sábado, 25 de junho de 2016

Campanha pede que Estado de São Paulo deixe de fazer parte do Brasil




A repercussão do referendo que votou pela saída do Reino Unido da União Europeia tem gerado diversas reações pelo mundo a fora e também no Brasil.

Depois de alguns países terem anunciado que pretendem realizar consultas populares para deixar a UE, uma organização não-governamental do Estado de São Paulo ganhou força com uma campanha que pede a 'independência' do estado.

Batizado de "SampAdeus" (São Paulo vai dar adeus ao Brasil), o movimento defende que São Paulo deve ser um país e deixar de fazer parte do Brasil.

A ONG São Paulo Livre planeja realizar um Plebiscito Consultivo Paulista no dia 2 de outubro para recolher a opinião da população sobre a separação.

Alguns dos argumentos são de que São Paulo possui uma população maior que a da Argentina e tem o segundo maior PIB da América do Sul.

No entanto, embora o movimento tenham apoiadores, ele também tem sido alvo de críticas nasredes sociais.

Moro 'reativa' todos os inquéritos contra Lula






Lula na posse como ministro: derrubado pela Justiça  
© Fornecido por Estadão Lula na posse como ministro: derrubado pela Justiça 
 
Os inquéritos e processos de busca e apreensão e quebra de sigilos que têm como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família foram reativados, nesta sexta-feira, 24, pelo juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, em Curitiba - origem do escândalo Petrobrás.São frentes que apuram corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma do sítio, em Atibaia (SP), no negócio do tríplex do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP), nos pagamentos para a LILS - empresa de palestras do ex-presidente - e nas doações para o Instituto Lula, entre outros.

"O eminente ministro Teori Zavascki determinou, acolhendo parecer do exmo. procurador-geral da República, a devolução do inquérito. Tendo os autos retornado, traslade-se para estes autos cópia do parecer apresentado no Inquérito 4220 e cópia da decisão de 13 de junho de 2016 na Reclamação 23.457", despachou Moro, que conduz todos os processos da Lava Jato em primeira instância.

O Supremo Tribunal Federal, por ordem do ministro Teori, havia decretado a suspensão da tramitação das investigações contra Lula, sob tutela de Moro, na Justiça Federal em Curitiba, em liminar que acolheu pedido da defesa do ex-presidente, que questionou a competência da força-tarefa em primeiro grau judicial de conduzir os casos.

Alguns dos inquéritos, como o da compra do Sítio Santa Bárbara, em 2010, e da reforma executada no imóvel pela Odebrecht, OAS e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, estão em fase final, prontos para serem transformados em denúncia formal.

Sigilo
 
 Nesta sexta-feira, 24, ao receber de volta os processos de Teori, o juiz da Lava Jato determinou que os inquéritos devem "tramitar exclusivamente entre Ministério Público Federal e autoridade policial". Mas ordenou que "deverá ser observado o sigilo decretado pelo STF", em procedimento de quebra que resultou na interceptação telefônica que captou conversas de Lula.

Nesses diálogos, o ex-presidente foi pego em diálogo com a presidente afastada, Dilma Rousseff - a prova foi invalidada por decisão de Teori -, um dia antes de ser nomeado por ela ministro da Casa Civil. 
 
"Ressalve-se, por óbvio, o diálogo datado de 16 de março de 2016, entre o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Exma. Presidente da República Dilma Rousseff, atualmente afastada, já que invalidado", reforça Moro.

O juiz da Lava Jato determinou ainda que as defesas dos investigados reapresentem a ele "os pedidos formulados perante o Supremo Tribunal Federal".Desde o início das investigações, o Instituto Lula e os advogados do petista têm reiterado que ele nunca praticou qualquer ato ilícito. 

O Instituto e a defesa reafirmam enfaticamente que o tríplex do Guarujá e o sítio Santa Bárbara, de Atibaia, não pertencem a Lula. Os valores recebidos pela LILS são relativos a palestras realizadas pelo ex-presidente.

Cunha pede ao STF a quebra do próprio sigilo telefônico e o de Lobão





O presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). © Foto: Dida Sampaio|Estadão O presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 
 
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o seu próprio sigilo telefônico seja quebrado. Em defesa prévia apresentada à Corte, o parlamentar também solicitou a quebra de sigilo telefônico do senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA).

