Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, em SP© Foto: Cris Faga / Fox Press Photo / Ag. O Globo Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, em SP RIO, SÃO PAULO E BRASÍLIA — Centrais sindicais, entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e partidos como o PT e o PDT realizam ato na tarde desta quarta-feira em 18 estados e no Distrito Federal, segundo informações do site G1. São eles: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
No Centro do Rio de Janeiro, os manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, contra a política econômica do governo e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tiveram a Cinelândia como ponto de encontro.
— Esse é um ato contra o golpe e a favor da democracia. O que a Câmara está fazendo é rasgar a Constituição. Os que perderam a eleição estão querendo ganhar no grito — disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio, Marcelo Rodrigues.
Para Rodrigues, a política econômica do governo Dilma precisa dar “uma guinada”.
— Não é esse projeto que ganhou a eleição — disse o presidente da CUT-RJ.
Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio, Carlos Henrique de Carvalho afirmou que está em curso um golpe branco.
— Não há motivo para tramitação de processo de impeachment. A OAB vai estar na rua para evitar um golpe branco, paraguaio — afirmou ele, em seu discurso.
Em São Paulo, o protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff é formado na maioria por militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Com o mote “Não vai ter golpe”, os manifestantes que ocupam as duas vias da Avenida Paulista usam, na maioria, camisetas vermelhas e coletes da central sindical.
Dezenas de ônibus foram usados para levar as pessoas à região do Masp, onde acontece a concentração. Os manifestantes pedem também a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara e mudanças da política econômica do governo federal.
— É um ato de apoio à presidente Dilma e um ato crítico a sua política econômica — disse Vagner Freitas, presidente da CUT.
Em Brasília, manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e ao ajuste fiscal do governo estão reunidos em frente ao estádio Mané Garrincha. Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disseram que a ideia inicial era caminhar até o Congresso Nacional a partir das 19h, onde o ato deveria terminar. Entretanto, organizadores em um carro de som afirmaram que a manifestação deve se dirigir ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde os ministros definem neste momento o rito do impeachment. A concentração ainda não tem muitos manifestantes presentes.
Membro da direção nacional da CUT, Roberto Miguel disse que o que une todas as organizações presentes é a luta contra o impeachment e a posição contrária ao ajuste fiscal comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
— Queremos que a Dilma tome posse, porque pra nós ela ainda não assumiu o segundo mandato — disse Miguel.
— Nosso ato não está vinculado ao ato deles (da oposição), é em favor da democracia, contra o impeachment e contra o ajuste fiscal. É o que une a todos aqui presentes — completou.
Um carro de som estacionado no local exibe faixas criticando o ajuste fiscal e com os dizeres “Fora, Cunha”. Muitos manifestantes carregam cartazes onde se lê “não vai ter golpe”.