O líder cubano Fidel Castro
morreu aos 90 anos, informou seu irmão na madrugada deste sábado, o
presidente de Cuba, Raúl Castro, em um discurso pela televisão estatal.
"Com
profunda dor é que compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da
nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29,
faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz", disse Raúl
Castro, visivelmente emocionado.
O presidente cubano disse que o
corpo do líder histórico da Revolução será cremado, segundo sua "vontade
expressa", e que nas próximas horas divulgará ao povo a "informação
detalhada sobre a organização da homenagem póstuma a Fidel".
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em
nota, que a morte de Fidel Castro é como a perda de um irmão mais velho,
de um "companheiro insubstituível". "Morreu ontem o maior de todos os
latino-americanos, o comandante em chefe da revolução cubana, meu amigo e
companheiro Fidel Castro Ruiz", disse ele, em nota à imprensa.
Lula
lembra que conheceu Fidel pessoalmente, em julho de 1980, em Manágua,
durante as comemorações do primeiro aniversário da revolução sandinista.
"Mantivemos, desde então, um relacionamento afetuoso e intenso, baseado
na busca de caminhos para a emancipação de nossos povos", ressaltou.
De
acordo com ele, para os povos do continente e os trabalhadores dos
países mais pobres, especialmente os homens e mulheres de sua geração,
Fidel foi "sempre uma voz de luta e esperança". Afirmou ainda que o
espírito combativo e solidário de Fidel animou "sonhos de liberdade,
soberania e igualdade". Segundo Lula, mesmo nos "piores momentos, quando
ditaduras dominavam as principais nações, a bravura de Fidel e o
exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania".
"Será
eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo.
Hasta siempre, comandante, amigo e companheiro Fidel Castro", concluiu
Lula, que não informou se irá ao funeral do líder cubano.
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