sábado, 17 de dezembro de 2016

Após transferência para presídio, Cunha ameaça fazer delação


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Contrariado com a transferência da carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba para um presídio comum, de acordo com a determinação do juiz Sérgio Moro, o ex-deputado Eduardo Cunha ameaça aceitar o acordo de delação premiada com a Lava Jato.

De acordo com matéria da Folha de S. Paulo, em conversas com seus aliados, o ex-deputado contou que, no caso de ir para um presídio em más condições e com regras rígidas de visita, aumentariam as chances de negociar uma delação premiada com a PF.

A transferência teria sido, inclusive, uma forma de fazer uma pressão psicológica em Cunha para que ele conte tudo o que sabe.

Uma fonte revelou ao jornal que o prazo de Cunha para fazer a delação é de poucas semanas. Ele não gostaria de esperar que o governo do presidente Michel Temer se enfraqueça ainda mais para falar. Segundo a fonte, quanto mais fraco o governo, menor seria o peso da sua delação.

Justiça suspende direitos políticos de Lindbergh por quatro anos


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A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu por quatro anos os direitos políticos do senador Luiz Lindbergh Farias Filho, além de determinar o pagamento de uma multa no valor de R$ 480 mil. Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do RJ por uso promocional de sua imagem, em dezembro de 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando era prefeito de Nova Iguaçu e candidato à reeleição.

Segundo o TJ, Lindbergh distribuiu caixas de leite e cadernetas de controle de distribuição com o logotipo do seu governo.

"O réu usou seu cargo e o poder a ele inerente para beneficiar-se em sua campanha à reeleição. O réu causou dano ao gastar verba pública na criação do símbolo, sua inserção em campanhas e sua propagação, associada a seu nome, em situações em que não era necessário. Faltou à conduta do réu impessoalidade, economicidade e moralidade. Posto isso, condeno o réu Luiz Lindbergh Farias Filho à suspensão dos direitos políticos por 4 (quatro) anos e ao pagamento de multa civil no valor de R$ 480 mil reais", disse na sentença a juíza Nathalia Calil Miguel Magluta, titular da 5ª Vara Cível da Comarca de Nova Iguaçu e Mesquita.

O senador informou em nota que vai recorrer da sentença.

Leia a nota na íntegra 

"A Justiça de primeiro grau de Nova Iguaçu me condenou pela utilização de uma logomarca - um sol estilizado, com a inscrição "Prefeitura de Nova Iguaçu" - em embalagens de leite de um programa municipal, alegando que isso seria promoção pessoal.

Essa mesma matéria já foi julgada em 2011, pelo STF, que decidiu pelo seu arquivamento, com 10 votos a favor, por entender não haver indícios para incriminar-me. Estamos recorrendo dessa decisão para que a justiça seja feita e a verdade reestabelecida."

Ministro do STF quebra sigilo bancário do DEM em inquérito contra Agripino Maia




BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou a quebra do sigilo bancário do Diretório Nacional do partido Democratas, no período de 1.º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2014, e o afastamento dos sigilos telefônicos do presidente do partido, senador José Agripino Maia (DEM-RN), do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e de Raimundo Maia, primo do senador, pelo mesmo período.

A medida é parte das investigações de um dos inquéritos que correm no STF contra Agripino - neste caso, sobre pagamento de propina nas obras da Arena das Dunas, construída pela OAS para a Copa do Mundo de 2014. O pedido partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A decisão foi comunicada nessa quinta-feira, 15, em despacho de Barroso ao presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Barroso também notificou companhias de telefonia para que enviem “todos os dados e registros contidos nos cadastros dos investigados e dos interlocutores das ligações, bem como todos os respectivos registros de chamadas (data, tipo de chamada, se foi texto ou voz, duração), incluindo o número de identificação do equipamento móvel (IMEI) e as Estações Rádio-Base (ERBs) transmissoras e receptoras das ligações e suas respectivas localizações”.

A suspeita é de que o Agripino teria recebido propina da empresa OAS, em troca de seu auxílio político na superação de entraves à liberação de recursos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) direcionados à construção da Arena das Dunas. A OAS venceu a licitação da obra na gestão de Rosalba Ciarlini (DEM).

Numa das manifestações anteriores da PGR no inquérito, o procurador-geral Rodrigo Janot havia sustentado ao Supremo que as investigações “apontam para a efetiva solicitação e recebimento, pelo investigado, de forma oculta e disfarçada, de vantagens pecuniárias indevidas, oriundas de sua intervenção para solucionar entraves referentes a controles externos sofridos pela construção da denominada Arena Dunas, pelo grupo empresarial OAS”, disse Janot, que também suspeita de lavagem de dinheiro.

