O vice-presidente Michel Temer
desistiu da nomeação do advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira para o
Ministério da Justiça de seu eventual governo. Desde que revelou ao
GLOBO a preferência pelo nome do criminalista paulista, Temer foi
desaconselhado da indicação por vários aliados.
Ainda
na noite de terça-feira, ao saber o teor de declarações do advogado,
que é seu amigo, o vice desistiu da indicação. Segundo interlocutores de
Temer, a preocupação central do vice-presidente é não deixar dúvidas
quanto ao seu compromisso com a liberdade da Operação Lava-Jato. Mariz
deu entrevistas com críticas pontuais à operação e, especialmente, ao
uso que vem sendo feito da delação premiada.
Em
janeiro, o criminalista foi um dos advogados que assinou o manifesto
inspirado pela Odebrecht, que fazia críticas à operação e ao juíz Sergio
Moro, comparando-a a uma “espécie de Inquisição”, e argumentando que
seria um “grave atendado à Constituição e ao Estado de Direito”.
Em
entrevista à “Folha de S. Paulo”, Mariz confirmou ter conversado com o
vice-presidente sobre a possibilidade de ocupar o eventual cargo, e
reafirmou suas críticas à operação que investiga o esquema de corrupção
da Petrobras.
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