Os bancos que têm o empréstimo consignado mais barato
São Paulo - Com a economia em crise,
o endividamento tem deixado de ser apenas questão de falta de
organização. Muitas pessoas têm se endividado por falta de dinheiro,
seja porque os salários estão atrasados ou porque foram demitidas (veja
pesquisa ao final da matéria).
Se você está nessa
situação e não tem condições de quitar suas dívidas - ao menos por
enquanto-, o crédito consignado pode ser um importante aliado do seu
orçamento.
Como nesse tipo de
empréstimo as parcelas da dívida são descontadas diretamente da folha
de pagamento do devedor, os bancos têm mais segurança de que receberão o
pagamento em dia e assim os juros são reduzidos, o que leva a
modalidade de crédito a ser uma das mais baratas do mercado.
Por
isso, o consignado é muito indicado para substituir outras dívidas com
juros maiores, como o cheque especial, ou para concentrar diferentes
empréstimos em uma linha de crédito só.
Entre
os bancos grandes, o HSBC pratica a menor taxa de juros do crédito
consignado para empregados de empresas privadas, de 2,20% ao mês, em
média, segundo o ranking de taxas juros
do Banco Central, que é feito com base em informações passadas pelas
próprias instituições financeiras. Já o Itaú tem os maiores juros da
modalidade, de 3,05% ao mês.
Isso
significa que, ao tomar um empréstimo de 50 mil reais em dois anos, no
HSBC o cliente pagará 84.293 reais ao final do prazo, enquanto no Itaú o
valor final pago será de 102.830 reais, uma diferença de 18.537 reais.
Vale
ressaltar que o crédito consignado pode ser contraído não só por
empregados de empresas privadas (celetistas) que tenham convênio com
bancos, como por servidores públicos e aposentados e pensionistas do
INSS.
Os juros, inclusive,
são bem mais baixos para os funcionários públicos, já que eles têm mais
estabilidade no emprego, e para os aposentados e pensionistas, já que as
chances de a Previdência Oficial atrasar os pagamentos são mais baixas
do que de uma empresa privada.
Confira,
nas tabelas a seguir, as taxas médias de juros praticadas no crédito
consignado pelos principais bancos que atuam no mercado brasileiro,
segundo o ranking de taxas de juros do Banco Central. As tabelas foram
divididas de acordo com o perfil do tomador (celetistas, funcionários
públicos, e pensionistas e aposentados).
Crédito Consignado para empregados de empresas privadas (celetistas)
Banco | Taxa de juros ao mês (%) | Taxa de juros ao ano (%) |
---|---|---|
HSBC | 2,20 | 29,81 |
Caixa Econômica Federal | 2,41 | 33,00 |
Banco Santander | 2,56 | 35,45 |
Banco Bradesco | 2,74 | 38,26 |
Banco do Brasil | 2,75 | 38,42 |
Itaú | 3,05 | 43,47 |
Fonte: Banco Central
Período: 22/06/2015 a 26/06/2015
Crédito Consignado para aposentados e pensionistas do INSS
Banco | Taxa de juros ao mês (%) | Taxa de juros ao ano (%) |
---|---|---|
HSBC | 2,00 | 26,78 |
Caixa Econômica Federal | 2,03 | 27,22 |
Banco do Brasil | 2,13 | 28,78 |
Itaú | 2,13 | 28,82 |
Banco Santander | 2,13 | 28,83 |
Banco Bradesco | 2,19 | 29,63 |
Fonte: Banco Central
Período: 22/06/2015 a 26/06/2015
Crédito consignado para servidores públicos
Banco | Taxa de juros ao mês (%) | Taxa de juros ao ano (%) |
---|---|---|
Caixa Econômica Federal | 1,73 | 22,89 |
Banco Bradesco | 1,76 | 23,26 |
HSBC | 1,86 | 24,80 |
Banco Santander | 1,91 | 25,46 |
Banco do Brasil | 1,97 | 26,31 |
Itaú | 2,27 | 30,95 |
Fonte: Banco Central
Período: 22/06/2015 a 26/06/2015
Origem do endividamento
Uma
pesquisa realizada com 15 mil clientes pela Recovery, empresa líder em
gestão de créditos em atraso, mostra que 36% deles estão endividados por
causa da falta de controle financeiro.
O
desemprego é o segundo maior motivador das dívidas, apontado por 17%
dos entrevistados. A terceira causa mais citada é o financiamento de
terceiros, mencionada por 16% dos clientes, que seria o endividamento
causado por empréstimos feitos a familiares, amigos e conhecidos.
Em
2015, no entanto, a Recovery identificou uma quarta causa da
inadimplência: atrasos no pagamento do salário, apontada por 9% dos
entrevistados.
Segundo a
empresa, na pesquisa realizada no ano anterior o atraso nos salários não
aparecia entre os mais citados pelos entrevistados, o que demonstra
como a crise tem afetado os orçamentos das famílias.
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