Na
próxima semana, serão quatro meses sem o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidir se acolhe ou não as denúncias feitas em agosto pela
Procuradoria-Geral da República contra o deputado Federal Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) e o senador Fernado Collor (PTB-AL) por suposto recebimento de
propina ligada a desvios na Petrobras, informa a Folha de São Paulo.
Sem
o acolhimento das denúncias pelo STF, Cunha e Collor não são réus, mas
tão somente investigados. O suspense deixa em situação política mais
confortável o presidente da Câmara, que nesse meio tempo acolheu um
pedido de impeachment contra a presidente Dilma Roussef.
No caso
de Cunha, os quatro meses devem se tornar mais de cinco. Segundo a Folha
de São Paulo, a decisão do STF só deve ocorrer após o fim do recesso no
judiciário, em fevereiro, pois o prazo final para a "resposta prévia",
concedida a Cunha pelo STF, vai expirar no meio do recesso. Nesse caso, o
prazo da defesa fica suspenso até o fim do recesso.
Entre as
explicações, o principal motivo para a morosidade processual no STF é
que no Supremo Tribunal Federal há uma tradição, prevista no Regimento
Interno do tribunal, de que o ministro relator do inquérito abra prazo
de 15 dias para a manifestação do político antes de decidir sobre a
denúncia.
Ao prazo concedido à reposta prévia somam-se iniciativas
tomadas pela defesa do parlamentar no STF. Seus advogados solicitaram,
por exemplo, que o tribunal concedesse um prazo em dobro para a
manifestação prévia, de 15 para 30 dias.
No caso de Fernando
Collor, os denunciados no inquérito já ofereceram a resposta preliminar à
denúncia. Porém, uma possível abertura de ação também só deverá ser
definida após o fim do recesso do Judiciário.
Além dos inquéritos
em que já houve denúncia da Procuradoria, Cunha é alvo de outra
investigação, sobre contas na Suíça das quais é beneficiário, e Collor é
alvo de mais quatro inquéritos.
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