Em abril, Barroso já havia determinado a quebra de sigilo fiscal e bancário de Agripino, do filho dele, deputado Felipe Maia (DEM-RN), de 14 de empresas e outros investigados.

O inquérito derivou de investigações da Operação Lava Jato. A PGR, no entanto, em 2015, concluiu que o caso não tinha relação com a corrupção na Petrobrás e, por isso, o caso foi sorteado para a relatoria de outro ministro do STF.

O nome de Agripino também apareceu em anexo da delação do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que revelou pagamentos, entre doações oficiais e caixa 2, em troca de interesses da empresa. Apelidado de "pino" e "gripado", o senador aparece na relação de políticos beneficiados com repasses da Odebrecht - no caso, no valor de R$ 1 milhão.

No Senado, Agripino é o líder do bloco Social Democrata, que inclui o PSDB e o PV, além do DEM, partido que preside.

Léo Pinheiro, preso no início de setembro na Operação Greenfield, encontra-se no Complexo Médico Penal de São José dos Pinhais-PR, no entorno de Curitiba.

Defesa. Procurado, o senador afirmou esperar que a investigação seja “completa” e feita com a “rapidez devida”, mas disse não ver motivos para a quebra do sigilo bancário do diretório nacional do Democratas. “Não quero discutir decisão da Justiça. Se querem investigar, que investiguem. Sempre estive à disposição para colaborar”, disse o senador.

Agripino negou qualquer influência política a favor da OAS. “Que tipo de influência eu poderia ter para conseguir liberação de recursos do BNDES em pleno governo do PT?”, questionou, ressaltando que na época estava ao lado da oposição.

Até a publicação desta notícia, o Estado não havia obtido resposta da defesa de Léo Pinheiro.

Reeleição de Aécio na presidência do PSDB expõe racha entre tucanos



© Montagem/Getty/Reuters
  A reeleição do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na presidência do PSDB expôs publicamente o racha entre os caciques do partido. Com pelo menos três possíveis pré-candidatos à presidência em 2018, a maneira como Aécio foi reconduzido deixou o governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, irritado.

A reunião da executiva foi marcada para discutir a conjuntura política do País, mas na pauta estava também a eleição para a presidência da sigla. Questionado por jornalistas na sexta-feira (16) sobre o que achou de Aécio continuar no comando do PSDB ate maio de 2018, Alckmin disse que não iria comentar.

"Eu não vou fazer nenhum comentário sobre isso”, disparou Alckmin. Ele chegou trabalhar junto com o ministro das Relações Exteriores,José Serra, para evitar o novo mandato do senador. O ministro, porém, decidiu apoiar o tucano mineiro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardosotambém deu aval ao senador. Apesar da divisão no partido, Serra disse, no dia da recondução, que a permanência de Aécio une o partido.
“Essa não é uma questão pessoal, não é uma questão sequer partidária, mas do país. O Brasil precisa que esse governo dê certo e para isso precisa ter o PSDB unido. Essa união é fundamental. Estou convencido de que é a melhor decisão, pensando não em candidaturas, mas no país, porque esse governo precisa dar certo”, disse.
Serra, Aécio e Alckmin disputam no partido a vaga para sem candidatar à presidência em 2018. O comando do partido é importante no processo interno de escolha do candidato. A permanência de Aécio no comando da sigla em ano eleitoral dá força para que Alckmin e Serra deixem a legenda. Há expectativa de que Alckmin migre para o PSB e Serra para o PMDB.
Embora o caminho para Alckmin tenha ficado mais difícil, aliados do governador acreditam que não é impossível. Nos bastidores, há o entendimento de que ele foi quem mais ganhou com as eleições municipais ao ter emplacado o desconhecido João Doria na prefeitura de São Paulo logo no primeiro turno.

Moro manda soltar ex-tesoureiro do PT e cobra R$ 1 mi em fiança




Ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, presta depoimento © image/jpeg Ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, presta depoimento 
 
Após admitir ter recebido “recursos informais” no caixa do PT e em sua campanha a deputado federal em 2010, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira deixará a cadeia na Operação Lava Jato. O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, determinou nesta sexta-feira que Ferreira, réu em uma ação penal derivada da 31ª fase da operação, batizada de Abismo, seja solto mediante fiança de 1 milhão de reais. O ex-tesoureiro petista é acusado de ter recebido propina referente ao contrato para a construção do novo Centro de Pesquisa Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro.

