A Justiça Federal condenou nesta segunda-feira, 21, o
ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque a 28 anos e oito meses
de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação
criminosa.
É a mais alta pena já imposta
pela Operação Lava Jato contra envolvidos no esquema de propina que se
instalou na estatal entre 2004 e 2014.
Na
mesma sentença, o juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-tesoureiro do
PT João Vaccari Neto, também por corrupção, a 15 anos e 4 meses de
prisão pelos crimes atribuídos a Duque.
É a
primeira condenação aplicada ao ex-diretor de Serviços, apontado como
elo do PT no esquema Petrobrás, e também do ex-tesoureiro na Lava Jato.
Também
foram condenados outros envolvidos no esquema. Os operadores Adir
Assad, Sônia Mariza Branco e Dario Teixeira Alves Junior foram
condenados a 9 anos e 10 meses, cada um, por lavagem de dinheiro e
associação criminosa.
O juiz federal Sérgio
Moro afirma que Duque recebeu propina de R$ 36 milhões. "A prática dos
crimes corrupção envolveu o recebimento de pelo menos R$ 36.346.200,00,
US$ 956.045,00 e 765.802,00 euros à Diretoria de Serviços e Engenharia
da Petrobrás (Consórcio Interpar, Consórcio CMMS, Consórcio Gasam e
contrato do Gasoduto PilarIpojuca). Um único crime de corrupção envolveu
pagamento de mais de vinte milhões em propinas", sentenciou Moro.
Sobre
Vaccari, o magistrado afirmou. "A prática dos crimes corrupção envolveu
o recebimento pelo Partido dos Trabalhadores, com intermediação do
acusado, de pelo menos R$ 4.26 milhões de propinas acertadas com a
Diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobrás pelo contrato do
Consórcio Interpar, o que representa um montante expressivo."
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