A economia brasileira encolheu 1,7% entre julho
e setembro, na terceira queda consecutiva ante o trimestre anterior. Em
relação ao mesmo período do ano passado, o recuo do Produto Interno
Bruto (PIB) foi ainda maior: 4,5%. As quedas foram generalizadas,
sinalizando que a recessão econômica se aprofundou no País.
Além
disso, os números do primeiro e do segundo trimestres foram revisados
ainda mais para baixo. De janeiro a março, a queda ante o mesmo período
de 2014 era de 1,6% e passou para 2%. Já de abril a junho, o recuo havia
sido de 2,6%, na mesma base de comparação, e agora foi calculado em 3%.
Os
investimentos, chamados de Formação Bruta de Capital Fixo, tiveram o
nono trimestre consecutivo de recuo ante o período anterior (-4%) e
despencaram 15% na comparação com 2014 - a maior queda da série
histórica, iniciada em 1996.
Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o recuo é justificado, principalmente,
pela queda das importações e da produção interna de bens de capital,
além do desempenho negativo da construção civil. As importações
encolheram 20% entre e julho e setembro ante 2014, também a maior queda
da série histórica.
Já a atividade de serviços, que tem um grande
peso no cálculo do PIB, caiu 1% ante o segundo trimestre e 2,9% em
relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar do câmbio mais
favorável, a indústria também encolheu: 1,3% ante o período anterior e
6,7% em relação a 2014. A agropecuária, que era a esperança de um
desempenho melhor entre julho e setembro, também recuou: 2,4% e 2%, nas
mesmas bases de comparação.
Influenciado pela deterioração dos
indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda, o consumo das
famílias recuou pelo terceiro trimestre seguido em ambas as comparações.
Ante o trimestre anterior, a queda foi de 1,5%. Já na comparação com
2014, -4,5%.
O consumo do governo foi o único item que apresentou
alta ante o trimestre anterior: 0,3%. Na comparação com 2014, no
entanto, houve queda de 0,4%.
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