Embora o Ministério Público Federal tenha se posicionado favoravelmente à manutenção da prisão preventiva do petista, Moro lembra que a fase de instrução do processo, ou seja, a oitiva de acusados e testemunhas, já terminou, o que “diminui riscos às provas e no presente caso, como ocorre em alguns outros casos, não há uma indicação de que o acusado oferece um risco às próprias fontes de provas, como as testemunhas ou colaboradores”.

“Sem pretender minorar eventual responsabilidade” de Paulo Ferreira, Moro ressalta que as investigações da Lava Jato concluíram que “as propinas acertadas em contratos da Petrobrás eram recolhidas principalmente por João Vaccari Neto, sendo depois destinadas a agentes do Partido dos Trabalhadores” e que Ferreira “não figura, aparentemente, entre os principais beneficiários dessas mesmas propinas”.

Para Sergio Moro “o papel aparentemente mais subsidiário dele no esquema criminoso autoriza, nesse momento, a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas”.

Conforme as condições impostas por Sergio Moro, o ex-tesoureiro do PT só será solto depois que depositar a fiança de 1 milhão de reais e entregar seus passaportes. Paulo Ferreira também não poderá mudar de residência ou se ausentar dela por mais de 20 dias sem autorização de Moro e está proibido de “se aproximar ou de contatar, direta ou indiretamente, outros acusados ou testemunhas deste feito e seus familiares, inclusive e principalmente Alexandre Correa de Oliveira Romano”.

‘Problema da cultura política nacional’

Em depoimento a Sergio Moro na última quarta-feira, Paulo Ferreira assumiu que o PT e sua campanha a deputado federal em 2010 receberam doações “informais”, ou seja, via caixa dois.

“É um problema da cultura política nacional, doutor Moro. Não estou aqui para mentir para ninguém. Estou aqui para ajustar alguma divida que eu tenha. Negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros, de todos os partidos, é negar o óbvio”, disse Ferreira ao magistrado.

De acordo com o Ministério Público Federal, o advogado e ex-vereador petista Alexandre Romano, o Chambinho, fechou contratos de advocacia superfaturados com empreiteiras do consórcio do novo Cenpes, alguns deles fictícios, e repassou os valores a Paulo Ferreira.

Em sua delação premiada, Chambinho reconhece que o dinheiro destinado ao petista era oriundo dos contratos celebrados pelas empresas Construbase, Schahin e Ferreira Guedes com a Petrobras. Entre os recebedores de propinas destinadas ao ex-tesoureiro do PT, o delator enumera a madrinha de bateria e o cantor da escola de samba Estado Maior da Restinga, de Porto Alegre, apadrinhada por Paulo Ferreira, e os dois filhos dele, Ana Paula e Jonas.

A Moro, no entanto, Ferreira disse que o advogado atuou como “captador de recursos” de sua campanha e que os pagamentos foram meros casos de caixa-dois.

“No Brasil, o exercício da política, tomara que mude, foi sempre financiado [informalmente], o senhor está vendo isso nas apurações, e financiado por grandes volumes de dinheiro, que ou foram para campanhas ou foram para beneficio pessoal das pessoas. Estou reconhecendo aqui que foram pagamentos ilícitos para fim de campanha eleitoral”, afirmou Paulo Ferreira.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

19 infrações que causam a suspensão da CNH


Algumas infrações gravíssimas cometidas apenas uma vez já são suficientes para levar à suspensão do direito de dirigir

  - Redação / Foto: iCarros / Fonte: iCarros
O motorista não tem a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa apenas quando atinge 20 pontos ou mais em seu prontuário no período de 12 meses. Existem também algumas infrações gravíssimas que, se cometidas apenas uma vez, já causam a perda do direito de dirigir. É o caso, por exemplo de exceder em mais de 50% o limite de velocidade na via, não prestar socorro a vítima de acidente de trânsito, pilotar motocicleta sem capacete, participar de racha, dirigir após ingerir bebida alcoólica ou recusar-se a realizar o teste do bafômetro.

Para ajudar a esclarecer todos os casos, o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) lista quais são essas infrações, os valores das multas e qual órgão é responsável pela fiscalização.

