CONJUNÇÃO
A
palavra “conjunção” provém de “conjunto”. Vejamos a definição do último termo
no dicionário Aurélio: Conjunto: adj. 1. Junto simultaneamente. sm. 2 Reunião
das partes dum todo.
Já o sufixo -ção tem significado de “resultado de uma ação”. Logo, se associarmos as duas definições, temos que: conjunção é a ação de juntar simultaneamente as partes de um todo.
Já o sufixo -ção tem significado de “resultado de uma ação”. Logo, se associarmos as duas definições, temos que: conjunção é a ação de juntar simultaneamente as partes de um todo.
De acordo
com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em
coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos
ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos
possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção
depende da existência do outro.
Com
essa primeira definição, vejamos essa frase composta por três verbos, ou seja,
por três orações:
Os dias passam, as prestações chegam, a vida continua.
Vamos acrescentar na frase acima as palavras e e mas:
Os dias passam e as prestações chegam, mas a vida continua.
Notamos o seguinte: retiramos a vírgula e substituímos por palavras, e ao fazê-lo ligamos uma oração à outra, criamos um vínculo, uma união. A palavra e está ligando as orações 1 e 2 e a palavra mas está ligando as orações 2 e 3. Portanto, as palavras e e mas que unem as frases são exemplos de conjunção.
Agora, vejamos esse outro exemplo:
Amor e carinho são sentimentos que estão em falta no nosso dia a dia.
Observamos que as palavras amor e carinho têm a mesma função na frase, a de sujeito da oração. O e está ligando essas duas palavras equivalentes, ou seja, de mesma função na oração. A ação de unir simultaneamente as partes (amor, carinho) de um todo (sujeito) foi feita a partir da palavra e, a qual é, portanto, uma conjunção.
Podemos agora definir conjunção de uma segunda maneira, a usada pela maioria dos gramáticos, por ser definição do dicionário:
Conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.
Os dias passam, as prestações chegam, a vida continua.
Vamos acrescentar na frase acima as palavras e e mas:
Os dias passam e as prestações chegam, mas a vida continua.
Notamos o seguinte: retiramos a vírgula e substituímos por palavras, e ao fazê-lo ligamos uma oração à outra, criamos um vínculo, uma união. A palavra e está ligando as orações 1 e 2 e a palavra mas está ligando as orações 2 e 3. Portanto, as palavras e e mas que unem as frases são exemplos de conjunção.
Agora, vejamos esse outro exemplo:
Amor e carinho são sentimentos que estão em falta no nosso dia a dia.
Observamos que as palavras amor e carinho têm a mesma função na frase, a de sujeito da oração. O e está ligando essas duas palavras equivalentes, ou seja, de mesma função na oração. A ação de unir simultaneamente as partes (amor, carinho) de um todo (sujeito) foi feita a partir da palavra e, a qual é, portanto, uma conjunção.
Podemos agora definir conjunção de uma segunda maneira, a usada pela maioria dos gramáticos, por ser definição do dicionário:
Conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.
Conjunção
coordenada e subordinada
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas, o que dependerá da relação que estabelecem entre as orações.
Vejamos essas duas frases:
Maria caiu e torceu o tornozelo.
Gostaria que você fosse sincera.
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido completo: Maria caiu e Maria torceu o tornozelo. O período é composto por coordenação, pois as ações são sintaticamente completas em significado.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “gostaria” fica sem sentido se não há complemento, o que causa o questionamento seguinte: “gostaria de quê?”. Assim, a oração “que você fosse sincera” é complemento e, portanto, subordinada à primeira oração “Gostaria”. A palavra que, então, é a conjunção subordinativa que une as duas orações.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas, o que dependerá da relação que estabelecem entre as orações.
Vejamos essas duas frases:
Maria caiu e torceu o tornozelo.
Gostaria que você fosse sincera.
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido completo: Maria caiu e Maria torceu o tornozelo. O período é composto por coordenação, pois as ações são sintaticamente completas em significado.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “gostaria” fica sem sentido se não há complemento, o que causa o questionamento seguinte: “gostaria de quê?”. Assim, a oração “que você fosse sincera” é complemento e, portanto, subordinada à primeira oração “Gostaria”. A palavra que, então, é a conjunção subordinativa que une as duas orações.
Conjunções
Coordenativas
São
aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da
oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:
1)
Aditivas: ligam
orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e,
nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como,
não só... mas ainda.
Por
exemplo:
A sua pesquisa é clara e
objetiva.
Ela
não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.
2)
Adversativas: ligam
duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São
elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Por
exemplo:
Tentei chegar mais cedo, porém
não consegui.
3)
Alternativas: ligam
orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando
fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora,
já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Por
exemplo:
Ou escolho agora, ou fico
sem presente de aniversário.
4) Conclusivas: ligam a
oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por
conseguinte, por isso, assim.
Por
exemplo:
Marta estava bem preparada para o
teste, portanto não ficou nervosa.
5)
Explicativas: ligam a
oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela
contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo),
porquanto.
Por
exemplo:
Não demore, que o filme já
vai começar.
Saiba
que:
a) As
conjunções "e"," antes", "agora","
quando" são adversativas quando equivalem a "mas".
Por
exemplo:
Carlos fala, e não faz.
O bom educador não proíbe, antes orienta.
Sou muito bom; agora, bobo não sou.
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.
O bom educador não proíbe, antes orienta.
Sou muito bom; agora, bobo não sou.
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.
b) "Senão"
é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".
Por
exemplo:
Conseguimos vencer não por
protecionismo, senão por capacidade.
c) Das
conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no
início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no
início ou no meio.
Por
exemplo:
Ninguém respondeu a pergunta, mas
os alunos sabiam a resposta.
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.
d) A
palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente
após um ou mais termos da oração a que pertence.
Por
exemplo:
Você o provocou com essas
palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Quando é
conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo
no imperativo e sempre no início da oração a que pertence.
Por
exemplo:
Não tenha receio, pois eu
a protegerei.
Locução conjuntiva
Há ainda a locução conjuntiva, que acontece quando duas ou mais palavras exercem a função de conjunção. Alguns exemplos são: desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo que, ainda que.
Vejamos um exemplo:
Ele irá te ajudar, desde que você faça a sua parte.
Temos duas orações: “Ele irá te ajudar” e “você faça a sua parte”, ligadas pela locução conjuntiva desde que.
Por Sabrina VilarinhoLocução conjuntiva
Há ainda a locução conjuntiva, que acontece quando duas ou mais palavras exercem a função de conjunção. Alguns exemplos são: desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo que, ainda que.
Vejamos um exemplo:
Ele irá te ajudar, desde que você faça a sua parte.
Temos duas orações: “Ele irá te ajudar” e “você faça a sua parte”, ligadas pela locução conjuntiva desde que.
Graduada em Letras
www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf85.php
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