Em evento do Dia do
Trabalhador, promovido neste domingo (1º) na capital paulista pela CUT
(Central Única dos Trabalhadores), a presidente Dilma Rousseff deve
anunciar reajustes de cerca de 5% na tabela do Imposto de Renda na
Fonte, que não foi corrigida neste ano, e nos benefícios do Bolsa
Família.
A petista tomou a decisão de lançar uma espécie de
"pacote de bondades" na sexta-feira (29), mesmo diante das resistências
da equipe econômica do governo, que avaliava não haver espaço para
promover novos gastos.
O secretário do Tesouro Nacional, Otávio
Ladeira chegou a ponderar a dificuldade de anunciar as medidas sem a
revisão da meta fiscal para 2016. "Esse assunto [reajuste do Bolsa
Família] poderá ficar para quando a nova meta [fiscal] for aprovada",
disse.
Diante da possibilidade de ser afastada do cargo no próximo
mês, a presidente pretende fazer um aceno efetivo à base social da
legenda e um contraponto ao vice-presidente Michel Temer, que quer fazer
um pente-fino em programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa,
Minha Vida.
Em relação ao Bolsa Família, havia no orçamento R$ 1
bilhão reservado para o reajuste do benefício, mas que acabou sendo
remanejado para outras áreas diante dos cortes de despesas efetuados
neste ano.
Para evitar um novo panelaço, a presidente não fará
pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão e não pretende
gravar vídeo para as redes sociais.
No palco da CUT, a ideia é ela
adotar um discurso no qual defenderá as conquistas das gestões petistas
e criticará eventuais retrocessos em um possível governo peemedebista.
Convidado pela Força Sindical, Temer decidiu não participar de evento da entidade.
O
objetivo é evitar que o gesto seja interpretado como uma tentativa de
antecipar o desfecho do processo de impeachment. Com informações da
Folhapress.
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