O
recuo de Maranhão se deu por meio de uma breve nota em que ele diz, em
cinco linhas, que revoga a decisão por ele proferida "em 9 de maio de
2016, por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara
dos Deputados ocorridas nos dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais
se deliberou sobre a denúncia por crime de responsabilidade número
1/2015".
Sucessor de
Eduardo Cunha na presidência da Câmara, Maranhão foi alvo, após a
anulação do processo de impeachment, de uma série de ameaças de
retaliação: dois partidos ingressaram contra ele no Conselho de Ética da
Casa por quebra de decoro já nesta tarde. A ação pode levá-lo à
cassação do mandato. Em outra frente, o PP convocou reunião de
emergência da Executiva para discutir a expulsão do deputado dos quadros
da legenda e também para escolher um possível nome para substituí-lo no
mais alto posto da Câmara.
Deputados
de catorze partidos também prepararam uma rebelião contra Maranhão:
planejaram uma debandada em massa da sessão convocada por ele para as 8h
desta terça-feira, quando estavam em pauta mais de 64 itens. Em outra
frente, eles marcaram uma sessão para as 19h com objetivo único de
questionar o ato de Maranhão. O presidente da Câmara, nesta noite,
também cancelou a sessão da manhã, remarcando-a para as 14h.
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