O governador Antonio Anastasia anunciou, nesta terça-feira (19/02), que Minas Gerais disporá de R$ 28 bilhões para investimentos neste ano e em 2014. Durante Reunião Gerencial, com a presença do vice-governador Alberto Pinto Coelho, secretários de Estado e dirigentes de fundações, autarquias e empresas públicas controladas pelo Governo. Os recursos serão aplicados em todas as áreas, especialmente, infraestrutura, educação, saúde, segurança pública © Farolcom/FIickr O governador Antonio Anastasia anunciou, nesta terça-feira (19/02), que Minas Gerais disporá de R$ 28 bilhões para investimentos neste ano e em 2014. Durante Reunião Gerencial… Apesar de protestos governistas, o senador Antonio Anastasia (PSDB- MG) foi eleito relator na comissão do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Parlamentares do PT e PCdoB alegam que o tucano estaria impedido de assumir a função porque o PSDB tem interesse no processo.
Anastasia foi eleito por 16 a favor e cinco contra. Ele foi indicado pelo Bloco Parlamentar da Oposição (PSDB-DEM-PV) após a proporcionalidade das bancadas ser adotada como critério para definir a composição do colegiado.
Também na manhã de hoje, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi escolhido como presidente do colegiado.
Durante a sessão, governistas tentaram evitar a escolha de Anastasia. Lira indeferiu questão de ordem apresentada pela senadora Gleisi Hoffmann(PT-PR) em plenário ontem para determinar o impedimento de Anastasia. “Nao há lacuna legal acerca das hipóteses de impedimento”, afirmou Lira.
Gleisi argumenta que Anastasia já teria antecipação de juízo de valor sobre a culpa da presidente Dilma. O tucano é próximo ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e candidato derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014. A decisão de Lira foi referendada pela comisssão.
Em questão de ordem no mesmo sentido - também negada por Lira e pela comissão - a senadora Vanessa Grazziotin(PCdoB-AM) afirmou que o advogado Flavio Henrique Costa Pereira, coordenador jurídico nacional do PSDB, assinou o pedido de impeachment e, portanto, qualquer parlamentar da legenda estaria impedido de assumir a relatoria.
Apesar de ter recebido os questionamentos ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RN) deixou a cargo da comissão deliberar sobre os méritos.
Prazos
De acordo com calendário anunciado por Lira, o texto será votado no colegiado dia 6 e no dia 11 no plenário. O prazo é um meio termo entre os 10 dias corridos defendidos pela oposição e os 10 dias úteis defendidos pelo governo.
"O relatório deverá ser apresentado no dia 4, logo em seguida terá participação da defesa e dia 6 a votação. No plenário, tem dois dias de interstício e dia 11 vota", disse antes de começar os trabalhos. De acordo com ele haverá trabalho todos os próximos dias pela manhã.
Dos 21 titulares, apenas cinco apoiam Dilma. Para que o texto seja aprovado na comissão basta maioria simples, ou seja 12 votos. No plenário, também é maioria simples, com 41 votos. Se aprovado, a presidente é obrigada a se afastar do cargo por até 180 dias e quem assume é o vice Michel Temer.
No plenário do Senado, a sessão é presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente o ministro Ricardo Lewandowski. Caso a maioria absoluta, 54 ou mais senadores, votar “sim” a presidente é afastada definitivamente. Caso contrário, ela reassume o comando do país.

Personagens do Impeachment:
  • Alvo do processo, a presidente Dilma Rousseff está isolada e enfrenta uma das mais graves crises políticas da atualidade. Para a petista, o processo é caracterizado como um "golpe". O pedido de impedimento, contudo, está tramitando na Câmara. A presidente está sendo investigada por denúncias de cometer as “pedaladas fiscais” e a edição de créditos suplementares em seu governo sem a aprovação do Congresso Nacional.
  • O ex-presidente foi nomeado como Ministro da Casa Civil, porém, teve sua posse suspensa por decisão do STF. A nomeação dele foi bastante criticada pela oposição e pela opinião pública. Para alguns, foi a "última cartada" do governo a fim de viabilizar um diálogo em Brasília. Mas, para outros, foi um recurso para que Lula tivesse foro privilegiado nas investigações e fosse julgado pelo STF, não mais pelo juiz Sérgio Moro, o responsável pela operação Lava Jato.
