sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Temer comenta decisão do Senado e diz que está acostumado a "pequenos embaraços"


Agência O Globo

Presidente classificou como "movimentozinhos" as manifestações contra o governo. © Foto: Beto Barata/Presidência da República Presidente classificou como "movimentozinhos" as manifestações contra o governo. 
 
Ao comentar pela primeira vez a decisão do Senado Federal de analisar separadamente a perda dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Roussef durante o processo de impeachment, o presidente Michel Temer afirmou que está acostumado a "pequenos embaraços".

— Eu estou acostumando a isso há mais de 34 anos na vida pública e acompanho permanentemente esse pequenos embaraços, que logo são superados. Ontem mesmo, antes de sair de lá, falei companheiros PSDB, PMDB, do DEM e essa questão toda será superada. Não tem a menor dificuldade.

Ele evitou fazer juízos de valor sobre a decisão que teria sido considera uma manobra e, disse que, se certa ou errada, trata-se de uma decisão do Senado.

— Não se tratou de manobra, mas de uma decisão que se tomou. Eu sempre disse, desde o começo, como interino, sempre disse que respeitosamente aguardo a decisão do Senado Federal. Se o Senado tomou essa decisão, não importa, certo ou errada, tomou a decisão. Me parece que ela está sendo questionada agora juridicamente. Então, ela sai agora do plano exclusivamente político para o quadro de uma avaliação de natureza jurídica, o que convém às instituições brasileiras.

— Quando digo que vamos reconstitucionalizar o país, ou reconstitucionalizar o país, é exatamente isso. Cada poder exerce o seu papel. Claro que essas coisas dependem de um certo tempo.

Temer disse que a mensagem que lançou de reunificação e pacificação nacional não é em benefício pessoal, é em benefício dos brasileiros. E disse que se tratam de "movimentozinhos" as manifestações de quem se insurge.

— Tenho absoluta convicção que os brasileiros querem isso. Quem muitas vezes se insurge, como um movimentozinho é sempre um grupo muito pequeno de pessoas, não é? Não são aqueles que acompanham a maior da vontade dos brasileiros.

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