PSDB usará inserções na TV em apoio a protestos contra Dilma
Brasília - O PSDB vai
usar as inserções a que tem direito na TV para chamar a população a ir
às ruas contra o governo nos protestos marcados para o dia 16 de agosto.
Uma das bandeiras dos manifestantes é o impeachment da presidente Dilma
Rousseff.
Segundo o presidente do partido, senador Aécio Neves
(MG), o conteúdo das propagandas de 30 segundos que irão ao ar na
próxima semana atende a uma cobrança dos eleitores do PSDB, que pedem
uma aproximação maior da legenda aos movimentos que organizam os atos.
"Se
nós simplesmente desconsiderarmos que elas (as manifestações) existem,
estaremos fugindo da realidade. Nós vamos estar com inserções a dez dias
de uma movimentação que mobiliza a sociedade. A cobrança dos nossos
eleitores é enorme pela vinculação cada vez maior do partido", disse
Aécio.
Esta será a primeira vez que o PSDB se
manifesta de uma maneira mais ostensiva a favor da realização dos
protestos. Nos outros dois atos que aconteceram este ano - 15 de março e
12 de abril -, o partido e suas lideranças deram um apoio mais tímido
aos atos.
Até o próprio Aécio, que não participou das outras
edições, cogita ir à próxima. "Estou avaliando, desta vez, com mais
possibilidade. As lideranças do PSDB não se furtarão a estar presentes
em uma manifestação que ganha corpo", disse.
O tucano foi muito
criticado por grupos, como o Movimento Brasil Livre (MBL), que pedem o
impeachment da presidente, por não levantar essa bandeira. Desde o
início do ano, o PSDB tem adotado uma postura de cautela ao tratar do
assunto. Com o agravamento da crise, porém, diversas lideranças da sigla
voltaram a defender a tese do impedimento abertamente.
"Amigos,
no dia 16 de agosto vamos voltar às ruas não mais para protestar. Agora
vamos pedir o impeachment de Dilma, responsável maior por um governo
corrupto, mentiroso e incompetente", postou no Facebook o deputado
Carlos Sampaio (PSDB-SP), líder do PSDB na Câmara.
Nesta semana, a
sigla vai usar as inserções na TV para mostrar a união entre as
principais lideranças tucanas, um tema sempre controverso dentro do
ninho tucano. "Temos que demonstrar que somos um conjunto de pessoas,
que podem divergir em determinas questões, mas que estão absolutamente
sintonizadas com o sentimento das ruas, com as mudanças que têm de
ocorrer", disse Aécio.
Além de Aécio, serão protagonistas das
peças os principais nomes do PSDB, como o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o
senador José Serra (SP).
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