RIO, SÃO PAULO E BRASÍLIA — Centrais sindicais, entidades como a União
Nacional dos Estudantes (UNE) e partidos como o PT e o PDT realizam ato
na tarde desta quarta-feira em 18 estados e no Distrito Federal, segundo
informações do site G1. São eles: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará,
Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba,
Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
No
Centro do Rio de Janeiro, os manifestantes contra o impeachment da
presidente Dilma Rousseff, contra a política econômica do governo e
contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tiveram a
Cinelândia como ponto de encontro.
—
Esse é um ato contra o golpe e a favor da democracia. O que a Câmara
está fazendo é rasgar a Constituição. Os que perderam a eleição estão
querendo ganhar no grito — disse o presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) do Rio, Marcelo Rodrigues.
Para Rodrigues, a política econômica do governo Dilma precisa dar “uma guinada”.
— Não é esse projeto que ganhou a eleição — disse o presidente da CUT-RJ.
Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio, Carlos Henrique de Carvalho afirmou que está em curso um golpe branco.
—
Não há motivo para tramitação de processo de impeachment. A OAB vai
estar na rua para evitar um golpe branco, paraguaio — afirmou ele, em
seu discurso.
Em São Paulo, o
protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff é formado na
maioria por militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Com o
mote “Não vai ter golpe”, os manifestantes que ocupam as duas vias da
Avenida Paulista usam, na maioria, camisetas vermelhas e coletes da
central sindical.
Dezenas de
ônibus foram usados para levar as pessoas à região do Masp, onde
acontece a concentração. Os manifestantes pedem também a saída de
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara e mudanças da política
econômica do governo federal.
— É um ato de apoio à presidente Dilma e um ato crítico a sua política econômica — disse Vagner Freitas, presidente da CUT.
Em
Brasília, manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma
Rousseff (PT) e ao ajuste fiscal do governo estão reunidos em frente ao
estádio Mané Garrincha. Integrantes da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), disseram que a ideia inicial era caminhar até o Congresso
Nacional a partir das 19h, onde o ato deveria terminar. Entretanto,
organizadores em um carro de som afirmaram que a manifestação deve se
dirigir ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde os ministros definem
neste momento o rito do impeachment. A concentração ainda não tem muitos
manifestantes presentes.
Membro
da direção nacional da CUT, Roberto Miguel disse que o que une todas as
organizações presentes é a luta contra o impeachment e a posição
contrária ao ajuste fiscal comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim
Levy.
— Queremos que a Dilma tome posse, porque pra nós ela ainda não assumiu o segundo mandato — disse Miguel.
—
Nosso ato não está vinculado ao ato deles (da oposição), é em favor da
democracia, contra o impeachment e contra o ajuste fiscal. É o que une a
todos aqui presentes — completou.
Um
carro de som estacionado no local exibe faixas criticando o ajuste
fiscal e com os dizeres “Fora, Cunha”. Muitos manifestantes carregam
cartazes onde se lê “não vai ter golpe”.
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