Dois
meses antes de o governo brasileiro confirmar, através do Ministério da
Saúde, a circulação do zika vírus no país, o Brasil acabou por exportar
o vírus para a Itália, em março, através de um morador de 60 anos que
passou 12 dias em Salvador (BA) de férias.
Pesquisadores do país
europeu publicaram um estudo no períodico "Eurosurveillance",
especializado em epidemiologia, vigilância e prevenção, de acordo com a
Folha de S. Paulo. Ao retornar à Florença, sua cidade Natal, o homem
apresentou quadro de febre de até 38º, manchas vermelhas pelo corpo,
conjuntivite e fraqueza após quatro dias. Testes para dengue, febre
amarela, chikungunya, parvovírus e zika vírus foram realizados no
doente, por conta do quadro apresentado e da viagem a uma região
endêmica. Os resultados detectaram zika e os sintomas desapareceram após
uma semana.
A pesquisa reforça as suspeitas de especialistas
brasileiros, que já desconfiavam da presença do zika vírus antes de sua
identificação. "Esse trabalho (italiano) é ótimo. Mostra que em março o
vírus já circulava na Bahia, exatamente como nosso grupo havia
demonstrado", alega o virologista Gubio Soares, da UFBA.
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