Segundo Mauro Piragibe Jr. (CRORJ 31826), diretor da Associação Brasileira de Odontologia, Seção Rio de Janeiro, os chamados adesivos são agentes de união. “Esses sistemas funcionam como se fossem dois braços, um se liga ao dente, e o outro ao material que está sendo aplicado. É utilizado um ácido, que abre as porosidades do dentes, e os materiais adesivos penetram nesses poros e se ligam à peça que está sendo colocada”, explica o profissional. As técnicas adesivas, quando bem executadas e seguindo todos os protocolos clínicos indicados, deixam os dentes mais resistentes, com menos desgaste, e garantem uma maior durabilidade das restaurações.
Para o presidente da Academia Brasileira de Odontologia Estética, Carlos Loureiro Neto (CROSP 29722), os chamados adesivos dentinários são a essência da odontologia reabilitadora. “Essa técnica é utilizada em tudo o que se refere a procedimentos restauradores e ortodônticos, desde a colagem dos brackets dos aparelhos até procedimentos preventivos, como selamento de fissuras dentais em crianças”, afirma o dentista.
Carlos Loureiro explica que, quando não existiam os sistemas adesivos, as cavidades dentais precisavam ser mais desgastadas para realizar restaurações, de modo que os materiais pudessem ficar dentro dessas estruturas sem que se soltassem. No caso dos aparelhos ortodônticos, usavam-se cintas de aço inoxidável ou inox, que se “abraçavam” aos dentes e depois eram cimentadas sobre a estrutura dental. Em muitos casos, esses procedimentos favoreciam infiltrações e até cáries, podendo gerar problemas durante e após a sua utilização.
Conforme Piragibe, antes da criação das técnicas adesivas, o uso de estruturas de metais, como ouro, eram mais comuns. As peças eram cimentadas com fosfato de zinco, sem muita preocupação com a estética.
Com o desenvolvimento do sistema adesivo, os resultados dos procedimentos passaram a ser mais belos e naturais.
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