O vírus Zika continua causando preocupação para os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira os cientistas norte-americanos Arthur Caplan e Lee Igel publicaram uma coluna na revista Forbes comentando sobre a epidemia e afirmaram que realizar as Olimpíadas com essas condições seria um ato de “irresponsabilidade”.
“Quem vai ao Rio no meio dessa
epidemia do zika vírus? Não as mulheres jovens, que podem engravidar e
correr o risco de ter um bebê com deficiência. Não um homem com uma vida
sexual ativa, que pode correr o risco de transmitir a doença para sua
parceira. Talvez apenas os atletas, técnicos e outros membros das
delegações dos países irão viajar ao Rio”, escrevem.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência global por
microcefalia, doença causada pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes
aegypti. Os autores da coluna criticam o Comitê Olímpico Internacional,
que não se posicionou ainda e provavelmente não irá impedir a realização
dos Jogos.
“Os atletas que
estão se preparando para competir no Rio não sentem a necessidade de
aguardarem por um alerta da OMS. Eles já começaram a estocar repelente,
pensando em como se prevenir dos mosquitos. Então os atletas deverão ir
ao Rio. Mas de nenhuma maneira o Comitê Olímpico Internacional deveria
permitir que eles fossem. Simultaneamente, empresas e a mídia precisam
pensar nessas mesmas linhas, colocando a segurança à frente de seus
interesses comerciais”, relatou.
Arthur
Caplan e Lee Igel acreditam que o turismo carioca irá sofrer com a
epidemia e deverá receber menos turistas do que o esperado para o
período. Além do risco de transmissão do zika vírus, o Rio de Janeiro
irá oferecer perigo aos atletas que irão competir no torneio de vela,
que será realizado na Baía de Guanabara, região banhada por águas com
alto nível de poluição. A Lagoa Rodrigo de Freitas também apresenta
níveis de coliforme fecais altos e é justamente lá que irão ocorrer as
provas do remo.
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