Segundo
informações contidas em uma das manifestações do ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, e reunidas pelo procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, o vice-presidente da República, Michel
Temer (PMDB), teria recebido R$ 5 milhões do dono da OAS, José Adelmário
Pinheiro, o Leo Pinheiro, um dos empreiteiros condenados em decorrência
do escândalo da Petrobras.
A Informação fundamentou as buscas da Operação Catilinárias, realizada na última terça-feira (15).
De
acordo com a Folha de S.Paulo, a informação do pagamento foi mencionada
em uma troca de mensagens entre Leo Pinheiro e o presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em que o deputado reclama que o
empreiteiro pagou a Temer e deixou "inadvertidamente adiado" o repasse a
outros líderes peemedebistas.
"Eduardo Cunha cobrou Leo Pinheiro
por ter pago, de uma vez, para Michel Temer a quantia de R$ 5 milhões,
tendo adiado os compromissos com a 'turma'", afirmou Janot.
A conversa estava armazenada no celular do dono da OAS, apreendido em 2014.
Em
resposta, Michel Temer enviou à Folha de S.Paulo extrato de cinco
doações da OAS ao PMDB declaradas à Justiça Eleitoral entre maio e
setembro de 2014, totalizando valor semelhante ao citado por Pinheiro,
ou R$ 5,2 milhões.
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