Não basta somente ter ideias, elas precisam estar bem articuladas, para que assim se materialize a textualidade.
Textualidade... Ao nos depararmos com essa
palavra, logo nos remetemos à escrita que, por sua vez, requer determinadas
habilidades por parte do emissor. Nesse sentido e, sobretudo, partindo do
pressuposto de que independentemente de qualquer que seja a finalidade
discursiva a que se presta um determinado texto, esse deve estar claro, preciso
e objetivo para quem o lê – isso é a verdadeira textualidade.
Mas, atenção! Um texto se constitui de ideias, de
argumentos firmados por parte de quem o escreve, concorda? Sim, fato
indiscutível, contudo, somente elencá-las não é o suficiente, haja vista que precisam,
antes de tudo, estar bem ordenadas, articuladas. Fato esse que somente se
materializa se os parágrafos se apresentarem bem construídos, ordenados. Quando
assim se apresentam, logo afirmamos que se trata de um texto que possui coesão,
e se ela se faz evidente, afirmamos também que ele está coerente, pois ambos os
aspectos “trilham” (ou pelo menos devem trilhar) juntos o mesmo caminho.
Partindo então de tais princípios, cabe ressaltar
que essa articulação, uma vez manifestada, pode se dar tanto no nível das
frases quanto no nível do próprio texto, por meio dos articuladores
lógicos do texto e dos próprios conectivos.
Quando no nível das frases, a
articulação se dá mediante o uso de pronomes, os quais fazem referência
a elementos antes proferidos; bem como das conjunções, uma vez que essas
estabelecem distintas relações entre as orações, podendo ser de causalidade,
temporalidade, oposição, consequência, condição, conclusão, entre outros
aspectos.
Manifestando-se no nível do texto, a
articulação se caracteriza pela relação que se estabelece entre as partes
maiores desse, como é o caso da introdução, desenvolvimento e conclusão.
Dessa forma, atuando como casos representativos desse aspecto, eis algumas expressões
notadamente expressas por “dessa forma”, “por outro lado”,,”por exemplo,”; sequências
numéricas, tais como “primeiro”, “segundo”, “primeiramente”, “em segundo
plano”, entre outras; conjunções de oposição, como, por exemplo, “não
obstante”, “apesar de”, ente outras.
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte
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