Dirigir embriagado 
 
Multa: R$ 2.934,70
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Rodoviário

Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública ou ameaçando os demais veículos
 
Multa: R$ 293,47
Órgão responsável pela fiscalização: Est/Munic/Rodoviário

Disputar corrida, ou participar de competição sem permissão
 
Multa: R$ 2.934,70
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Municipal/Rodoviário

Participar como condutor em demonstração de manobras de veículos sem permissão
 
Multa: R$ 2.934,70
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Utilizar veículo em demonstração de manobra perigosa mediante arrancada brusca, por derrapagem, frenagem ou arrastando pneus
 
Multa: R$ 2.934,70
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Rodoviário

Deixar o condutor envolvido em acidente, de prestar ou providenciar socorro à vítima ou de evitar perigo para o trânsito
 
Multa: R$ 1.467,35
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Rodoviário

Deixar o condutor envolvido em acidente de remover o veículo local quando determinado por autoridade de trânsito ou deixar de preservar local para perícia
 
Multa: R$ 1.467,35
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Rodoviário

Deixar o condutor envolvido em acidente, de identificar-se ao policial e prestar informações p/ o B.O.
 
Multa: R$ 1.467,35
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Rodoviário

Forçar passagem entre veículos que trafegam em sentidos opostos para realizar ultrapassagem
 
Multa: R$ 2.934,70
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Transpor bloqueio viário policial
 
Multa: R$ 293,47
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Municipal/Rodoviário

Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem capacete de segurança ou sem vestuário aprovado pelo Contran
 
Multa: R$ 293,47
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Municipal/Rodoviário

Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor transportando passageiro sem capacete
 
Multa: R$ 293,47
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Conduzir motocicleta/motoneta/ciclomotor transportando passageiro fora do assento
 
Multa: R$ 293,47
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Conduzir motocicleta/motoneta/ciclomotor fazendo malabarismo/equilibrando-se em uma roda
 
Multa: R$ 293,47
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor com os faróis apagados
 
Multa: R$ 293,47
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Conduzir motocicleta/motoneta/ciclomotor transportar criança menor de 7 anos ou sem condição cuidar própria segurança
 
Multa: R$ 293,47
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Transitar em velocidade acima de 50% à máxima permitida
 
Multa: R$ 880,41
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Recusa ao teste do etilômetro ou exame clínico para perícia
 
Multa: R$ 2.934,70
Órgão responsável pela fiscalização: Estadual/Rodoviário

Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir, ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão
 
Multa: R$ 5.869,40
Órgão responsável pela fiscalização: Municipal/Rodoviário

Quanto tempo dura a suspensão?

O período varia de 2 a 8 meses e, no caso de reincidência em um ano, de 8 a 18 meses. O histórico do motorista conta para a decisão do prazo total. No caso de embriaguez ao volante, recusa ao teste do bafômetro e uso do veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via, o período de suspensão será sempre fixado em 12 meses. Já o motorista autuado por alcoolemia, se for flagrado dirigindo durante o período de suspensão, poderá ter a carteira de habilitação cassada por dois anos.

Quando começa o prazo?

A CNH não é suspensa imediatamente, pois a legislação federal de trânsito prevê direito à defesa. O Detran notifica o cidadão sobre a abertura do processo administrativo de suspensão e fornece prazo para apresentação de recurso, que pode ser feito online. Se não for apresentada defesa ou se o recurso for indeferido, o condutor deverá comparecer à unidade do Detran na qual sua habilitação está registrada para entregar o documento e começar a cumprir o prazo de suspensão do direito de dirigir.

Quando volto a dirigir?

O condutor com CNH suspensa deve fazer o curso de reciclagem em uma autoescola. Uma vez cumpridos o período de suspensão e o curso, o motorista terá sua CNH restituída.

Se o motorista for flagrado dirigindo ou cometer alguma infração durante o período de suspensão, a lei prevê a cassação da carteira por um período sempre de dois anos. Nesse caso, para reaver a CNH, o condutor terá que se submeter às provas teórica e prática, aos exames médico e psicotécnico, além de fazer o curso de reciclagem novamente.

Reprovação a governo Temer sobe a 46%, diz pesquisa CNI/Ibope




© Foto: Eraldo Peres/AP
 
A reprovação ao governo do presidente Michel Temer subiu de 39% em setembro para 46 por cento em dezembro, de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.

A aprovação ao governo ficou em 13%, ante 14 % em setembro, segundo levantamento.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre 1º e 4 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. 

(Redação Rio de Janeiro)

Eduardo Cunha será transferido para presídio



Agência O Globo

CURITIBA - O juiz Sérgio Moro determinou, nesta sexta-feira, a transferência do deputado cassado Eduardo Cunha da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana. O ex-presidente da Câmara está preso desde outubro, após uma das fases da operação Lava-Jato.

Moro justificou a decisão devido à lotação da cadeia e as melhores condições do presídio para receber o ex-deputado. 

