Teixeira vendeu imóvel durante investigação e pode ser alvo de novo processo
A cobertura foi vendida por R$ 2,5 milhões, enquanto o imóvel teve preço estimado de R$ 5,5 milhões pela prefeitura do Rio, para cálculo do imposto de transmissão de propriedade.
Registrar a venda de um apartamento por um valor abaixo do preço de mercado é um indício de sonegação de imposto. O fisco cobra 15% sobre o lucro em transações imobiliárias.
Com isso, segundo auditores ouvidos pela "Folha", a venda do imóvel pode fazer Teixeira ser novamente investigado pela Receita Federal. O dirigente já foi indiciado no início deste ano pela Polícia Federal sob acusações de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos.
O ex-presidente da CBF comprou o imóvel de Claudio Abrahão, irmão de Wagner José Abrahão, dono do Grupo Águia, que realiza as viagens da CBF.Claudio ainda é dono de 34% da Top Service Turismo, que ganhou o direito de venda de pacotes VIP da Copa do Mundo de 2014.
O valor pago pela cobertura em 2009 foi de R$ 720 mil. Para efeito de comparação, em 2006, o apartamento vizinho, idêntico ao comprado por Teixeira, foi avaliado em R$ 2 milhões.
A Receita começou a investigar Teixeira em 2013, pouco depois da Fifa dizer que ele recebeu mais de R$ 26 milhões em propina. O ex-presidente da CBF teve sua vida fiscal averiguada por quase um ano, mas se desfez do imóvel na Barra pouco antes do fim das investigações, em junho do ano passado.
Ele chegou a pagar uma multa ao Fisco para o processo contra irregularidades no imposto de renda ser arquivado.
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