O
ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, a
pedido do Ministério Público Federal, a abertura de inquérito para
investigar os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Edinho
Silva, da Comunicação Social, além do senador Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP).
A notícia foi
divulgada na noite do sábado (05/09), pelo Jornal Nacional, da Rede
Globo, e pelo site do jornal O Estado de São Paulo. A investigação
atinge, pela primeira vez, dois dos principais ministros da presidente
Dilma Rousseff.
Os ministros e
o senador tucano foram citados pelo empresário Ricardo Pessoa, dono da
construtora UTC, em delação premiada, como beneficiários de recursos do
esquema de corrupção da Petrobras.
Pessoa
afirmou que foram feitos repasses milionários para as campanhas de
Mercadante ao governo paulista, em 2010, e para a reeleição de Dilma
Rousseff, em 2014, da qual Edinho Silva foi tesoureiro. Recursos
ilícitos também teriam sido repassados para a campanha do senador
Aloysio Nunes.
Na delação
premiada, Pessoa disse que a UTC doou 7,5 milhões de reais para a
campanha de Dilma Rousseff. O empreiteiro afirmou que foi coagido a
fazer as doações para assegurar que sua construtora mantivesse contratos
com a Petrobras.
O ministro
Aloizio Mercadante afirmou ser "absolutamente insustentável" a tese da
delação feita pelo empresário Ricardo Pessoa sobre as doações à campanha
dele ao governo de São Paulo, em 2010. Conforme o ministro, o
empreiteiro doou 500 mil reais "devidamente comprovados em prestação de
contas à Justiça Eleitoral."
Ex-tesoureiro
da campanha de Dilma à reeleição, Edinho Silva informou que sempre agiu
dentro da legalidade na arrecadação de fundos para a disputa
presidencial em 2014.
"Sou
plenamente favorável que se apure todos os fatos e que todas as dúvidas
sejam esclarecidas", afirmou o ministro, em nota à imprensa. Aloysio
Nunes disse considerar "absurda" a suposição de que ele "pudesse
favorecer negócios da Petrobras". Ele destacou que é um "oposicionista
notório e intransigente aos governos do PT."
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