Segundo Cunha, a peça protocolada na sexta-feira, 24, serve para "fazer contraprova da defesa às acusações". De acordo com os advogados do peemedebista, a denúncia afirma que Julio Camargo solicitou a Fernando Soares - o Fernando Baiano - uma reunião com Cunha, o que não seria verdade. “Esse fato é obviamente falso e sua falsidade pode ser comprovada por meio da quebra de sigilo de dados telefônicos do requerido”, disse. Em 2015, Julio Camargo denunciou Eduardo Cunha por exigir propina de US$ 5 milhões.

O presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Dida Sampaio|Estadão
O presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) © Fornecido por Estadão O presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) No caso de Lobão, a defesa de Cunha sustenta que a quebra de sigilo seria necessária para provar que é falsa a afirmação de que Lobão teria ligado para Cunha com o objetivo de proteger Camargo, com quem estaria reunido na base aérea do aeroporto Santos Dumont.

“Esse fato é falso. Justamente por isso o Ministério Público Federal não produziu nenhuma prova de que tal ligação tenha ocorrido, tendo se limitado a pedir a relação de placas que entraram na Base Aérea. Por óbvio, que a suposta entrada de pessoas em um local não faz prova do que as pessoas fizeram nesse local”, argumenta a defesa.

No documento, os advogados de Cunha ainda fazem pedidos técnicos como a transcrição de trechos de delação, o acesso a provas e a tradução de depoimentos em outras línguas.

O deputado afastado pede que sejam arrolados como testemunhas os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Marcelo Aro (PHS-MG), Alberto Filho (PMDB-MA), Hugo Motta (PMDB-PB), Washington Reis (PMDB-RJ), Mauro Lopes (PMDB-MG), Manoel Junior (PMDB-PB), Saraiva Felipe (PMDB-MG), Pedro Chaves (PMDB-GO), Felipe Bornier (Pros-RJ), Fernando Jordão(PMDB-RJ), Flaviano Melo (PMDB-AC) e o senador Edison Lobão.

Além disso, ele elenca como testemunhas o presidente da Assembleia de Deus Ministério Madureira, pastor Samuel Cássio Ferreira, funcionários da Câmara, e o pré-candidato a vice na Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, totalizando 28 nomes.
 

Filho de Bolsonaro confirma a candidatura do pai à presidencia



 
© Fornecido por Notícias ao Minuto
 
O deputado federal pelo estado de São Paulo e filho de um dos políticos mais polêmicos da atualidade, Eduardo Bolsonaro esteve no programa Pânico desta sexta-feira (24). O discurso do terceiro filho de Jair Bolsonaro é idêntico ao do pai e se baseia no aumento e na manutenção da segurança pública.

Ele é favorável à legalidade do porte de armas e defende a posição de que a população brasileira poderia ter acesso às armas de fogo. "É dar a chance de defesa para as pessoas. Se entrar alguém, agora, matando todo mundo, o que a gente faz? Liga pra Polícia?", questionou. A solução? "A minha proposta é: vamos mudar? Vamos flexibilizar? Vamos diminuir a maioridade penal para 16 anos?".

Apesar das polêmicas envolvendo posições, opiniões e ocorridos de pai e filhos, Eduardo confirmou que, caso o Supremo Tribunal Federal não considere seu pai inelegível, "ele será candidato à presidência em 2018".

sexta-feira, 24 de junho de 2016

10 dicas para quem vai pedir o FIES



Estudando  
© Fornecido por Mundo Vestibular Estudando 
 
O FIES é um programa do Governo Federal que ajuda estudantes brasileiros a pagar a faculdade particular. O financiamento do FIES cobra uma taxa de juros mais baixa do que as praticadas no mercado e o estudante só começa a pagar as prestações da dívida depois de formado.
Confira 10 dicas para conseguir um financiamento do FIES:

1. Enem para pedir o FIES

Um dos requisitos para poder entrar no FIES é ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, em qualquer edição a partir de 2010. Além de ter participado do Enem, o candidato também precisa ter conseguido pelo menos 450 pontos na média das provas do Exame e nota maior do que zero na redação. Essa a nota mínima para participar do processo seletivo, mas alguns cursos mais concorridos podem exigir uma nota bem mais alta para ser aprovado.

2. Renda para pedir o FIES

Outro critério importante para conseguir o FIES é a renda familiar. Podem participar estudantes com renda familiar mensal bruta de até três salários mínimospor pessoa. Para calcular a renda familiar bruta, some a renda de todos os familiares que moram na mesma casa que você, sem os descontos, divida pelo número de pessoas e depois divida novamente pelo valor do salário mínimo. Se o resultado for menor ou igual a 3, você atende o critério de renda para pedir o FIES.

