POSIÇÕES DO SUJEITO NA ORAÇÃO
O sujeito, desde que mantenha a clareza do enunciado, pode assumir distintas posições na oração.
Por certo, algumas vezes nos pegamos relembrando de
velhos e cristalizados conceitos, em se tratando dos aspectos gramaticais,
evidentemente, que, caso não analisados de forma contextual, acabam se tornando
obstáculos cujas proporções podem resultar nos recorrentes equívocos e nos fatídicos
desvios que porventura infringem a norma padrão da linguagem.
O caso do sujeito parece vir a calhar de forma
significativa com a proposta atribuída ao assunto em questão, haja vista que
remotos estudos, como antes dito, materializavam-se em alguns posicionamentos,
tais como:
* O sujeito é aquele termo que vem antes do
predicado, mas, e o predicado? A resposta para tal questionamento se demarcava
em apontar que tal elemento (o predicado) se referia àquele termo que vinha
depois do sujeito. Dessa forma, parece que ambos, tidos como essenciais da
oração, assumiam lugares específicos – o que não necessariamente prevalece.
Nesse sentido, analisemos alguns enunciados:
Os alunos obtiveram um bom
resultado.
Aqui temos que a posição do sujeito, ora
representado por “os alunos”, obedece a uma sequência natural. Assim, significa
afirmar que se trata da ordem direta das palavras.
Obtiveram um bom resultado os
alunos.
Nitidamente, constatamos que a sequência, antes
tida como direta, agora se apresenta invertida, haja vista que o sujeito
aparece depois do predicado – o que significa dizer que se trata da ordem
inversa das palavras.
Obtiveram, os alunos, um bom
resultado.
Nesse contexto, lá se encontra o elemento que
subsidia nossa discussão no meio do predicado – o que também configura a
ordem inversa das palavras.
Mediante as elucidações aqui firmadas, não é sem
fundamentos que chegamos à conclusão de que em se tratando da finalidade a que
nos propomos a atingir, temos o livre arbítrio de decidirmos acerca de qual
será o encadeamento sintático que se fará presente no nosso discurso, lembrando
sempre que tal sequência se encontra submetida às relações que se estabelecem entre
as palavras – que conferem precisão e clareza às mensagens que cotidianamente
proferimos, seja por meio da oralidade, seja por intermédio da linguagem
escrita.
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