Encarado pelo Palácio do
Planalto como liado central do governo no Congresso, o presidente do
Senado, Renan Calheiros, assumiu pela primeira vez que participa de
articulação política para buscar uma saída constitucional para
interromper o mandato de Dilma Rousseff.
Renan fez isso num jantar
com o Aécio Neves e outros seis senadores do PSDB. O evento aconteceu
na casa do tucano Tasso Jereissati e terminou no início da madrugada
desta quinta-feira (10).
Segundo o UOL, Renan esteve com Lula pela
manhã. À tarde, conversou com Dilma. À noite, foi recepcionado na casa
de Tasso com ironias sobre sua disposição para o diálogo. O senador,
entrando no clima respondeu: “Pois é, estive com o Lula e a Dilma. No
final, estou aqui, onde me sinto mais em casa.”
Ele estava
acompanhado de outros dois caciques do PMDB no Senado: o líder da
bancada Eunício Oliveira e Romero Jucá. Além de Aécio e do anfitrião
Tasso, participaram do encontro o líder Cássio Cunha Lima, José Serra,
Aloysio Nunes Ferreira, Antonio Anastasia e Ricardo Ferraço, pelo PSDB.
Os
tucanos afirmaram a Renan que não enxergam saídas para a crise com a
permanência de Dilma na Presidência. Mencionaram uma obviedade: sem o
PMDB, o pedido de impeachment não tem chance de prosperar. E perguntaram
francamente ao presidente do Senado se ele cogita manter o apoio a
Dilma.
Mesmo que entre os presentes houvesse uma aparente maioria
favorável ao impeachment como fórmula menos traumática para afastar
Dilma, a reunião não foi conclusiva sobre o caminho a ser seguido e nem
era essa a pretensão do tucanato ao organizar o jantar.
O alagoano
Renan revelou durante o jantar um dado que diz ter retirado de pesquisa
de opinião que mandou fazer na capital de Alagoas, Maceió. Dilma
aparece na sondagem com uma taxa de 61% de péssimo. “Não é ruim e
péssimo, é apenas péssimo”, Renan enfatizou.
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