Há momentos em que não é fácil manter os filhos calmos.
Mesmo sabendo que crianças são muito ativas por natureza, algumas são
hiperativas: são mais irriquietas que a média e menos capazes de se
concentrar e prestar atenção. Vamos explicar nesse artigo algumas
características para que você possa descobrir se o seu filho é uma
criança hiperativa.
Quando ainda são pequenos, tendem a correr
por todas as partes e subir em árvores; brincam no parque, nas cadeiras,
poltronas, com tudo o que podem alcançar. Quando são maiores, mostram
impaciência para sair continuamente de casa, ficam nervosos e até causam
frequentes problemas dentro do lar. Seu estado de ânimo é brusco e
intenso, e sempre estão agitados. Quando assistem televisão, movimentam
as pernas, estalam os dedos e se arranham sem razão. Não esperam sua vez
na hora de comer ou quando aguardam algo. Sempre dizem o que pensam e
não se reprimem, por exemplo, quando gostam de alguma coisa, podendo
repetir a mesma coisa diversas vezes.
De acordo com o pediatra
britânico George Still, a hiperatividade é um transtorno no
comportamento das crianças, que desenvolvem uma intensa atividade motora
sem objetivo, vão de um lugar a outro, fazem uma coisa e a deixam para
fazer outra, sem terminar nenhuma delas. Não parecem preocupados com as
consequências de suas ações. São barulhentos e obstinados e, por
conseguinte, padecem de uma grande falta de atenção e não controlam
seus impulsos.
A hiperatividade aumenta quando a criança está em
contato com pessoas que não conhecem e pode atingir até 3% das crianças
menores de 7 anos. É dez vezes mais comum em meninos do que meninas.
Segundo Still, são crianças insensíveis aos castigos, portanto difíceis
de educar e controlar. Na escola, apesar de sua vontade de serem bons
alunos, tendem a ser incapazes de manter a atenção na aula, por isso
frequentemente têm baixo rendimento escolar. Insistem muito para
conseguir o que querem, não suportam que os contradigam, não sendo raras
as birras, choros, gritarias e até golpes. Apesar de não serem bons
estudantes, são bons em aulas de ginástica ou ofícios, já que são
teimosos e têm pouca tolerância à frustração, de modo que estas
atividades lhes fazem bem algumas vezes.
Existem alguns
indicadores de acordo com a idade de seus filhos para saber se são
hiperativos. Durante o nascimento até os 2 anos, eles podem ter
problemas com o sono, horários das refeições e resistência aos cuidados
como a troca de fraldas. Assustam-se ao acordar e ao escutar ruídos
estranhos. De 2 a 5 anos, eles já ficam ainda mais ativos, têm problemas
com a linguagem expressiva, possuem pouca consciência de perigo e
sofrem muitos acidentes. Já entre os 5 e 7 anos, surgem as dificuldades
para para se adaptarem na escola: desobedecem e são birrentos, não
prestam atenção e têm problemas de adaptação social.
O tratamento
adequado para seu filho dependerá de cada caso. Existem medicamentos que
servem para ajudá-lo a se concentrar. Um terapeuta pode ajudá-lo a
conviver adequadamente com seus companheiros e com a família. Após os 7
anos, a criança é capaz de se auto-controlar com este tipo de ajuda,
sendo muito importante que você como mãe não a repreenda constantemente
para evitar problemas com sua autoestima, já que ao criticar tudo o que
faz, a criança pode pensar que ela é um problema para você e só
receberá repreensões todo o tempo. Você é o seu apoio incondicional, por
isso converse com ele e use o seu nível de linguagem para que entenda
facilmente este assunto. Se seu filho lhe fizer perguntas como por que
não tira boas notas ou se esquece das coisas, explique o que está
acontecendo sem receio, vsto que isso o ajudará a compreender sua
situação e corrigir suas ações.
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