BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), saiu nesta
terça-feira em defesa da permanência do ministro Geddel Vieira Lima na
Secretaria de Governo. Segundo Maia, Geddel exerceu papel fundamental na
aprovação da emenda constitucional que limitou o teto de gastos do
governo na Câmara e será muito importante na votação da Reforma da
Previdência. Maia minimizou a acusação, feita pelo ex-ministro da
Cultura, Marcelo Calero, de tentativa de tráfico de influência por parte
de Geddel.
— Geddel tem o apoio do Parlamento, tem a confiança,
tem exercido papel fundamental para o governo na articulação política.
Nós precisamos que o ministro Geddel permaneça no governo, o papel dele
foi vital na vitória da PEC do teto e será fundamental da vitória da
reforma da Previdência. É o que tenho ouvido dos deputados — disse Maia,
na saída de um evento em São Paulo.
Segundo o presidente, o
episódio envolvendo Calero e Geddel tem a posição de dois colaboradores
do governo, mas ele ficou convencido das explicações dadas por Geddel:
—
Esse é um episódio que aconteceu, tem duas posições, não é bom, mas
pela entrevista que Geddel deu fiquei muito convencido que tem apoio do
Temer e tem nosso apoio. Vamos virar essa página, o episódio aconteceu,
vamos separar as coisas. Claro que tráfico de influência não é bom, sei
que não aconteceu, o parecer indeferido não foi refeito. O governo
precisa de tranquilidade e precisa continuar contando com Geddel
Maia
voltou a dizer que, assim que for votado na comissão especial, o
projeto que trata das dez medidas de combate a corrupção será levado
para a votação no plenário. Maia disse que o plenário e os líderes
partidários decidem como votar o projeto, se de forma simbólica, caso
haja consenso no texto votado na comissão, ou nominal. O presidente
disse ainda que a criminalização do caixa dois veio no texto do projeto
encaminhado pelo Ministério Público à Câmara.
— Se votar de forma
simbólica é porque saiu um bom texto da comissão e tem consenso. Casa
Cada partido, cada líder que assuma a responsabilidade pelo texto. Todas
as mudanças têm que ser debatidas, ninguém tem texto perfeito. O
Legislativo tem direito de mudar o que quiser, a sociedade pode
encaminhar projeto de lei, mas a responsabilidade de votar é da Câmara —
disse Maia, acrescentando:
— A criminalização do caixa 2 vem nas
propostas. Vem o debate: tipificando para frente está anistiando para
trás. Muitos dizem que sim, só vale para frente, outros que não. Depois
que sair da comissão vamos votar no plenário, a votação será feita de
forma clara.
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