Juro do rotativo do cartão de crédito vai a 372% ao ano, diz BC
O juro cobrado no
rotativo do cartão de crédito atingiu a marca de 372% ao ano em junho
ante 360,5% em maio, uma elevação de 11,5 pontos porcentuais, conforme
informou nesta quinta-feira, 30, o Banco Central.
O juro do
rotativo é a taxa mais elevada do segmento de crédito livre e também a
mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do
cheque especial. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de
crédito, o juro aumentou 2,3 pontos de maio para junho, passando de
115,9% ao ano para 118,2% ao ano.
A taxa do cheque especial, por
sua vez, subiu de 232% ao ano em maio para 241,3% ao ano no mês passado.
Ao longo de 2015, as taxas cobradas por uma das linhas mais caras que o
consumidor pode acessar - perde apenas para o rotativo do cartão de
crédito - subiram 40,3 pontos porcentuais, já que em dezembro de 2014 o
juro médio dessa modalidade estava em 201% ao ano.
A taxa média de
juros no crédito livre subiu de 42,5% ao ano em maio para 43,5% ao ano
em junho. Com essa alta, a taxa volta a ser a maior taxa da série
iniciada em março de 2011. Desde o início do ano, em todos os meses a
taxa de juros tem sido recorde e batido a do mês anterior.
No
primeiro semestre deste ano, a taxa subiu 6,2 pontos porcentuais, já que
em dezembro de 2014 estava em 37,3% ao ano. Em 12 meses até junho, a
alta é de 6,7 pontos porcentuais. Para pessoa física, a taxa de juros no
crédito livre passou de 57,3% em maio para 58,6% em junho, também a
maior da série histórica. Para pessoa jurídica, houve elevação de 26,9%
para 27,5% de maio para junho.
Já para o crédito pessoal, a taxa
total caiu de 48,2% em maio para 48,4% em junho. No caso de consignado, a
taxa ficou estável em 27,3% e, nas demais linhas, passou de 111,3% para
111,9%.
No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 24,8% para 24,7% de um mês para outro.
A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, subiu de 27,1% em maio para 27,6% em junho.
Inadimplência
A
taxa de inadimplência no crédito livre permaneceu em 4,7% de maio para
junho, segundo o Banco Central. Para pessoa física, também seguiu em
5,4% na comparação mensal e, para as empresas, permaneceu em 3,9% de um
mês para o outro. Desde o início do ano, verifica-se uma certa
estabilidade no volume de calote ao sistema financeiro.
A
inadimplência do crédito direcionado caiu de 1,2% em maio para 1,1% em
junho. O dado que considera crédito livre mais direcionado mostra
inadimplência de 2,9% em junho, ante 3,0% em maio.
No crédito
livre para pessoa física, a inadimplência no crédito pessoal passou de
3,8% em maio para 3,6% em junho. No cheque especial, permaneceu em 14,3%
na mesma comparação mensal.
Na aquisição de veículos, prosseguiu
em 3,9% em junho, a mesma taxa verificada desde o primeiro mês deste
ano. No cartão de crédito, no entanto, avançou de 7,3% para 7,7% na
mesma comparação.
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