O
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta
segunda-feira entender que a abertura das investigações contra os
ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Comunicação Social,
Edinho Silva, por suposto recebimento de doação ilegal de empreiteiras
que tinham contratos com a Petrobras coloca a campanha da presidente
Dilma Rousseff no centro das atenções da Operação Lava Jato. O tucano,
contudo, saiu em defesa do senador paulista Aloysio Nunes (PSDB-SP), que
também está sendo investigado, e disse não se sentir constrangido com
as investigações de seu correligionário.
"Entendo que sim (as
investigações colocam a campanha de Dilma no centro das atenções da Lava
Jato)", afirmou ao ser questionado pela imprensa durante entrevista
após o Desfile Cívico e Militar de 7 de Setembro no Sambódromo do
Anhembi, na capital paulista. Alckmin, no entanto, defendeu seu
correligionário Aloysio Nunes. "Investigação é para todos. Todos são
iguais perante a lei. Agora ele (Aloysio) já se defendeu. E também não
tem nenhum sentido um dos principais líderes da oposição ter qualquer
ascendência sobre a Petrobras ou o governo", afirmou.
Na semana
passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki
autorizou o pedido de abertura de inquérito para investigar Nunes,
Mercadante e Edinho no âmbito da Operação Lava Jato. Em delação
premiada, o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, teria citado os três
políticos. Pessoa disse ter feito repasses milionários para as
campanhas de Mercadante ao governo paulista em 2010, e para a campanha à
reeleição de Dilma, da qual Edinho Araújo foi tesoureiro. O dinheiro
também teria sido repassado para a campanha de Aloysio Nunes. Com
informações do Estadão Conteúdo.
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