Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF)
oficializou na manhã desta sexta-feira, 18, o fim do julgamento sobre
rito do impeachment na Corte. Os ministros fizeram na sessão desta manhã
a leitura da ata, que resume a decisão tomada na quinta. O texto será
publicado em edição extra do Diário de Justiça deste sábado.
Na
quinta, por maioria, os ministros da Corte admitiram a tese governista
de que a Câmara apenas autoriza o andamento do processo, mas a decisão
não vincula a instauração do impeachment no Senado. Pela decisão,
somente a aprovação por maioria simples dos senadores instaura o
procedimento, o que geraria afastamento de Dilma do cargo por 180 dias.
Os ministros também derrubaram a eleição que formou Comissão Especial
sobre o tema na Câmara com maioria pró-impeachment.
O
advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse nesta manhã que a
decisão traz estabilidade para o processo de impeachment. "O Supremo
resolveu as principais questões que poderiam suscitar judicialização.
Evidentemente a judicialização é um elemento que sempre pode estar
presente, não dá para antecipar. O que o STF fez foi resolver os
principais gargalos, dando mais tranquilidade para processo correr sem
judicialização", afirmou Adams.
Ainda cabe um tipo de recurso à
decisão do STF, os chamados embargos de declaração. O presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve definir nos próximos dias se
apresenta o recurso. Ainda que o peemedebista decida por recorrer, o
rito do impeachment permanece definido pelo Supremo, porque os embargos
de declaração não têm efeito para suspender de pronto a decisão já
tomada.
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