Grampos revelaram também que, em conversa com Lulinha, Marisa Letícia diz que queria que as pessoas “enfiassem as panelas no c*”
Investigadores
da Operação Lava Jato encontraram, a partir dos grampos telefônicos
instalados, com autorização judicial, para monitorar a família Lula da
Silva, novos elementos que comprovam que o ex-presidente petista é mesmo
o real proprietário do sítio Santa Bárbara, em Atibaia. O imóvel,
segundo a força-tarefa da Lava Jato, foi reformado e melhorado por
empreiteiras investigadas no petrolão para atender a interesses de Lula.
"Lula questiona a localização da chave do sítio. Um de seus
funcionários avisa que a chave está com Marcos, possivelmente seu filho.
Lula avisa que vai bem cedo na manhã do dia seguinte para o sítio e por
isso precisa que um dos seguranças pegue a chave. Tais indícios sugerem
que o sítio de fato seja da família de Lula, pois a chave do mesmo não
fica com Fernando Bittar e Jonas Suassuna, mas com Lula e seus filhos",
anota a Polícia Federal.
Entre os novos indícios que a Polícia Federal considera relevantes
para atribuir o sítio a Lula está, além do episódio da chave, o fato de o
empresário Kalil Bittar perguntar ao sócio Fabio Luís Lula da Silva, o
Lulinha, se pode fazer um churrasco no sítio. Em uma terceira conversa,
Kalil, que está na propriedade em Atibaia, informa à Renata, esposa de
Lulinha, que está na casa "daquela acumuladora chamada Marisa Letícia" e
diz ter feito um "limpa" na geladeira para retirar alimentos vencidos.
"Causa estranheza o fato de que apesar de, oficialmente, o sítio de
Atibaia ser de propriedade de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, Kalil
Bittar pede autorização de Fábio Silva para convidar determinadas
pessoas para o churrasco, bem como é Fábio quem conversa com Maradona
(caseiro da propriedade) para avisar que Kalil vai chegar para passar o
dia no sítio", diz a Polícia Federal ao analisar os grampos.
Panelas - Novas gravações telefônicas monitoradas
com autorização do juiz Sergio Moro retratam uma conversa entre a
ex-primeira-dama Marisa Letícia e o filho Lulinha sobre os panelaços que
marcam protestos contra o governo. Às 20h50 do dia 23 de fevereiro
deste ano, Lulinha admite que eles vivem "no olho do furacão" e
questiona se houve panelaço na região de São Bernardo do Campo, onde
mora o casal Lula da Silva.
Marisa responde que só houve panelaço nos prédios novos dos
"coxinhas", "desse pessoal que não consegue comprar apartamento de
500.000 e daí ficam pagando". Na sequência, Lulinha ironiza as
manifestações e alega que elas têm o direito constitucional de "bater
panelas" e é logo interrompido pela mãe, que diz que queria que as
pessoas "enfiassem as panelas no c*".
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