Reajuste da energia elétrica pode impactar preços nos supermercados
Transferir
o mínimo de aumento nos preços dos produtos é um dos principais
objetivos dos supermercadistas paulistas a fim de não impactar o
orçamento dos consumidores e manter a sua fidelidade. Tais aumentos têm
se acumulado pois, além da estiagem e do aumento do dólar, o setor tem
lidado com um fator que já era esperado diante da escassez de chuvas: o
reajuste na tarifa da energia elétrica, que vem ocorrendo desde o final
de 2014.
Conforme explicou o vice-presidente da APAS, Erlon
Ortega, no Estado de São Paulo a despesa média com energia subiu do
equivalente a 0,9% do faturamento dos supermercados no ano passado para
1,7% em 2015, superando os gastos com aluguel, que respondem de 1 a 1,5%
do faturamento. Esses custos passaram a ser a segunda maior despesa em
algumas redes supermercadistas, ficando atrás apenas da folha de
pagamento.
Vale salientar que os supermercados são os
representantes do varejo que mais consomem energia, em razão do uso de
computadores, iluminação, ar condicionado e refrigeração dos produtos.
Guias de Sustentabilidade
Os
supermercadistas têm adotado projetos de eficiência energética com a
instituição de práticas estabelecidas nos guias de sustentabilidade da
APAS. Editados em duas versões, os guias trazem dicas de como os
supermercadistas podem tornar suas lojas mais sustentáveis, incluindo
pequenas ações, como, por exemplo, a substituição de lâmpadas comuns por
lâmpadas de led, a substituição de balcões refrigerados e ilhas de
congelados abertas por balcões e ilhas com tampas para menor consumo de
energia.
Há possibilidade ainda da limpeza noturna da loja ser
feita em menor tempo, evitando o consumo de iluminação na madrugada e
até diminuindo o horário de funcionamento da loja.
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