No mesmo despacho, Moro negou a transferência do ex-tesoureiro do PP, Claudio Genu, que, segundo o magistrado, manifestou a intenção de colaborar com a Justiça. Na terça-feira, o juiz já havia negado a transferência do ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Lava Jato denuncia Lula, Palocci e Odebrecht por corrupção e lavagem




Em denúncia oferecida nesta quarta-feira, 14, pela força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal, em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de praticar os crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, desta vez em razão de contratos firmados entre a Petrobrás e a Construtora Norberto Odebrecht S/A.

A DENÚNCIA CONTRA LULA

Ao todo, Lula é alvo de cinco denúncias: duas da Lava Jato, no Paraná, uma na Operação Zelotes, uma na Operação Janus e uma no âmbito da Lava Jato, em Brasília.A acusação formal tornada pública nesta quinta é a segunda da força-tarefa do Ministério Público Federal, no Paraná. Em setembro deste ano, a Procuradoria da República, no Paraná, denunciou o petista também por lavagem de dinheiro e corrupção no caso triplex e no pagamento da armazenagem de bens pessoais.Lula foi denunciado ainda na Operação Zelotes por tráfico de influência na compra dos caças Gripen e na prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627 em 9 de dezembro.

O ex-presidente também é acusado pelo Ministério Público Federal por obstrução de Justiça, por supostamente ter tentado barrar a delação do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró na Operação Lava Jato e ainda por tráfico de influência em um empreendimento da Odebrecht em Angola, na Operação Janus, que envolve o sobrinho de sua primeira mulher.

A exemplo da acusação feita na Ação Penal nº 5046512-94.2016.4.04.7000, Luiz Inácio Lula da Silva é apontado como o responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal. A denúncia aponta que esse esquema ocorreu nas mais importantes diretorias da Petrobrás, mediante a nomeação de Paulo Roberto Costa e Renato Duque para as diretorias de Abastecimento e Serviços da estatal, respectivamente.

Por meio do esquema, diz a denúncia, estes diretores geravam recursos que eram repassados para enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para campanhas eleitorais movidas por dinheiro criminoso.Também foram denunciados o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro
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Nesta denúncia, a propina, equivalente a percentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobrás e a Construtora Norberto Odebrecht S/A, totaliza R$ 75.434.399,44. Este valor foi repassado a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Progressista (PP) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), bem como aos agentes públicos da Petrobrás envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro.Parte do valor das propinas pagas pela Construtora Norberto Odebrecht S/A foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula. O acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente.A compra desse imóvel foi realizada em nome da DAG Construtora Ltda., mas com recursos comprovadamente originados da Construtora Norberto Odebrecht, em transação que também contou com a interposição de Glaucos da Costamarques, parente de José Carlos Costa Marques Bumlai, sob a orientação de Roberto Teixeira, que atuou como operador da lavagem de dinheiro. O valor total de vantagens ilícitas empregadas na compra e manutenção do imóvel, até setembro de 2012, chegou a R$ 12.422.000,00, como demonstraram anotações feitas por Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas na sede da DAG Construtora Ltda. e dados obtidos em quebra de sigilo bancário, entre outros elementos.

Além disso, parte das propinas destinadas a Glaucos da Costamarques por sua atuação na compra do terreno para o Instituto Lula foi repassada para o ex-presidente na forma da aquisição da cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo (SP). De fato, R$ 504.000,00 foram usados para comprar o apartamento vizinho à cobertura do ex-presidente.

A nova cobertura, que foi utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no nome de Glaucos da Costamarques, que atuou como testa de ferro de Luiz Inácio Lula da Silva, em transação que também foi concebida por Roberto Teixeira, em nova operação de lavagem de dinheiro. Na tentativa de dissimular a real propriedade do apartamento, Marisa Letícia Lula da Silva chegou a assinar contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques, datado de fevereiro de 2011, mas as investigações concluíram que nunca houve o pagamento do aluguel até pelo menos novembro de 2015.

A denúncia foi elaborada com base em depoimentos, documentos apreendidos, dados bancários e fiscais bem como outras informações colhidas ao longo da investigação, todas disponíveis nos anexos juntados aos autos."Esta denúncia reafirma o compromisso do Ministério Público Federal com o cumprimento de suas atribuições constitucionais e legais, independentemente das tentativas de intimidação dos acusados e de seus defensores, dos abusos do direito de defesa em desrespeito ao Poder Judiciário e do abuso do poder de legislar utilizado em franca vingança contra as Instituições", diz nota da Procuradoria da República.

