Brasília - Um dos principais aliados do
vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ministro da Aviação
Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse na manhã desta sexta-feira, 4, a
correligionários que vai deixar o governo.
Segundo relatos, o
ministro tentou se reunir com a presidente nesta quinta-feira, 3, mas
não teve êxito. A conversa deve ocorrer na próxima segunda-feira, 7.
Nesta sexta, Padilha cumpre agenda no Rio Grande do Sul, Estado de
origem.
Um posicionamento oficial, por parte dele, deve ocorrer
apenas após a conversa com a presidente. A decisão ocorre em meio ao
início da discussão do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff no Congresso Nacional.
Afastamento.
Segundo na linha sucessória da Presidência da República, o
vice-presidente Michel Temer (PMDB) evitou nesta quinta, participar das
principais discussões com integrantes da cúpula do governo e de se
posicionar publicamente sobre a instauração do processo de impedimento a
presidente.
A mesma conduta de Temer tem sido adotada pelo
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e lideranças do partido
na Casa. Ao ser questionado sobre a abertura do processo, Renan se
esquivou e afirmou que não tinha conhecimento do conteúdo da ação. A
avaliação inicial das lideranças do PMDB da Casa é de que o momento é de
"cautela", uma vez que a questão ainda precisa ter seus desdobramentos
na Câmara, onde o processo deverá ser discutido inicialmente. Nos
bastidores, a cúpula do PMDB diz que é preciso "descolar" de Cunha neste
momento. Mas avalia que não pode ficar alheia a ponto de se distanciar
muito de uma solução para o caso. A busca é pela equidistância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário