A Mendes Júnior entrou nesta terça-feira com pedido de recuperação judicial em Belo Horizonte, conforme antecipou a coluna Radar.
O pedido foi distribuído para a primeira vara empresarial da capital
mineira e, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais, ainda aguarda despacho do juiz.
A
empresa é um dos alvos da Operação Lava Jato, que apura casos de
corrupção em contratos de fornecedores com a Petrobras. Sérgio Cunha
Mendes, o principal executivo da empreiteira, e outros executivos foram
presos em novembro de 2014 na Operação Juízo Final, desdobramento da
Lava Jato que pegou o braço empresarial do esquema de corrupção
instalado na Petrobras.
Segundo
denúncia do Ministério Público Federal, a Mendes Júnior fez parte do
"clube vip" de empreiteiras que, em cartel, "teriam sistematicamente
frustrado as licitações" da Petrobras para a contratação de grandes
obras a partir do ano de 2006, entre elas na Refinaria de Abreu e Lima,
em Pernambuco, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná.
Em novembro do ano passado, o executivo Sérgio Cunha Mendes foi condenado
pelo juiz Sergio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão em regime fechado
pelos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Na
sentença, de novembro de 2015, o juiz Moro destacou que Sérgio Cunha
Mendes é o principal executivo da Mendes Júnior "responsável pelos
crimes". "Responde pela corrupção ativa em todos os contratos e pela
lavagem de dinheiro em todas as operações. É acionista da holding do
Grupo Mendes Júnior e vice-presidente executivo. Assinou, nesta condição
e representando a Mendes Júnior, os contratos do Consórcio Interpar, do
Consórcio CMMS e da obra da REGAP com a Petrobras", anotou o
magistrado.
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