Governo vai aumentar remuneração do FGTS e facilitar pagamento de dívidas




ctv-pjl-meirelles dusek: Equipe econômica anuncia medidas para estimular a economia  
© Fornecido por Estadão Equipe econômica anuncia medidas para estimular a economia 
 
O governo anunciou nesta quinta-feira, 15, uma série de medidas para tentar estimular a economia brasileira. Participaram do anúncio o presidente Michel Temer, os ministros da Fazenda, da Casa-Civil e do Planejamento, Henrique Meirelles, Eliseu Padilha e Dyogo Oliveira, e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Renan Calheiros.

Entre as medidas está o aumento da remuneração do FGTS. Hoje, os trabalhadores que têm recursos depositados no fundo tem o dinheiro remunerado a uma taxa de 3% ao ano mais a TR (taxa referencial). A proposta é distribuir 50% do lucro líquido do fundo aos poupadores para elevar a rentabilidade do FGTS para algo perto do que é pago pela poupança (6% ao ano mais a TR).

Além disso, o governo anunciou a redução gradual da multa adicional de 10% do FGTS, pago na demissão de empregados, com redução de 1 ponto porcentual ao ano.

O pacote também inclui medidas de incentivo ao crédito imobiliário, redução do spread bancário (margem dos bancos no crédito), redução dos juros no cartão de crédito e a regularização tributária para que empresas e pessoas físicas façam pagamentos parcelados de dívidas vencidas.

No crédito habitacional, o governo anunciou a regulamentação da Letra Imobiliária Garantia (LIG), ferramenta que permite uma alternativa de fonte de recursos para o financiamento do setor. Atualmente, a caderneta de poupança e o FGTS são os dois principais financiadores do crédito imobiliário. A LIG entrará em audiência pública em janeiro, para depois ser apreciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para reduzir o custo geral dos empréstimos, o governo anunciou a criação de uma duplicata eletrônica, que funcionará como uma central onde estarão registradas as garantias. Com isso, a expectativa é aumentar a segurança e baixar as taxas de juros. Também está no radar do governo o aperfeiçoamento do cadastro positivo (cadastro dos bons pagadores), que também pode ajudar a reduzir o custo dos empréstimos.

No cartão de crédito, o governo também quer baixar os juros. Meirelles explicou que, hoje, os lojistas demoram até 30 dias para receber os valores pagos com o plástico. Uma ideia é permitir que esse prazo seja reduzido. Em até 10 dias a equipe econômica pretende apresentar uma solução para isso.

Comércio. Para empresas, o governo anunciou que promoverá medidas para desburocratizar o comércio exterior, com redução mínima de 40% do tempo para o procedimento de importação e exportação. Também haverá a ampliação do microcrédito produtivo de R$ 120 mil para R$ 200 mil de faturamento por ano.

Renan diz que decisão de Fux é "invasão" no Legislativo e Congresso vai recorrer




© Adriano Machado / Reuters
 
O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou nesta quinta-feira a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux que determinou o retorno à Câmara dos Deputados do projeto de medidas de combate à corrupção já aprovado na Casa e que tramita no Senado, e disse que o Congresso vai recorrer.

"Eu considero, digo isso respeitosamente, uma invasão na competência do Legislativo e vou mobilizar a advocacia do Senado e conversar com o presidente (da Câmara) Rodrigo Maia (DEM-RJ) para que nós possamos desfazê-la, já que há uma decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal no sentido de que não pode haver interferência no processo legislativo", disse Renan a repórteres na chegada ao Senado.

"O que pretendo fazer é que nós entremos com uma, ou duas ou três ações para garantir ao Legislativo o direito de que não haja a intervenção de outro Poder durante o processo legislativo", acrescentou.

Em sua decisão, tomada na quarta-feira, o ministro Fux entendeu que a Câmara descumpriu seu regimento interno ao tratar a proposta das dez medidas de combate à corrupção, patrocinada pelo Ministério Público Federal e assinada por mais de 2 milhões de eleitores, como uma matéria comum e não como projeto de iniciativa popular.

Vários pontos da proposta original foram retirados do texto pelos deputados, e os parlamentares também aprovaram a possibilidade de punir juízes e promotores pelo crime de abuso de autoridade.

Na própria quarta-feira o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou a decisão de Fux e a classificou de uma intromissão. “A assessoria está analisando a liminar. Infelizmente, é intromissão indevida do Judiciário na Câmara dos Deputados”. 

