Flamengo critica deputados e lamenta poder na mão das federações: 'Foi água no chopp'
Apesar de
acharem que a Medida Provisória 671 é uma vitória para o futebol
brasileiro, Flamengo, Fluminense, Atlético-PR e Coritiba sofreram uma
derrota importante nesta terça-feira na Câmara dos Deputados.
Um
acordo entre parlamentares retirou uma demanda importante dos quatro
clubes, defendida também pelo Bom Senso, que mudava o processo eleitoral
das federações estaduais.
"Apesar de reconhecer que é um passo
importante, fica um gostinho de água no chope. Não consigo entender
porque os deputados decidiriam ficar do lado das federações e não do
lado da democratização do poder. Eles (deputados) se colocaram contra o
interesse dos torcedores, a favor de um sistema retrógrado", disse
Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo.
"Eu acho
importante que os eleitores fiquem de olho nos seus deputados e vejam no
que eles votaram. A minha torcida tem 40 milhões, deve ter 20 milhões
de eleitores. Tem que ver se valeu a pena ter votado nos candidatos que
escolheram", completou o mandatário do clube rubro-negro.
O Bom
Senso também deixou a Câmara dos Deputados com um gosto amargo. "A MP
conforme aprovada representa grande avanço, mas é uma oportunidade
desperdiçada de reformar a estrutura política do futebol, garantindo
participação de atletas nas votações e instituindo voto de qualidade nas
federações", afirmou o diretor executivo do grupo, Ricardo Borges.
"Mas
a luta continua. Nós temos o compromisso da presidente com a
democratização das entidades e o Bom Senso segue defendendo reformas no
sistema nacional do futebol", completou o dirigente do Bom Senso.
Flamengo
e Atlético-PR foram os que mais se mobilizaram em todo o processo. O
Palmeiras esteve nesta terça-feira, mas participou apenas da elaboração
da emenda aglutinativa, com a CBF, as federações e a bancada da bola.
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