A ministra do Supremo Tribunal
Federal (STF) Cármen Lúcia, relatora da Operação Zelotes, decidiu abrir
um inquérito para investigar a suspeita de envolvimento do presidente do
Senado, Renan Calheiros, e do senador Romero Jucá, ambos do PMDB, com
um esquema de venda de emendas a medidas provisórias, segundo reportagem
do jornal "O Globo" deste sábado.
De
acordo com o jornal, as investigações tiveram como ponto de partida um
diário apreendido com um dos investigados na Zelotes, João Batista
Gruginski, em que ele registra um encontro com outro investigado:
Alexandre Paes dos Santos.
Em
depoimento, Gruginski disse que, nesse encontro, ouviu de Alexandre
Paes dos Santos que existia uma negociaçao de 45 milhões de reais em
propina para senadores favoráveis aos interesses de montadoras de
veículos em uma medida provisória.
Esses
senadores seriam Renan Calheiros, Romero Jucá e Gim Argello, ex-senador
do PTB, que foi preso este mês em outra operação, a Lava Jato, noticiou
"O Globo".
A assessoria de
Renan afirmou que o presidente do Senado não conhece o autor da denúncia
e que o próprio Alexandre Paes dos Santos afirmou se tratar de um boato
que ouviu no mercado. O senador Romero Jucá negou, também por meio de
sua assessoria, que tenha recebido recursos por apresentação de emendas à
MPs. Os advogados de Gim Argello e Alexandre Paes dos Santos não
quiseram se manifestar, segundo o G1, site de notícias das organizações
Globo.
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