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

Fux anula votação de pacote anticorrupção na Câmara


Com decisão de Fux, tema volta à estaca zero: ministro-luis-fux-julgamento-cotas-20120426-original.jpeg © image/jpeg ministro-luis-fux-julgamento-cotas-20120426-original.jpeg 
 
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar nesta quarta-feira para anular a votação, na Câmara dos Deputados, do pacote anticorrupção e, por consequência, da emenda que definiu o abuso de autoridade para juízes e integrantes do Ministério Público. Segundo o magistrado, a votação do tema foi permeada por ilegalidades. Na prática, a decisão de Fux impõe que o tema volte à estaca zero na Câmara dos Deputados e exige que o projeto mantenha o teor original proposto pelo Ministério Público e apoiado em massa pela população. Na noite desta quarta-feira, diante da falta de apoio explícito de senadores, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) retirou de pauta outro projeto que tratava de abuso de autoridade, e a proposta passará a ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça da Casa no ano que vem.

No mandado de segurança analisado por Fux, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), autor do recurso, alegava que, por dizer respeito do Poder Judiciário e ao Ministério Público, a iniciativa legislativa teria de ser do Supremo Tribunal Federal, e não do Congresso. Na madrugada de 30 de novembro, o plenário da Câmara aprovou emenda ao pacote anticorrupção e elencou a responsabilidade de juízes a magistrados que ajam, por exemplo, com má-fé nos processos, com intenção de promoção pessoal ou com o objetivo de perseguição política. A proposta aprovada na Câmara a partir de uma emenda que desfigurou o projeto original estabelece que essas autoridades podem sofrer sanções no caso de “expressar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento” ou promover a “instauração de procedimento sem que existam indícios mínimos de prática de algum delito”. 

Pelo texto, será responsabilizado “quem ajuíza ação civil pública e de improbidade temerárias, com má-fé, manifesta intenção de promoção pessoa ou visando perseguição política”. Como é controversa a aferição se um magistrado ou procurador, por exemplo, agiu com má-fé ou temeridade, o juiz Sergio Moro sugeriu ao Senado que fosse incorporado à lei trecho que estabelece que “não configura crime previsto nesta lei a divergência na interpretação da lei penal ou processual penal ou na avaliação de fatos e provas”. 

No mandado de segurança apresentado ao Supremo, o deputado Eduardo Bolsonaro alegou que “não cabe ao Poder Legislativo a formulação de proposições que versam sobre o exercício da Magistratura e dos Membros do Ministério Público, sob pena de ferir as normas constitucionais de iniciativa legislativa”. De acordo com Bolsonaro, a aprovação da emenda sobre abuso de autoridade extrapolou o escopo do projeto anticorrupção, que teve iniciativa popular.

Em sua decisão, o ministro do STF Luiz Fux disse que não é possível desfigurar um projeto de iniciativa popular desta maneira, como ocorreu com o pacote anticorrupção, que teve 2.028.263 assinaturas. “Que o projeto de iniciativa popular seja debatido em sua essência, interditando-se emendas e substitutivos que desfigurem a proposta original para simular apoio público a um texto essencialmente distinto do subscrito por milhões de eleitores”, disse o magistrado.

“Há apenas simulacro de participação popular quando as assinaturas de parcela significativa do eleitorado nacional são substituídas pela de alguns parlamentares, bem assim quando o texto é gestado no consciente popular é emendado com matéria estranha ou fulminado antes mesmo de ser debatido, atropelado pelas propostas mais interessantes à classe política detentora das cadeiras do parlamento nacional”, completou ele. Segundo o ministro, o Congresso violou o interesse popular ao sobrepor ao projeto tema completamente alheio aos anseios da população e, no mais, que servia aos interesses apenas dos parlamentares.

“No que diz respeito à emenda de plenário (…) que trata de crimes de abuso de autoridade de magistrados e membros do Ministério Público, para além de desnaturação da essência da proposta popular destinada ao combate à corrupção, houve preocupante atuação parlamentar contrária a esse desiderato”, afirmou.

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Marcelo Odebrecht diz que empreiteira fez repasses a Lula



Marcelo Odebrecht: empresário diz que empreiteira fez pagamentos a Lula em dinheiro vivo: size_960_16_9_marcelo-odebrecht.jpg © image/jpeg size_960_16_9_marcelo-odebrecht.jpg 
 
O herdeiro e ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, confirmou em depoimento de delação premiada na Operação Lava Jato que foram realizados pagamentos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive em dinheiro em espécie. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (15) pelo Valor PRO, serviço em tempo real do jornal Valor Econômico.

Segundo a publicação, o empresário afirmou que os valores destinados a Lula foram transferidos do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o departamento conhecido como a “central de propinas” da empresa a políticos e servidores públicos.

Ao Valor, a defesa de Lula disse que não comenta “especulação de delação” e que, segundo os advogados do ex-presidentes, nenhuma das 23 testemunhas selecionadas pelo Ministério Público Federal “confirmou qualquer das teses acusatórias”.

Matéria da Isto É publicada em novembro já apontava que o documento da delação premiada de Marcelo Odebrecht continha a afirmação de que Lula teria recebido dinheiro da empreiteira em dinheiro vivo. A revista afirmou que os repasses teriam sido feitos entre 2012 e 2013, quando o ex-presidente já tinha deixado o cargo no Palácio do Planalto.

Relatório da Polícia Federal divulgado no dia 24 de outubro afirmou que Lula teria recebido R$ 8 milhões da empreiteira por suposta participação em esquemas de corrupção. Segundo a reportagem da Isto É, o valor repassado à Lula em espécie teria vindo desse montante.

Lula tinha ‘controle supremo’ da corrupção na Petrobras, diz MPF



O procurador Deltan Dallagnol, em apresentação de denúncia contra Lula, em setembro: Lava jato © image/jpeg Lava jato 
 
Na denúncia apresentada ontem ao juiz federal Sergio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros oito acusados, a força-tarefa da Operação Lava Jato voltou a ressaltar a posição de comando do petista no petrolão. Os procuradores do Ministério Público Federal afirmam que o ex-presidente tinha “controle supremo” do esquema de corrupção e “dominava toda a empreiteira criminosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias”.  Em setembro, na coletiva de imprensa em que detalharam a outra denúncia contra Lula, os procuradores haviam se referido a ele como “comandante máximo” e “grande general” do esquema de corrupção na Petrobras.

“É evidente o controle supremo desempenhado por Luiz Inácio Lula da Silva nos atos de corrupção que levaram às fraudes nos procedimentos licitatórios para a execução das obras”, afirma a força-tarefa da Lava Jato.

Os investigadores dizem na peça apresentada a Moro que, enquanto presidente da República e líder máximo do PT, “Lula agiu para a instituição e a manutenção do esquema criminoso, além de ter sido o agente que dele mais se beneficiou”.

No trecho da denúncia intitulado “A ação criminosa de Lula”, os procuradores do Ministério Público Federal enumeram o que chamam de “triplo objetivo” alcançado pelo petista no petrolão: “(a) governabilidade assentada em bases espúrias; (b) fortalecimento de seu partido – PT –, pela formação de uma reserva monetária ilícita para abastecer futuras campanhas, consolidando um projeto, também ilícito, de perpetuação no poder; (c) enriquecimento com valores oriundos de crimes”.

Especificamente em relação aos pagamentos de propina pela Odebrecht a Lula, que baseiam a denúncia, o Ministério Público Federal afirma que o ex-presidente “recebeu, direta e indiretamente, mediante deduções do sistema de caixa geral de propinas do Partido dos Trabalhadores, vantagens indevidas durante e após o término de seu mandato presidencial”.
 
A denúncia contra Lula
 
Réu em três ações penais na Justiça Federal, Lula é acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter sido beneficiado com propina da empreiteira Odebrecht na compra, por 12,4 milhões de reais, de um terreno onde seria construído o Instituto Lula, e na aquisição, por 504.000 reais, de uma cobertura vizinha à sua no edifício onde mora, em São Bernardo do Campo. A operação teria contado com as participações de um testa de ferro, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, e do advogado de Lula, Roberto Teixeira.

Além do ex-presidente, foram formalmente acusados pelo MPF o ex-ministro Antonio Palocci, também denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e Roberto Teixeira, ambos denunciados por lavagem de dinheiro, e outras quatro pessoas.

Confira a lista dos denunciados e as acusações a eles atribuídas pelo Ministério Público Federal:

Luiz Inácio Lula da Silva, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Antonio Palocci, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Branislav Kontic, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Marcelo Odebrecht, corrupção ativa e lavagem de dinheiro

Paulo Ricardo Baqueiro de Melo, lavagem de dinheiro

Demerval Gusmão, lavagem de dinheiro

Glaucos Costamarques, lavagem de dinheiro

Roberto Teixeira, lavagem de dinheiro

Marisa Letícia Lula da Silva, lavagem de dinheiro

Veja abaixo a representação do esquema que teria beneficiado o ex-presidente, elaborada pelo MPF:
. © Foto: Veja .
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