  • O presidente da Câmara acolheu as denúncias por crime de responsabilidade da presidente da República e foi criada, em dezembro, uma comissão especial para analisá-las. Esse grupo é formado por deputados de todos os partidos e deve analisar os argumentos usados por Cunha para autorizar o processo de impeachment: as “pedaladas fiscais” e a edição de créditos suplementares sem aval do Congresso. Cunha, ironicamente, segue sob investigação como réu na Lava Jato. O STF decidiu por unanimidade pela abertura do processo contra ele por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
  • O presidente do Senado é responsável por administrar o rito do impeachment depois de aprovado na Câmara. O julgamento dura até 180 dias. Se o Senado decidir abrir processo, Dilma deverá ser afastada por esse período, e o vice assumirá. Caso contrário, a petista continua no poder. Renan, citado na Lava Jato, argumenta que o impeachment é uma "coisa normal", mas que deve ser caracterizado o crime de responsabilidade da presidente.
  • O ex-líder do governo no Senado foi ponto de virada nas investigações da Lava Jato e das pressões pelo impeachment. Em sua delação premiada, Delcídio cita Dilma e Lula, além de outros nomes como Temer, Renan Calheiros, Cunha e Aécio, como participantes de esquemas ilícitos. Após as denúncias, ele pediu afastamento do PT e segue nos bastidores. O documento por ele produzido, no entanto, não será usado como recurso no processo do impeachment, de acordo com a decisão da comissão especial da Câmara.
  • Herói para muitos, justiceiro para outros. O juiz Sérgio Moro é o responsável pelas investigações da Lava Jato. Desconhecido no cenário político até pouco tempo, o paranaense caiu nas graças da opinião pública devido ao seu posicionamento "linha dura" diante dos crimes de corrupção e hoje estampa as bandeiras pró-impeachment. "In Moro We Trust", diz uma camiseta de marca nacional. No entanto, algumas de suas atitudes são alvo de crítica por parte do Judiciário e vistas como "desnecessárias". O juiz federal da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba já trabalhou em outros casos de corrupção, como o do Banestado, e se inspira no caso italiano Mãos Limpas para investigar a Petrobras.
  • O líder do PTB é o relator da comissão de impeachment na Câmara dos Deputados. Jovair Arantes (PTB-GO) é um dos mais próximos de Eduardo Cunha e está há 22 anos na Casa. Membro da chamada Bancada da Bola, é apontado como articulador de interesses da CBF. O deputado goiano também é próximo de Lula. Manteve o PTB na base do governo durante o governo do ex-presidente resistindo às pressões dos outros integrantes.
  • O deputado do PSD é o presidente da comissão que analisará o pedido de afastamento da presidente na Câmara. Rosso argumenta que é preciso respeitar os prazos do processo e que vai conduzi-lo com "precisão" e "transparência". Ele afastou-se da liderança do partido para se dedicar apenas à tarefa. Ainda, utiliza os registros do impeachment de Collor para auxiliá-lo no entendimento do procedimento.
  • Se Dilma cair, Aécio não assume. O senador do PSDB foi o nome de fôlego da oposição durante maior parte do tempo da crise política. No entanto, teve a sua imagem desgastada perante a opinião pública após ser citado várias vezes na Lava Jato. Mesmo assim, Aécio continua a articular possíveis cenários políticos caso a presidente seja impedida de continuar o governo, inclusive marcando reuniões com o vice Michel Temer, do PMDB.
  • O deputado do PP é um dos apoiadores do impeachment. Em outubro de 2015, Bolsonaro teve o seu pedido arquivado por Cunha. Desde então, continuou protocolando processos na Câmara. Considerado um parlamentar reacionário, ele recorre ao esquema de corrupção na Petrobras para justificar os pedidos.
  • A deputada é contra o impeachment da presidente e caracteriza a ação como "golpe". Para a governista, ex-líder do PCdoB na Câmara, não há nenhuma relação entre denúncias de corrupção e Dilma ou base jurídica sólida que permita o impedimento. Para Jandira, a ação é golpe, pois viola a própria legislação que caracteriza o crime de responsabilidade.
  • Líder do Movimento Brasil Livre, o jovem de 19 anos comanda as vozes das ruas que gritam pelo impeachment. Em suas postagens no Facebook, defende que o processo de impedimento é a única maneira de "combater o petismo". Com plataforma eleitoral liberal, a frente do MBL deve lançar 123 candidatos e Kim, que não concorrerá, vai viajar o País apoiando estes nomes.