3. Quando fazer a inscrição do FIES

Antes, o FIES podia ser solicitado em qualquer época do ano. A regra mudou e, a partir de 2015, o Ministério da Educação (MEC) divulga as datas de inscrição duas vezes por ano: no primeiro e no segundo semestre.

4. Como pedir o FIES

O FIES só pode ser pedido pela internet.
Durante o período de inscrições, o candidato deve se cadastrar no FIES Seleção.
Caso seja selecionado, deve informar seus dados em outro sistema, o SisFIES. Em seguida, terá um prazo para validar alguns documentos na faculdade e pegar uma declaração, para só então poder assinar o contrato de financiamento no banco.

5. De olho nos prazos do FIES

O FIES tem um limite de dias entre cada um dos passos da inscrição. Fique atento ao edital do FIES do semestre em que você está tentando um financiamento. O FIES vem passando por uma série de mudanças e o que valeu para determinada edição pode não valer para outra.

6. Em qual banco fazer o financiamento do FIES

Após ser selecionado e cumprir todas as etapas de comprovação de informações, o estudante faz a contratação do financiamento em uma agência bancária do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.

Segundo a regra do FIES, a agência do banco precisa estar na mesma cidade onde ele mora ou estuda. Caso não exista uma agência desses bancos na localidade residencial ou acadêmica do estudante, o FIES permite fazer a contratação na agência que o aluno escolher.

7. Quem tem ProUni pode conseguir o FIES

Quem já tem uma bolsa parcial do Prouni pode tentar o FIES para financiar a outra metade da mensalidade.  Para conseguir o FIES, o bolsista parcial do ProUni precisa solicitar o financiamento para o mesmo curso no qual é beneficiário da bolsa, na mesma faculdade, e a soma dos dois benefícios não pode ultrapassar o valor dos encargos educacionais com desconto.

8. Áreas prioritárias do FIES

O número de vagas para o FIES está diminuindo, o que torna cada vez mais difícil conseguir esse financiamento. A boa notícia vai para quem pretende financiar cursos ligados à Saúde, Engenharias e Formação de Professores. Essas áreas terão prioridade na distribuição de vagas disponíveis do FIES, ficando com mais da metade das oportunidades, dependendo da edição do programa.

9.  Ninguém pode cobrar para “conseguir” o FIES para você

A inscrição do FIES é gratuitae só pode ser feita pelo portal oficial do programa. Além disso, o contrato deve ser feito em um dos dois bancos credenciados pelo FIES: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Não aceite nenhuma oferta para “acelerar o processo” ou “garantir uma vaga no FIES”.

10. Faculdades que participam do FIES

A cada edição do FIES, podem mudar as instituições participantes. As faculdades que aceitam o FIES são todas reconhecidas pelo MEC, pois é necessário ter avaliação positiva no SINAES (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior).

Confira algumas das principais instituições de ensino que costumam participar do FIES:

Inscrições para o Fies de segundo semestre estão abertas



As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2016 já estão abertas. As candidaturas serão recebidas apenas através do site do programa, até as 23h59 dia 29 de junho.
© Fornecido por Abril Comunicações S.A.
Imagem: Divulgação/MEC

O edital desta edição do Fies foi lançado no último dia 17, sendo oferecidas 75 mil vagas. O resultado estará disponível no dia 30 de junho, com matrículas entre os dias 1º e 4 de julho. No dia 30 também será divulgada a lista de espera. A pré-seleção dos estudantes listados ocorrerá até o dia 10 de agosto.

Nesta edição, uma novidade é que poderão participar estudantes com até três salários mínimos de renda familiar per capita, em torno de R$ 2.640. Antes, a regra era de 2,5 salários mínimos.

O programa

Para participar é necessário ter realizado alguma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2010, com pelo menos 450 pontos na média nas provas do Enem. Também é necessário não ter tirado zero na redação.

O Fies oferece financiamento de cursos em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O percentual do custeio é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante. Atualmente, 2,1 milhões de estudantes participam do programa.

Após um ano e meio, Cerveró deixa a prisão e voa para o Rio




Preso desde janeiro de 2015, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró deixou a prisão na manhã desta sexta-feira. Condenado em duas sentenças da Lava Jato, que somam 17 anos de prisão, o ex-dirigente ganhou o benefício de poder cumprir a pena em regime domiciliar devido ao acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Escoltado por dois agentes, ele embarcou antes de todos os passageiros, no aeroporto Afonso Pena, na Grande Curitiba, em um avião que voava para o Rio de Janeiro. Do aeroporto do Galeão, Cerveró deve seguir para Itaipava, no interior do Rio, onde ele já havia passado as festas do fim do ano passado. Pessoas que viram o embarque do delator se surpreenderam com o tom amistoso com o qual se despediu dos agentes da PF.

