Em sua decisão, o parlamentar maranhense determinou o arquivamento da consulta. A consulta arquivada se baseava em quatro perguntas: se deve ser votado em plenário um projeto de resolução (sujeito a receber emendas e assim sofrer alteração no plenário) ou parecer (do relator no Conselho de Ética, sem possibilidade de mudanças); se é possível fazer emendas em plenário (alterando o que veio do conselho); se essas emendas podem prejudicar o representado; e se, no caso de rejeição pelo plenário do projeto de resolução, é preciso deliberar sobre a proposta original da representação ou se ela é considerada prejudicada.
Em sua decisão desta segunda-feira, Maranhão justificou a retirada sob o argumento de que a CCJ já tinha se pronunciado sobre o mérito da consulta em pelo menos duas ocasiões, sobretudo, segundo ele, em relação ao que deve ser submetido à deliberação do plenário: se o parecer ou projeto de Resolução. Com base nessa jurisprudência, o presidente interino decidiu que o que deverá ser submetido ao plenário da Câmara será o parecer, e não o projeto de Resolução e que, por esse motivo, "não há de se cogitar da possibilidade de admissão de emendas".
Como mostrou o Broadcast Político na última
sexta-feira, 17, Maranhão também decidiu retirar a consulta por motivos
políticos. Ele disse a deputados adversários de Cunha que perdeu a
confiança até nos interlocutores de seu partido e no chamado "Centrão" -
grupo de 13 partidos liderados por PP, PSD, PR e PTB -, que quer voltar
a ser um vice-presidente da Casa e ficar longe dos holofotes. As
conversas se intensificaram após a aprovação do pedido de cassação no
Conselho de Ética e seu indicado para presidir a CPI do DPVAT, Luís
Tibet (PTdoB-MG), perder a vaga para o deputado Marcos Vicente (PP-ES),
patrocinado pelos aliados de Cunha.
A consulta que pode livrar Cunha da perda do mandato estava na pauta desta segunda-feira, 20, das discussões da CCJ. O deputado Arthur Lira (PP-AL), aliado de Cunha, tinha produzido um parecer por meio do qual sugeria que fosse votado em plenário um projeto de Resolução, sujeito a emendas (desde que elas não prejudiquem o representado). O parecer do relator previa ainda que, caso a pena prevista no projeto votado fosse rejeitada pelo plenário, o deputado seria absolvido, não podendo ser votada a representação inicial. No caso de Cunha, a representação do PSOL e Rede pede a perda do mandato. / COLABOROU DAIENE CARDOSO.
A consulta que pode livrar Cunha da perda do mandato estava na pauta desta segunda-feira, 20, das discussões da CCJ. O deputado Arthur Lira (PP-AL), aliado de Cunha, tinha produzido um parecer por meio do qual sugeria que fosse votado em plenário um projeto de Resolução, sujeito a emendas (desde que elas não prejudiquem o representado). O parecer do relator previa ainda que, caso a pena prevista no projeto votado fosse rejeitada pelo plenário, o deputado seria absolvido, não podendo ser votada a representação inicial. No caso de Cunha, a representação do PSOL e Rede pede a perda do mandato. / COLABOROU DAIENE CARDOSO.
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