Gravidez
é algo tão comum que achamos que já conhecemos todos os sintomas de
gravidez decor e salteados, certo? Mas nem sempre isso ocorre. Por isso,
separo os principais sintomas e a seguir, e explico como cada um deles
afeta a mulher e por que eles ocorrem.
Fim da menstruação
O
endométrio, camada interna do útero se descama quando naquele mês não
houve gestação, o que causa a menstruação. Se a mulher engravida, é no
endométrio que o embrião irá se implantar e se desenvolver, portanto não
ocorre esse sangramento mensal. Portanto, não menstruar é o primeiro e
mais clássico sintoma de gravidez.
Qualquer
sangramento durante a gestação é considerado anormal inicialmente e
deverá ser investigado, pois pode ser uma ameaça de aborto nos primeiros
meses da gravidez, lesões no colo do útero, descolamento de placenta,
entre outros. Em algumas mulheres acontece um pequeno sangramento no
momento da implantação do embrião, mas sempre que a mulher tiver
qualquer sangramento deverá procurar o médico.
Enjoos
São
esperados no início da gestação e na maioria das vezes, acontecem
alguns episódios de vômitos. Os enjoos deixam de ser normais quando a
gestante não consegue ao menos se alimentar, o que pode causar
desidratação e desnutrição, que claro, prejudicam a gravidez e o bebê. Alguns casos é necessário até a internação da paciente para tratamento.
O
normal é que o sintoma de gravidez dure apenas durante o primeiro
trimestre, ou no comecinho ou as 12 primeiras semanas. Se passar desse
período, são casos mais graves que chamamos de hiperemese gravídica, que
é a condição quando os enjoos e vômitos saem do controle, e que ainda é
desconhecida. As teorias relacionam o problema às altas taxas
hormonais, fatores psicológicos e atividades do estômago e intestino
anormais nessas pacientes, entre outras.
O tratamento irá depender da gravidade dos sintomas. A prevenção se dá através de um pré-natal
com boa orientação sobre uma dieta fracionada, mais seca e pouco
condimentada nos primeiros meses. Também é recomendado o uso de
medicações para os enjoos e internação com medicações endovenosas em
casos extremos, sob orientação médica.
Dores e aumento nas mamas
No
início da gestação começam a acontecer diversas mudanças em nosso
organismo com o objetivo de adaptar o bebê que está crescendo em nossa
barriga. Essas mudanças são causadas por aumento da taxa de hormônios
femininos que desencadeiam uma série de reações em todos os órgãos do
corpo. O principal hormônio da gestação é a progesterona, que provoca
retenção de líquido e desconforto nas mamas, provocando seu aumento.
Normalmente as mamas doendo serão um sintoma de gravidez no ínicio e
depois no final mais perto do final, pois já pode iniciar a produção de
leite.
Cólicas
As cólicas
podem acontecer em graus variados de acordo com o limiar de dor de cada
paciente e podem ser normais, devido ao crescimento do útero. Mas
sempre que a mulher sentir cólicas ou dores pélvicas deve avisar seu
médico, pois pode ser sinal de infecção de urina, por exemplo, entre
outros problemas. Elas podem ocorrer a gravidez toda, mas o terceiro
trimestre costuma ser mais intenso.
Tonturas e sonolência
Esses
sintomas de gravidez podem acontecer devido às mudanças naturais que
acontecem em todo o sistema cardiovascular da mulher. Apesar de mais
comuns no começo da gestação, tanto a sonolência quanto as tonturas
também podem aparecer no terceiro trimestre.
As
principais alterações no sangue induzidas pela gravidez incluem um
aumento no trabalho do coração, retenção de sódio e água (levando a
expansão do volume de sangue) e diminuição da pressão arterial
sistêmica. Essas mudanças começam no início da gravidez, atingindo o seu
auge durante o segundo trimestre, e, em seguida, mantem-se
relativamente constantes até o parto. Elas contribuem para o crescimento
ideal e desenvolvimento do feto e ajudar a proteger a mãe contra os
riscos de parto, tais como hemorragia. Mas podem causar alguns
inconvenientes como tontura, mal estar, cansaço, sono, principalmente no
primeiro trimestre.
