O governo anunciou nesta quinta-feira, 15, uma série de
medidas para tentar estimular a economia brasileira. Participaram do
anúncio o presidente Michel Temer, os ministros da Fazenda, da
Casa-Civil e do Planejamento, Henrique Meirelles, Eliseu Padilha e Dyogo
Oliveira, e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Renan
Calheiros.
Entre as medidas está o aumento da remuneração do
FGTS. Hoje, os trabalhadores que têm recursos depositados no fundo tem o
dinheiro remunerado a uma taxa de 3% ao ano mais a TR (taxa
referencial). A proposta é distribuir 50% do lucro líquido do fundo aos
poupadores para elevar a rentabilidade do FGTS para algo perto do que é
pago pela poupança (6% ao ano mais a TR).
Além disso, o governo
anunciou a redução gradual da multa adicional de 10% do FGTS, pago na
demissão de empregados, com redução de 1 ponto porcentual ao ano.
O
pacote também inclui medidas de incentivo ao crédito imobiliário,
redução do spread bancário (margem dos bancos no crédito), redução dos
juros no cartão de crédito e a regularização tributária para que
empresas e pessoas físicas façam pagamentos parcelados de dívidas
vencidas.
No crédito habitacional, o governo anunciou a
regulamentação da Letra Imobiliária Garantia (LIG), ferramenta que
permite uma alternativa de fonte de recursos para o financiamento do
setor. Atualmente, a caderneta de poupança e o FGTS são os dois
principais financiadores do crédito imobiliário. A LIG entrará em
audiência pública em janeiro, para depois ser apreciada pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN).
Para reduzir o custo geral dos
empréstimos, o governo anunciou a criação de uma duplicata eletrônica,
que funcionará como uma central onde estarão registradas as garantias.
Com isso, a expectativa é aumentar a segurança e baixar as taxas de
juros. Também está no radar do governo o aperfeiçoamento do cadastro
positivo (cadastro dos bons pagadores), que também pode ajudar a reduzir
o custo dos empréstimos.
No cartão de crédito, o governo também
quer baixar os juros. Meirelles explicou que, hoje, os lojistas demoram
até 30 dias para receber os valores pagos com o plástico. Uma ideia é
permitir que esse prazo seja reduzido. Em até 10 dias a equipe econômica
pretende apresentar uma solução para isso.
Comércio. Para
empresas, o governo anunciou que promoverá medidas para desburocratizar
o comércio exterior, com redução mínima de 40% do tempo para o
procedimento de importação e exportação. Também haverá a ampliação do
microcrédito produtivo de R$ 120 mil para R$ 200 mil de faturamento por ano.
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