O lobista Fernando Moura
afirmou, nesta quarta, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que Furnas era
uma empresa estatal controlada pelo senador Aécio Neves. Moura disse
que a pessoa a ocupar a diretoria foi escolhida pelo tucano e aceito
pelo governo Lula. Além disso, afirmou que o esquema de propina se
assemelhava ao instalado na Petrobras: "É um terço São Paulo, um terço
nacional e um terço Aécio."
Segundo a Folha de S. Paulo, Fernando
Moura chegou a ser ameaçado de perder os benefícios da delação premiada
depois de apresentar outra versão sobre o envolvimento do ex-ministro da
Casa Civil, José Dirceu, no esquema de desvio de recursos da Petrobras
por meio de contratos de empreiteiras.
Aécio foi citado pelo
lobista em uma reunião em 2002, após a vitória de Lula, onde se discutia
a escolha de nomes para a diretoria de diversas estatais, entre elas a
Petrobras, Correio, Caixa Econômica Federal, Furnas e Banco do Brasil.
Na ocasião, para a Petrobras, o nome indicado ao então ministro Dirceu foi o de Renato Duque.
Em
nota, o PSDB definiu como "declaração requentada e absurda" a citação a
Aécio e uma "velha tentativa de vincular o PSDB aos crimes cometidos no
governo petista".
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