Vídeos exibidos pelo jornal da Globo News mostram que, na hora do desembarque no Rio, Cerveró foi hostilizado com gritos de "ladrão" e "corrupto" pelos passageiros.

Como foi acertado em sua colaboração, Cerveró deveria permanecer em regime fechado por um ano, cinco meses e nove dias, contabilizando já o tempo em que ficou preso desde janeiro de 2015. Conforme o acordo, ele agora deve usar tornozeleira eletrônica e não pode se ausentar de sua casa pelo período de um ano e seis meses. Também foi combinado que o ex-dirigente irá devolver aos cofres públicos mais de 18 milhões de reais.

Em sua delação, o ex-diretor da estatal afirmou que a presidente afastada Dilma Rousseff mentiu sobre a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos, e implicou políticos do PMDB no esquema, como presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Dilma Rousseff será convidada para abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016



Presidenta está afastada e sendo julgada em processo de impeachement© Getty Presidenta está afastada e sendo julgada em processo de impeachement 

Afastada da presidência da República e sendo julgada no processo de impeachment, Dilma Rouseff será convidada para a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, que ocorre no dia 5 de agosto. Quem garantiu isso foi o comitê organizador, nesta quinta-feira.

"Ela (Dilma Rousseff) será convidada, mas não somente a presidente Dilma, mas todos os ex-presidentes serão convidados. É uma parte da democracia e do protocolo olímpico", declarou Mario Andrada, porta-voz do comitê.

Quem irá declarar como aberto os Jogos do Rio de Janeiro, contudo, será Michel Temer, ex-vice de Dilma e atual chefe de Estado.

Durante uma visita ao Parque Olímpico, na última semana, Michel Temer minimizou o fato da presença de Dilma e declarou que não tinha objeções quanto ao comparecimento da ex-aliada.

Desvios teriam custeado despesas de Paulo Bernardo e do PT, diz MPF




Agência Brasil
Ex-ministro Paulo Bernardo em Brasília © REUTERS/Ueslei Marcelino Ex-ministro Paulo Bernardo em Brasília 
 
O ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo teve, segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, despesas pessoais e de campanhas eleitorais pagas pelo esquema de corrupção investigado pela Operação Custo Brasil, deflagrada hoje (23). As investigações apontam que um escritório de advocacia ligado ao ex-ministro recebeu cerca de R$ 7 milhões. Desse total, a estimativa é que 80% do dinheiro custearam gastos do ex-ministro.

O MPF e a PF avaliam que foram desviados mais de R$ 100 milhões do sistema de gestão de crédito consignado do Ministério do Planejamento entre 2010 e 2015. De acordo com as investigações, agentes públicos e políticos recebiam pagamentos ilegais a partir do contrato feito com a empresa Consist, responsável por gerir o crédito consignado – empréstimos com desconto em folha – para servidores públicos federais. A cada empréstimo consignado firmado, deveriam ser cobrados R$ 0,30 para custear os serviços da empresa, mas as investigações mostraram que estavam sendo cobrados cerca de R$ 1 de cada contrato. O inquérito aponta que desse montante, 70% eram desviados para empresas de fachada.

Paulo Bernardo

A partir dos contratos falsos, os recursos chegavam aos destinatários finais, entre eles o ex-ministro Paulo Bernardo, preso na manhã de hoje. “O dinheiro sempre saia da Consist, a empresa envolvida, era repassado aos parceiros, que eram esses operadores da lavagem de dinheiro, que eram empresas, em muitos casos de fachada. Não havia prestação de serviço. Em muitos casos, simulava-se prestação de serviços. Esse dinheiro chegava aos parceiros e era, então, distribuído para os destinatários finais. Na ponta da cadeia sempre estavam esses agentes políticos e públicos”, disse o procurador Andrey Borges de Mendonça.

Segundo o procurador Andrey Borges de Mendonça, o ex-ministro não só se beneficiou dos recursos vindos dos desvios como foi fundamental para a criação do esquema. "Paulo Bernardo era ministro do Planejamento à época que foi iniciado o esquema criminoso. Foi ele quem indicou pessoas estratégicas para que o esquema se iniciasse, de primeiro e segundo escalão. Para que esse esquema pudesse não só ser instaurado, mas mantido pelos cinco anos”, ressaltou.