Acho
importante que sempre sejam notificadas ao seu obstetra, pois no caso de
não melhorarem ou forem intensas, o ideal é fazer uma investigação para
detectar outros tipos de problemas mais graves, como labirintite e
outros.
Azia e prisão de ventre
O
funcionamento do trato gastrointestinal durante a gestação também se
modifica para se adaptar ao bebê. Em geral, o transito intestinal ficará
mais lento, e pode acontecer azia,
sintomas de refluxo e também é comum o intestino preso. Esses sintomas
podem incomodar e causar complicações a depender da sua intensidade.
Então é sempre importante avisar seu obstetra para orientação quanto a
dieta fracionada, variada, rica em fibras e ingestão abundante de
líquidos. E se necessário o uso de medicações para alivio dos sintomas.
Eles aparecem no começo, mas são maiores no final, quando o sistema
digestivo começa a ser comprimido pelo útero.
Fome toda hora
Por
conta das mudanças no funcionamento do trato gastrointestinal, a
gestante não deve ingerir grandes quantidades de comida, até porque, irá
se sentir desconfortável se abusar. O ideal é que coma pequenas porções
a cada 3 horas pelo menos, pensando sempre na alimentação balanceada e
saudável.
Não há comprovação
científica da relação dos desejos alimentares (um dos mais famosos
sintomas de gravidez), no entanto, se forem desejos que não prejudiquem a
mulher nem o bebê, podem ser atendidos com moderação. O normal é que a
mulher comece a sentir mais fome depois que os enjoos passarem.
Alimentos ácidos como limão, laranja, abacaxi, aliviam os enjoos, então é comum nessa fase a predileção por esses alimentos.
Mudança no bico dos seios
A
mama como um todo irá ficar mais volumosa ao longo da gestação e o bico
crescerá também mais perto do final da gravidez, mas tudo isso faz
parte da adaptação e preparo para a amamentação.
O importante nesse tópico é saber que independentemente do tipo de
bico, inclusive os invertidos, a mulher poderá amamentar normalmente se
receber a orientação adequada.
Inchaço no corpo (edemas)
Um
pouco de inchaço é normal e ele vai aumentando progressivamente com o
passar da gestação. A circulação do organismo como um todo está mudada e
o retorno de sangue das pernas para o coração é dificultado pela
compressão feita pelo próprio útero nas principais veias do organismo.
Muitas vezes um inchaço maior e excessivo pode ser sinal de pré-eclâmpsia, por exemplo. Mas isso deve ser averiguado e detectado pelo seu médico, ao fazer a consulta de pré-natal.
Vontade de fazer xixi
No
começo a mulher sentirá que quer urinar um pouco mais que o normal. Com
o tempo, o útero irá comprimir a bexiga e a capacidade de armazenamento
de urina se torna menor a cada mês. Portanto, a mulher grávida
precisará ir ao banheiro mais frequentemente. A progesterona também
provoca alterações no funcionamento do trato urinário.
O
aumento da frequência de micções pode ser sinal de infecção de urina
também, que é uma das infecções mais frequentes na gestante, então
sempre avise seu médico. E fique atenta a outros sintomas como dor para
urinar, febre, entre outros.
Cloasma
Além
das mudanças internas no corpo, acontecem mudanças externas também,
causadas pelo aumento das taxas hormonais. Entre elas temos algumas
mudanças na pele, que podem ser ou o aumento da pigmentação em algumas
áreas do corpo, ou o surgimento de manchas nas maçãs do rosto, o chamado
cloasma
gravídico. Esse último sintoma tende a regredir após a gravidez, mas se
for intenso pode deixar manchas. A recomendação é proteção solar
intensa.
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