A presidente Dilma
Rousseff afirmou nesta segunda-feira que ficou "extremamente perplexa"
com a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), na semana passada,
por suspeita de obstruir as investigações da operação Lava Jato.
Perguntada
por jornalistas nos bastidores da cúpula da ONU sobre o clima em Paris
sobre a prisão do senador, Dilma disse: "Fiquei muito perplexa,
extremamente perplexa. Não esperava que isso acontecesse, ninguém
esperava".
Essas foram as
primeiras declarações da presidente sobre a prisão de Delcídio, que
ocupava o posto de líder do governo no Senado antes de ser detido pela
Polícia Federal na última quarta-feira.
A
presidente não quis responder a uma pergunta sobre suposta afirmação de
Delcídio em depoimento à Polícia Federal de que ela teria indicado
Nestor Cerveró para assumir a diretoria da área internacional da
Petrobras quando era ministra de Minas e Energia do governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cerveró está preso e já foi condenado pela Justiça no âmbito da Lava Jato.
A
prisão de Delcídio foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
após acusação feita pela Procuradoria-Geral da República apontando que o
senador teria negociado oferta de fuga a Cerveró em troca do silêncio
dele nas investigações.
Além
do senador, foram presos seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, o
advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e o banqueiro André Esteves pela
mesma suspeita de obstruírem a operação Lava Jato, que investiga um
esquema bilionário de corrupção que envolve a Petrobras.
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