segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Em pronunciamento, Dilma assume responsabilidade pela crise


Presidente Dilma Rousseff durante evento em Brasília© REUTERS/Ueslei Marcelino Presidente Dilma Rousseff durante evento em Brasília
São Paulo - Em seu pronunciamento oficial de 7 de setembro, a presidente Dilma assumiu a culpa pela política econômica e situação de crise do país. Segundo a declaração oficial, divulgada pela internet no site e redes sociais da presidência, ela diz que a crise é "resultado de um longo período que o governo entendeu que deveria gastar o quanto fosse preciso para garantir o emprego e a reda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais".
É a primeira vez, em declaração oficial, que a presidente assume os erros da gestão e diz ser necessária uma reavaliação das medidas e consequente corte nas que precisam ser reduzidas. “Sei que é minha responsabilidade apresentar caminhos e soluções para fazer a travessia que deve ser feita”, diz.
A presidente ressalta em sua fala que a crise também sofreu influência de problemas “lá de fora”. Segundo o discurso, só agora os países emergentes e importantes parceiros comerciais do Brasil foram atingidos pela crise internacional.
“As dificuldades, insisto, são nossas e são superáveis. O que quero dizer, com toda a franqueza, é que estamos enfrentando os desafios, as dificuldades, e que vamos fazer essa travessia. Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente”, afirma a presidente.
Fora isso, o discurso não trouxe grandes surpresas. A presidente aproveitou a oportunidade para explicar o porquê de alguns cortes em programas sociais e deixar como compromisso a luta pela retomada do crescimento.
“Podemos e queremos ser exemplo para o mundo, exemplo de crescimento econômico e valorização das pessoas. O esforço de todos nós é o que vai nos levar a superar esse momento”, finaliza.
Refugiados
Como paralelo à crise, Dilma fez questão de ressaltar a crise dos refugiados. A presidente cita a fotografia que rodou o mundo nesta semana do corpo do menino sírio Aylan Kurdi como símbolo de uma “tragédia de natureza humanitária”.

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