Um laudo da Polícia Federal mostra que a Cervejaria
Petrópolis, do empresário Walter Faria, depositou cerca de R$ 7 milhões
nas contas da Gamecorp, de Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do
ex-presidente Lula, entre 2005 e 2016. A Gamecorp movimentou mais de R$
300 milhões no período.
A força-tarefa apura em que condições os
pagamentos foram realizados. De acordo com O Globo, investigadores da
Operação Lava Jato suspeitam que a Odebrecht possa ter utilizado a
cervejaria como intermediária de pagamentos de propina da empreiteira e
como “doleira” do banco Meinl Bank Antígua, comprado pela Odebrecht para
movimentar propinas.
Lulinha é sócio na Gamecorp de Fernando
Bittar, que já é investigado na Lava-Jato por ser um dos proprietários
do sítio de Atibaia, utilizado pelo ex-presidente Lula.
Esclarecimentos
O grupo
Petrópolis informou em nota que os pagamentos à Gamecorp têm lastro “em
contratos cujos objetos foram a captação e edição de imagens para a TV
Corporativa do Grupo Petrópolis, além de transmissão e veiculação da
programação”.
A Gamecorp, por meio do advogado Cristiano Zanin
Martins, disse que já prestou todos os esclarecimentos solicitados,
“demonstrando a inexistência de qualquer irregularidade na sua atuação”.
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