a delação - acusação frequente dos críticos da operação -, eles serão ouvidos na presença de seus advogados sem a participação de procuradores. Uma vez homologados, os depoimentos passam a ser considerados uma prova com validade jurídica no processo.

Apenas os depoimentos isoladamente, no entanto, não podem ser utilizados como prova definitiva da prática de crime. Servem, porém, como base para que a procuradoria colha mais elementos para a acusação. Com base nas delações homologadas podem ser realizadas novas diligências, o MPF pode solicitar a quebra de sigilo bancário ou telefônico dos envolvidos e outras medidas para embasar a denúncia. Parte dos depoimentos podem ser enviados para juízes de primeira instância, caso envolvam suspeitos sem direito a foro privilegiado.

É o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No final do ano, os procuradores da Lava Jato apresentaram outra denúncia contra o petista – a quinta, no total, já protocolada contra ele, que está nas mãos do juiz Sérgio Moro (que para a sorte de Lula, está de férias até o final de janeiro).

Inscrições para o Fies 2017 estão previstas para fevereiro




As novas inscrições para o Fies 2017 estão previstas para fevereiro, no curso do processo de seleção conduzido pela Secretaria de Educação Superior (Sesu), segundo comunicado feito pelo Ministério da Educação (MEC). No próximo dia 9, o Sistema Informatizado do Fies (SisFies) estará aberto para renovação dos contratos formalizados até 31 de dezembro de 2016. O objetivo do MEC é evitar transtornos com o processo de aditamento.

O MEC também divulgou que o Fies encerrou 2016 com saldo positivo. Com a dilatação dos prazos para a renovação dos financiamentos, quase a totalidade dos estudantes (98%), com contratos na fase de utilização, conseguiram fazer os aditamentos, envolvendo um investimento do governo federal da ordem de R$ 8,6 bilhões. Além disso, os pagamentos aos agentes financeiros e às instituições de ensino superior foram concluídos no último dia 27.

Silvio Pinheiro, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), afirmou que o orçamento para o ano de 2017 está garantido, com destinação de crédito ao Fies de R$ 21 bilhões, o que vai permitir a continuidade dos financiamentos, a manutenção dos contratos com os agentes financeiros e a abertura de novas vagas.

Líderes do PSDB na Câmara reafirmam apoio à candidatura de Maia



Rodrigo Maia: O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) 
  © Fornecido por Estadão O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) 
 

BRASÍLIA - Em almoço nesta quarta-feira, 4, com líderes do PSDB na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ouviu dos tucanos que a bancada não tem nenhuma intenção de apoiar os candidatos do Centrão que pleiteiam o cargo. Os deputados reiteraram que a parceria entre DEM e PSDB é de longa data e que não há risco de lançamento de candidatura própria.

Maia almoçou com o atual líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), e seu sucessor, o deputado paulista Ricardo Tripoli, que assumirá o cargo em fevereiro. No encontro de uma hora e meia, Tripoli avisou que fará consultas individuais na bancada sobre o espaço que o partido reivindicará na Mesa Diretora e nas comissões permanentes. "Vamos postular um espaço. Qual eu ainda não sei", disse Tripoli ao Broadcast Político.

No almoço, Maia conversou com os deputados sobre a agenda de reformas que o governo enviou ao Congresso Nacional e o calendário de votações. Maia ressaltou que a pauta deste ano é "dificílima", disse que o desempenho da base aliada tem de ser "notável" e "ajustada" com o Palácio do Planalto.

Esbanjando confiança, o atual presidente da Câmara está convencido de que não há impedimento jurídico para sua recondução ao cargo e sinalizou que, mesmo sem oficializar a candidatura, hoje já teria votos suficientes para ser reeleito.
Tripoli fez um apelo para que Maia formalize o quanto antes sua candidatura e disse ver "com bons olhos" a continuidade de seu trabalho à frente da Casa.

Maia disputará o comando da Câmara - e o posto informal de "vice-presidente da República", já que substitui o presidente Michel Temer durante as viagens internacionais - com os líderes governistas Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF). Ex-líder da bancada do PDT e ex-ministro das Comunicações do governo Dilma Rousseff, André Figueiredo (CE) concorrerá como candidato de oposição ao governo Temer.

