O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não pretende fazer
acordo de delação premiada, de acordo com Eduardo Marzagão, assessor do
parlamentar. Delcídio foi preso semana passada numa das fases da
Operação Lava Jato.
“Ninguém, em segundo nenhum; nem advogado, nem
familiar; ninguém nunca cogitou ou propôs a ele que fizesse delação
premiada”, afirmou Marzagão, tendo por base conversas com os advogados
de defesa e com parentes do senador.
Os advogados de defesa
pretendem apresentar ainda esta semana um “pedido de relaxamento” da
prisão, sob a justificativa de que o senador em nenhum momento tentou
obstruir as investigações que estão sendo feitas em decorrência da
Operação Lava Jato. Marzagão disse ainda que isso deve ser feito após o
segundo depoimento do senador às autoridades, previsto para os próximos
dias.
Na sexta-feira (27), Delcídio recebeu a visita da esposa,
Maika do Amaral Gomez. Está prevista uma nova visita dela ainda esta
semana. De acordo com o assessor, Delcídio tem sido “super bem tratado”
na Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde o dia 25,
após ter a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Leitura
O senador tem dedicado parte do seu tempo à leitura. Atualmente está lendo o livro Brasil: Uma Biografia, de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling. Nos primeiros dias leu o livro A Origem do Estado Islâmico, do jornalista irlandês Patrick Cockburn. Os dois livros foram presenteados por Marzagão.
Segundo
denúncia da Procuradoria-Geral da República, Delcídio ofereceu R$ 50
mil mensais à família do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras
Nestor Cerveró para evitar a citação do nome do parlamentar nas
investigações. Delcídio teria oferecido também ajuda política no Poder
Judiciário em favor de Cerveró para que o ex-diretor não fizesse acordo
de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.
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