Inicialmente, Bernardo era, de acordo com Mendonça, destinatário de aproximadamente 9,5% do dinheiro repassado às empresas de fachada. Depois, com a saída dele do Ministério do Planejamento, o percentual recebido pelo ex-ministro caiu para 4,6% e chegou a 2,3% nos últimos meses em que as fraudes foram feitas.

PT

A Operação Custo Brasil foi desencadeada hoje a partir da delação premiada do ex-vereador em Americana (SP) Alexandre Romano. Segundo as investigações, Romano tinha um grupo de empresas em seu nome e de parentes próximos, que eram usadas para ocultar a origem do dinheiro desviado do contrato com a Consist e fazer pagamentos em benefício do PT. Em contrapartida, o ex-vereador ficaria com cerca de 20% dos valores movimentados pelas empresas de fachada.

Valter Correia da Silva

Entre os 11 presos na operação de hoje está o secretário municipal de Gestão da prefeitura de São Paulo, Valter Correia da Silva. De acordo com Mendonça, ele atuou para que os desvios continuassem a ocorrer e recebeu um percentual dos recursos ilícitos. “O secretário de gestão de São Paulo possuía um cargo em uma das secretarias no ministério responsável pela renovação dos acordos de cooperação técnica. Ou seja, Valter era a pessoa responsável por manter o esquema em vigor”, afirmou o procurador.

Correia ocupou o cargo de secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de 2005 a 2007. De fevereiro de 2011 a novembro de 2012, ele ocupou a secretaria-executiva adjunta do ministério. E entre novembro de 2012 e fevereiro de 2015, chefiou a assessoria Especial para Modernização da Gestão da pasta. Em março de 2015, foi convidado para trabalhar com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Pernambuco

Uma empresa de Pernambuco recebeu aproximadamente R$ 30 milhões oriundos do esquema para, segundo Mendonça, auxiliar aliados políticos do governo do PT. “Esse valor era destinado para que a engrenagem política se mantivesse. A investigação ainda está em andamento para identificar todos os reais destinatários desses valores.” disse.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

STF transforma deputado Nelson Meurer em réu na Lava Jato



A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu nesta terça-feira denúncia do Ministério Público Federal e abriu ação penal contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR) na Operação Lava Jato e contra os filhos dele Nelson Meurer Junior e Cristiano Augusto Meurer. Eles passam agora à condição de réus pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo o delator do petrolão Paulo Roberto Costa, Meurer era um dos expoentes do Partido Progressista (PP) no esquema de arrecadação de propina desviada de empresas com contratos com a Petrobras. As investigações da Operação Lava Jato estimam que parlamentares do PP receberam cerca de 358 milhões de reais em propina de empreiteiras entre 2006 e 2014, sendo que mais de 62 milhões de reais eram de responsabilidade do doleiro e delator Alberto Youssef. Os indícios são de que Nelson Meurer embolsou quase 30 milhões de reais em dinheiro sujo.

Em depoimentos à justiça, Alberto Youssef afirmou que políticos do Partido Progressista receberam repasses mensais de até 750.000 reais em propina, a partir de dinheiro desviado na Petrobras, durante a campanha eleitoral de 2010. Em depoimento do juiz Sergio Moro, o delator citou quatro beneficiários preferenciais da propina do partido - o ex-ministro das Cidades Mario Negromonte, os ex-deputados Pedro Corrêa e João Pizzolatti e o próprio Nelson Meurer.

Apontado pelo Ministério Público como responsável por distribuir propina a políticos envolvidos na Operação Lava Jato, o delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, também relatou como Meurer e os mais diversos deputados protagonizavam uma verdadeira romaria ao escritório de Youssef, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, e disse que todos os congressistas tinham plena consciência de que recebiam dinheiro de propina. Entre os destinatários frequentes de propina, Ceará citou às autoridades o ex-ministro das Cidades Mario Negromonte (PP-BA) como "o mais achacador" e Nelson Meurer como o responsável pela "mesada gorda" a ser repassada ao PP.

Na versão apresentada pelo carregador de malas, o deputado Nelson Meurer, por exemplo, utilizava um dos filhos para receber propina em seu nome. Antes das eleições de 2010, disse ele, o filho do parlamentar recebeu 300.000 reais em um quarto do Hotel Curitiba Palace, na capital paranaense. Em outra oportunidade, novo repasse de até 300.000 reais. Para evitar chamar atenção, a propina era escondida nas pernas de Ceará. "No quarto, o declarante retirava o dinheiro das pernas, nas quais os valores eram transportados, e entregava para o filho de Nelson Meurer", diz trecho da delação premiada do carregador de malas do Alberto Youssef.