Embora Temer diga oficialmente que o governo se mantém neutro na disputa, seus auxiliares com melhor trânsito partidário atuam para esvaziar as candidaturas vinculadas ao Centrão. O Planalto não pretende dar aval a Rosso ou Jovair - ex-aliados do peemedebista preso Eduardo Cunha - mesmo se a candidatura de Maia for barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O almoço de hoje foi um dos últimos atos de Imbassahy como líder do PSDB na Câmara, uma vez que ele já começou o processo de transferência das funções a Tripoli. Imbassahy deve assumir a Secretaria de Governo em fevereiro, assim que for concluída a eleição na Casa.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

"O desvio do desvio": diretores de empreiteiras roubavam propina que iria para políticos, diz jornal




InfoMoney (Shutterstock) 
  © Shutterstock InfoMoney
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SÃO PAULO - Uma descoberta curiosa ocorreu em meio às investigações sobre os esquema de corrupção de empreiteiras na Operação Lava Jato. Segundo informa o jornal Valor Econômico, as grandes empreiteiras descobriram esquemas de corrupção dentro das suas próprias estruturas de corrupção. Assim, elas viraram alvos de desvios dentro do desvio. 

De acordo com o jornal, grandes empreiteiras, incluindo a Odebrecht, começaram a identificar casos em que funcionários responsáveis por operar o pagamento de propina acabavam embolsando parte do dinheiro, desviado para contas no exterior ou benefícios pessoais. A situação se evidenciou com investigações internas e nas dezenas de delações premiadas fechadas com executivos. 

Segundo a publicação, no caso da Odebrecht, nem mesmo a "estrutura profissional" de pagamento sistematizado de propina conseguiu evitar a proliferação de deslizes contra a empresa pelos seus executivos. O jornal ainda destaca que as evidências de desvio para vantagem pessoal de executivos vêm gerando discussões entre advogados, sendo que alguns defendem que as empreiteiras poderiam entrar na Justiça com ação de ressarcimento para cobrar a quantia extraviada pelos funcionários. Procurada pelo Valor, a Odebrecht respondeu, por meio de nota, que não se manifesta sobre o tema. "A empresa está implantando as melhores práticas de compliance, baseadas na ética, transparência e integridade".

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Após atropelo de Amanda em Ronda, Tate diz: 'Avisei que ela batia forte'



Miesha Tate é ex-campeã do UFC  
© FOTO: UFC Miesha Tate é ex-campeã do UFC 
 
Muitas personalidade do mundo das lutas apostavam na vitória de Amanda Nunes contra Ronda Rousey no UFC 207, ocorrido na última sexta-feira, em Las Vegas (EUA), mas apenas uma pessoa pode garantir que sabia o que estava por vir quando a brasileira acertasse um soco na americana: Miesha Tate.

Em publicação divulgada em sua conta no Instagram, a ex-campeã do UFC, que foi finalizada por Amanda em julho e hoje está aposentada do esporte, garantiu que previu o massacre da baiana no octógono.

- Com a campeã. Eu avisei que ela bate forte - escreveu Tate, junto a uma foto ao lado de Nunes, após o UFC 207. 

Miesha Tate perdeu o cinturão do UFC para Amanda Nunes em julho do ano passado, pelo UFC 200. Depois disso, a americana encarou Raquel Pennington no UFC 205, em novembro, e anunciou sua aposentadoria após a luta.

Nova CNH entra em vigor nesta segunda-feira; confira mudanças



InfoMoney (REPRODUÇÃO)  
© REPRODUÇÃO InfoMoney 
 
SÃO PAULO – Tal como anunciado no dia 22 de dezembro, a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) terá novas cores e informações de segurança a partir desta segunda-feira (2). A mudança é válida para todo o Brasil e os documentos emitidos a partir da data.

A mudança visa atender as novas regras do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), anunciadas em maio de 2016.

Segundo informações do Detran-SP, a principal mudança que a carteira sofrerá é a troca da tinta azul esverdeada, que será substituída pela cor preta. Além disso, o Brasão da República localizado no canto superior esquerdo será impresso com uma tinta especial de segurança que evita a falsificação do documento.
Duas novas estarão descritas no documento: o Registro nacional e Número do Espelho da CNH e o número de formulário do Renach (Registro Nacional de Condutores Habilitados).

As CNHs atuais que ainda estão no prazo de validade não precisarão ser trocadas, segundo o Detran. Além disso, o valor e procedimentos para renovar ou obter a permissão continuam os mesmos.

Confira, abaixo, todas as mudanças que a CNH sofrerá: