Cunha cria CPI do BNDES após romper com governo
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Brasília - Horas após
anunciar o rompimento com o governo federal, o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu início à retaliação ao Palácio do Planalto.
Criou a CPI do BNDES e autorizou a criação da CPI dos Fundos de Pensão.
Para isso, rejeitou a criação de outras quatro comissões parlamentares.
Além
da do BNDES, ele criou as CPIs dos crimes cibernéticos e dos maus
tratos a animais. A dos fundos de pensão ele apenas autorizou porque
precisa esperar até 6 de agosto para que a CPI do sistema carcerário
seja concluída e abra espaço para a criação de outra comissão.
Cunha rejeitou as CPIs do setor elétrico, de mulheres em situação de violência, de desabastecimento d'água e de telefonia.
Propina. O
posicionamento do peemedebista, que anunciou nesta sexta que deixou a
base de apoio do governo, ocorre após ele ser acusado pelo delator da
Lava Jato Julio Camargo, que declarou à Justiça Federal que o suposto
operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobrás, Fernando Falcão
Soares, o Fernando Baiano, lhe disse que estava sendo pressionado por Cunha para pagamento de propina.
Os valores da propina teriam saído de compras de navios-sonda. Segundo
relato de Julio Camargo, o peemedebista exigia US$ 5 milhões.
Além
de anunciar, como era esperado, seu rompimento pessoal com o governo, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse na manhã desta
sexta que vai defender que o PMDB saia do governo.
"Eu, como político e deputado do PMDB, e não como presidente da Câmara,
vou pregar no congresso do PMDB, em setembro, que o PMDB saia do
governo. Eu, pessoalmente, a partir de hoje, me considero com um
rompimento pessoal com o governo", disse Cunha.
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