Na Câmara, Dallagnol ouve apelo de deputado citado na Lava Jato


Após quatro horas de debates no plenário da Câmara dos Deputados, a comissão geral destinada a avaliar o pacote de dez medidas de combate à corrupção apresentado pelo Ministério Público Federal foi encerrada de uma forma inusitada: com um apelo de um parlamentar citado na Operação Lava Jato feito para Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras.

Último a se pronunciar, o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) subiu à tribuna para comentar o envolvimento de seu nome na delação feita pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. De acordo com o delator, Fortes obteve o pagamento de 500.000 reais em propina pagos via doações eleitorais. A vantagem indevida, disse Machado, foi recebida como uma forma de convencer o congressista, à época presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, a parar de impor dificuldades à proposta de aumento do limite para endividamento da Transpetro.

"Eu estou aqui nesta Casa há muitos anos, e o que eu sempre quis na vida foi ficar imune a escândalos e aos escandalosos. Mas, semana passada, senhor procurador, eu fui denunciado pelo réu confesso, que através de uma delação premiada quer aliviar os crimes que cometeu", disse Fortes. "Eu queria pedir ao Ministério Público que examinasse as atas das sessões da Comissão de Infraestrutura que eu participei no Senado. Disputou-se ali, senhor procurador, uma briga entre a Bahia e Pernambuco porque queriam a construção de um estaleiro. Eu, como presidente, fiquei imprensado", continuou.

O deputado contou ainda ter recebido um telefonema de Dilma Rousseff, à época ministra da Casa Civil, pedindo que ele "resolvesse a questão" e prometendo que lhe enviaria uma "pessoa de confiança". À noite, Fortes se encontrou com Erenice Guerra, também implicada na Lava Jato e na Operação Zelotes.

"O assunto se deu em 2006. Ele falou que deu [pagou] em 2010 e em 2014 ficou me devendo. Uma coisa sem pé nem cabeça. Mas o raio de ação da calúnia é dez vezes maior do que o desmentido. O apelo que quero fazer ao MP é que me coloco à disposição do que for preciso: acareação, quebra de sigilo telefônico... Eu acho importante", disse Heráclito Fortes. Diante do tempo de fala já estourado, o deputado continuou com os microfones cortados: "Eu quero, seu procurador, que me mostre um telefonema...".

Questionado por jornalistas ao fim da sessão, Dallagnol afirmou que não pode atender os apelos do deputado. "Talvez tenha havido um equívoco. Os próximos passos da colaboração referente a Sérgio Machado acontecerão perante o Supremo Tribunal Federal. Então não seria uma coisa relacionada a mim especificamente", disse o procurador da Lava Jato.
O deputado Heráclito Fortes (PSB-PI)

Supremo coloca Cunha (de novo) no banco dos réus

Presidente afastado da Câmara vai responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica em documento eleitoral

Por: Laryssa Borges, de Brasília

O presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - 04/05/2016
O presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - 04/05/2016(Pedro Ladeira/Folhapress)
Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram nesta quarta-feira pelo acolhimento da denúncia da Procuradoria-Geral da república contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), formando maioria para transformar o peemedebista em réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica em documento eleitoral. É o segundo processo contra Cunha relacionado ao escândalo do petrolão. Na ação analisada hoje, o relator do caso, ministro Teori Zavascki, considerou haver indícios suficientes de que o político manteve por anos a fio contas secretas na Suíça abastecidas com dinheiro de propina recolhida do esquema de corrupção na Petrobras. Já se manifestaram no julgamento, além do relator, os ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Edson Fachin, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

Na mesma sessão plenária, o Supremo analisa um recurso da jornalista Cláudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha e que está sendo processada na primeira instância. Ela tenta evitar que as acusações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas pelas quais já foi denunciada sejam julgadas pelo juiz Sergio Moro. Mas também já existe maioria para que ela continue sendo processada na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Eduardo Cunha já é réu por corrupção e lavagem de dinheiro no processo em que é acusado de ter recebido 5 milhões de dólares em propina de contratos de navios-sonda com a Petrobras. Afastado do mandato e longe da presidência da Câmara, ele ainda é investigado em outros inquéritos relativos à Operação Lava Jato e tem contra si um pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

No caso julgado nesta quarta, o MP aponta que, em 2010 e 2011, Eduardo Cunha recebeu propina de 1,311 milhão de francos suíços na conta da offshore Acona International Investments. Os valores foram recolhidos depois de o parlamentar exigir dinheiro da Compagnie Béninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH), empresa do Benin, em uma transação na qual a Petrobras, pelo valor de 34,5 milhões de dólares, exploraria um campo de petróleo no país.

Segundo a denúncia, a propina mantida por Eduardo Cunha em contas secretas na Suíça foi paga pelo empresário português Idalécio de Oliveira, que, em busca do contrato com a Petrobras na exploração de um campo de petróleo no Benin, contratou o lobista João Augusto Henriques para "abrir portas". Na prática, Henriques servia para entrar em contato com o então diretor da Petrobras Jorge Zelada e negociar quanto o investidor deveria pagar em propina tanto para eles quanto para políticos do PMDB, entre os quais Eduardo Cunha. Ao final, a Petrobras acabou por comprar 50% do bloco no Benin em julho de 2011. Mais tarde, a petroleira descobriu que o primeiro poço que tinha sido explorado estava seco.

De acordo com o Ministério Público, Cunha manteve parte dos recursos ocultos no trust Orion SP. A tese de que a Orion é um trust (estrutura que administra bens de terceiros) havia sido utilizada por Eduardo Cunha para alegar que não mentira à CPI da Petrobras quando afirmou, em março de 2015, que não possuía contas bancárias no exterior. O depoimento do parlamentar à CPI motivou a abertura de um processo de cassação contra ele, aprovado recentemente no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Em abril de 2014, quando a Operação Lava Jato estava em pleno vapor, Cunha repassou outra parcela da propina recolhida da BCH para outra conta, a Netherton Investments, encerrando a Orion na sequência e acumulando 9,04 milhões de reais escondidos em uma conta secreta no Julius Bär, na Suíça. Em junho de 2015, as autoridades suíças bloquearam o dinheiro.

Em outra frente, mais uma fatia de dinheiro sujo foi transferida da Netherton para a conta bancária Köpek, também na Suíça e controlada pela esposa de Cunha, Cláudia Cruz. Os valores armazenados na Köpek também acabaram bloqueados, mas antes foram utilizados para pagar compras de luxo feitas por Cláudia e pela filha de Cunha, Danielle. Os investigadores da Operação Lava Jato conseguiram mapear ainda transferências feitas por Eduardo Cunha do Brasil para as contas Orion e Netherton e repasses também à conta Triumph SP. Em ambos os casos, sem declarar os recursos ao Banco Central.

"A solicitação e a aceitação da promessa de vantagens indevidas, assim como o seu recebimento, por Eduardo Cunha foi em razão de sua atuação para garantir a manutenção do esquema ilícito implantado no âmbito da Petrobras, (...) para facilitar e não colocar obstáculos na aquisição do bloco do Benin pela Petrobras", defendeu o Ministério Público na denúncia. Segundo o procurador-geral, Cunha "recebia um percentual dos negócios realizados no âmbito da Diretoria Internacional da Petrobras como um verdadeiro 'pedágio' imposto a qualquer negócio ocorrido".

"A materialidade e autoria [contra Eduardo Cunha] surgem no substrato trazido no inquérito. Os valores foram transferidos de Henriques para o denunciado Eduardo Cunha por meio de cinco transferências", disse o ministro-relator Teori Zavascki. "Há indicativos, ao menos para fins de recebimento da denúncia, de que a finalização do processo de compra [do campo de petróleo no Benin] se deu justamente pela atuação insistente de diretores ligados a Jorge Zelada, atos que culminaram em repasses de propina também a Eduardo Cunha", completou o magistrado.

Influência política - Na peça em que defende que Eduardo Cunha se torne mais uma vez réu na Lava Jato, Janot detalha o esquema de aparelhamento político na Petrobras e a atuação de dirigentes como o ex-diretor da Área Internacional Jorge Zelada na coleta de propina e de operadores como João Augusto Henriques, que havia indicado Zelada para o cargo na petroleira e atuava na estatal em benefício do PMDB.
"No caso de Benin, João Augusto Rezende Henriques repassou dinheiro para Eduardo Cunha em razão da interferência e anuência no negócio. Além disso, Eduardo Cunha era um dos responsáveis pela manutenção de Jorge Zelada no cargo e o parlamentar deu 'a palavra final' na sua indicação para a Diretoria Internacional, razão pela qual Eduardo Cunha deveria receber parcela dos valores dos negócios realizados com a diretoria", disse o Ministério Público.

