BRASÍLIA - Com o
objetivo de evitar que as outras agências de classificação de risco -
Fitch e Moody’s – também rebaixem a nota de crédito do Brasil, assim
como fez a Standard & Poor’s, a presidente Dilma Rousseff está
reunida neste sábado, 12, com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, do
Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que
compõem a junta orçamentária, para encontrar medidas que possam ser
anunciadas o quanto antes em resposta ao rebaixamento. Ainda há uma
esperança no Planalto de que as outras agências não sigam o mesmo
caminho da S&P e o governo está buscando reforçar a mensagem do
ajuste fiscal em curso.
Ao contrário do que se previa, o governo
não deve anunciar um “pacotão” de medidas. As ações serão divulgadas aos
poucos à medida que forem finalizadas e aprovadas pela presidente. Além
dos ministros da junta orçamentária, o secretário do Tesouro Nacional,
Marcelo Saintive, também está reunido com a presidente, no Palácio da
Alvorada.
Dida Sampaio/Estadão
Tanto o ministro do Planejamento quanto o da
Fazenda reunirão suas equipes neste sábado, após o encontro com a
presidente para encaminhar as medidas que serão adotadas pelo governo.
Seus secretários estão trabalhando desde cedo na sede das pastas.
Depois
que o Congresso exigiu que o governo corte gastos na carne antes de
propor um aumento de gastos, o executivo pretende anunciar as primeiras
medidas de corte de despesas na semana que vem. A reforma administrativa
prometida pela presidente deve sair até o fim deste mês.
Para
reforçar a arrecadação de 2016, que tem uma previsão orçamentária de R$
30,5 bilhões deficitária, além de um aumento na Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis, o executivo
está discutindo o encaminhamento da Medida Provisória 691, que autoriza a
União a vender imóveis de sua propriedade, incluindo os terrenos de
Marinha.
Outro ponto que está em discussão pelo executivo é o
corte de cargos comissionados e a criação de um aplicativo para o
transporte de servidores federais, espécie de Uber oficial, que
contrataria uma frota terceirizada única.
Nenhum comentário:
Postar um comentário