O diretório do Partido dos
Trabalhadores (PT) amanheceu pichado no domingo, 6, dois dias após o
ex-presidente Lula prestar depoimento na 24ª fase da Operação Lava Jato.
Na porta do local, que fica no centro de São Paulo, foram escritas as
mensagens "basta de corrupção" e "País da impunidade".
As pichações ocorreram
após a condução coercitiva do ex-presidente – quando o investigado é
levado para depor e liberado – na sexta-feira, 4, durante a Operação
Aletheia, ápice da Lava Jato. O Instituto Lula foi um dos locais
vasculhados pela PF. Os investigadores sustentam que a entidade teria
recebido repasses de empreiteiras que formaram cartel no esquema de
corrupção na Petrobrás "a título de supostas doações e palestras". Lula
falou por mais de três horas em uma sala da Polícia Federal no Aeroporto
de Congonhas, em São Paulo.
Em coletiva após o depoimento, o
petista disse ter se sentido ultrajado com a operação. "Eu me senti
ultrajado, como se fosse prisioneiro, apesar do tratamento cortês do
delegado da Polícia Federal", disse. No final da coletiva, Lula mandou
um recado. "Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram
no rabo. A jararaca tá viva, como sempre esteve."
Na noite de
sexta-feira, 4, centenas de pessoas protestaram na Avenida Paulista
contra o ex-presidente. E, na manhã de sábado, 5, dezenas de apoiadores
se reuniram em frente ao prédio onde ele mora em São Bernardo do Campo,
São Paulo. Vestidos de vermelho e empunhando faixas e cartazes em defesa
da democracia e em apoio ao petista, os manifestantes permaneceram no
local para receber a presidente Dilma Rousseff, que visitou o
ex-presidente.
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