Agenda de Léo Pinheiro pós-Lava Jato inclui Lula, Carvalho e assessor de Palocci


(com Estadão Conteúdo)

A Operação Lava Jato apreendeu na casa de um funcionário da OAS uma agenda com o registro das reuniões, almoços e jantares com políticos do presidente da empreiteira, José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, logo após a deflagração da Operação Lava Jato. São encontros, a maior parte deles em hotéis de Brasília, com o ex-presidente Lula, os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho e o ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci, Charles Capela de Abreu.

Conforme revelou VEJA em setembro de 2015, "Dr. Charles" foi citado na delação premiada do lobista Fernando Baiano como intermediário de um repasse de 2 milhões de reais desviados de contratos da Petrobras à campanha da presidente afastada Dilma Rousseff em 2010. O acordo para repassar o dinheiro foi fechado no comitê eleitoral de Dilma em Brasília depois de uma reunião entre Baiano, Paulo Roberto Costa e Palocci.

A agenda com os registros dos encontros foi encontrada em 14 de abril, nas buscas que tinham como alvo o funcionário da OAS Marcos Paulo Ramalho, secretário de Léo Pinheiro. Nas anotações, há registros ainda de encontros com parlamentares como Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Jutahy Magalhães (PSDB-BA), alvos de pedidos de investigação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Listado pela Polícia Federal entre os itens recolhidos nas buscas da Operação Vitória de Pirro - em que Léo Pinheiro é acusado de se associar ao ex-senador Gim Argello para comprar parlamentares da CPI das Petrobras, em 2014, o caderno preto com o nome da OAS em relevo na capa guarda ainda os registros de encontros com outros políticos, como os deputados Onix Lorenzoni (DEM-RS), Índio da Costa (PSD-RJ) e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que concorreu ao governo de São Paulo pelo PMDB em 2014.

Preso em 14 de novembro do ano passado, na 7ª fase da Lava Jato, a Juízo Final, e condenado pelo juiz federal Sergio Moro a 16 anos de prisão, Léo Pinheiro negocia com a força-tarefa que conduz as investigações da operação um acordo de delação premiada. Sua rotina de encontros com políticos poderosos faz parte dos itens que o Ministério Público Federal quer que o empresário detalhe.

As anotações do secretário de Léo Pinheiro surgiram após ele ser mandado para casa para cumprir prisão domiciliar, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns dos nomes registrados são alvos de inquéritos ou pedidos de investigação feitos pela PGR.

Na mesma agenda estão os encontros de Léo Pinheiro, a maioria entre abril e maio de 2014, com outros presos na Lava Jato, como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o lobista Julio Gerin Camargo, um dos primeiros delatores a firmar acordo de colaboração com o MPF. Ele confessou ter atuado em parceria com Léo Pinheiro para blindar empreiteiras na CPI da Petrobras.

Outro nome que aparece na agenda de reuniões de Léo Pinheiro é o ex-deputado federal do PSB Alfredo Sirkis (RJ), um dos principais articuladores das campanhas de Marina Silva à presidência da República, em 2010 e 2014.

Procurado por meio da assessoria de imprensa do Instituto Lula, o ex-presidente Lula não comentou o caso. O ex-ministro Gilberto Carvalho disse que "nunca se reuniu com o senhor Léo Pinheiro".

Jutahy afirmou que o encontro foi agendado a seu pedido. "Esteve comigo, da mesma forma que esteve comigo em 2010 e 2012". O tucano afirma que, na ocasião, foi acertada contribuição de 600.000 reais para sua campanha e para campanhas de deputados estaduais na Bahia. Desse valor, apenas a primeira parcela, de 300.000 reais, foi paga, em agosto.

Alfredo Sirkis não foi localizado para comentar o caso.

Temer reconhece "golpe" e diz que Dilma viajaria para fazer denúncias




O presidente interino Michel Temer (PMDB) parece ter cometido um "ato falho" durante uma entrevista nesta terça-feira (21) e está sendo questionado nas redes sociais pelas suas declarações.
O peemedebista reconheceu que está em curso no Brasil um "golpe", tal como defende a presidente afastada Dilma Rousseff e a sua equipe.
Temer chegou a escrever em seu perfil no Twitter que a presidente afastada iria usar os aviões do governo para viajar pelo país "denunciando o golpe", se referindo ao processo de impeachment contra Dilma.
A senadora Vanessa Graziotin escreveu em seu perfil no Facebook que "até mesmo o presidente biônico reconhece aquilo que afirmamos, o que existe não é um impeachment. Assistimos hoje um golpe", escreveu a senadora.