Segundo cartas anexadas à defesa, o deputado do PMDB tem um patrimônio aproximado de US$ 16 milhões
© Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
Política
CCJ
Há 49 mins
POR Folhapress
Os advogados da mulher do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
Cláudia Cordeiro Cruz, apresentaram à Justiça Federal do Paraná
documentos que classificam Cunha como "um investidor com profundo
conhecimento do mercado", o que justificaria seu patrimônio milionário.
Segundo cartas anexadas à defesa, o deputado do PMDB tem um
patrimônio aproximado de US$ 16 milhões, amealhado "ao longo de 20 anos
de investimentos" e de compra e venda de imóveis na Barra da Tijuca.
"[Eduardo Cunha] é um investidor muito entendido no assunto", escreve um gerente do banco Merrill Lynch, que atribui ao deputado "um amplo portfólio de ações".
As cartas destacam que Cunha, quando diretor da Telerj (antiga estatal de telecomunicações do Rio de Janeiro), era "muito bem-sucedido e foi um dos responsáveis pela entrada do telefone celular no país". Na época, ganhava bônus de até US$ 350 mil.
Com esses rendimentos, Cunha teria comprado terrenos e imóveis na Barra da Tijuca, de onde vem "a maior parte de sua riqueza".
"Os mercados domésticos tiveram um desempenho extraordinário recentemente", pontua uma carta do banco Merrill Lynch em Genebra.
Segundo os gerentes bancários, Cunha comprou imóveis na planta, ainda em desenvolvimento, e os vendeu assim que concluídos. "Ainda investe dessa maneira", diz um deles.
As cartas fazem parte da documentação das contas que Cunha mantinha no exterior, segundo seus advogados, e foram anexados à defesa prévia de Cláudia Cruz, na ação que responde na Justiça Federal do Paraná.
Ela foi denunciada sob acusação de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, suspeita de se beneficiar da propina de US$ 1,5 milhão destinada a Cunha num contrato da Petrobras.
Para os advogados Pierpaolo Bottini, Cláudia San Juan Araújo e Stephani Guimarães, que assinam a defesa, não há ilicitude nos valores recebidos, que "não eram de todo incompatíveis com a posição patrimonial do casal".
A defesa ainda argumenta que Cunha, como deputado federal, não tinha nem nunca teve qualquer poder para nomear diretores ou interferir em contratos na Petrobras -conforme sustenta o Ministério Público Federal.
"Cunha tinha inclusive notória inimizade com a chefe de governo [a presidente afastada Dilma Rousseff], que o levou inclusive a presidir sessão de abertura de processo de impeachment", escrevem os advogados.
Para a defesa, a denúncia "viola os princípios do contraditório e da ampla defesa", por não incluir a íntegra da investigação feita na Suíça e das delações premiadas que deram fundamento à ação. A defesa pede a absolvição sumária de Cruz.
TESTEMUNHAS
No documento, os advogados ainda pedem a convocação de 26 testemunhas de defesa para Cláudia Cruz -entre elas, um ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Francisco Rezek, sete deputados federais e o atual ministro dos Transportes, Mauricio Quintella (PR-AL).
Entre os parlamentares, foi convocado o relator do processo de impeachment de Dilma, Jovair Arantes (PTB-GO).
Também integram a lista Hugo Motta (PMDB-PB), que presidiu a última CPI da Petrobras; Felipe Maia (DEM-RN); o aliado Carlos Marun (PMDB-MS); Gilbert Nascimento (PSC-SP); Bruno Araújo (PSDB-PE); e Átila Lins (PSD-AM).
O juiz Sergio Moro deve decidir em breve as datas das audiências. Com informações da Folhapress.
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"[Eduardo Cunha] é um investidor muito entendido no assunto", escreve um gerente do banco Merrill Lynch, que atribui ao deputado "um amplo portfólio de ações".
As cartas destacam que Cunha, quando diretor da Telerj (antiga estatal de telecomunicações do Rio de Janeiro), era "muito bem-sucedido e foi um dos responsáveis pela entrada do telefone celular no país". Na época, ganhava bônus de até US$ 350 mil.
Com esses rendimentos, Cunha teria comprado terrenos e imóveis na Barra da Tijuca, de onde vem "a maior parte de sua riqueza".
"Os mercados domésticos tiveram um desempenho extraordinário recentemente", pontua uma carta do banco Merrill Lynch em Genebra.
Segundo os gerentes bancários, Cunha comprou imóveis na planta, ainda em desenvolvimento, e os vendeu assim que concluídos. "Ainda investe dessa maneira", diz um deles.
As cartas fazem parte da documentação das contas que Cunha mantinha no exterior, segundo seus advogados, e foram anexados à defesa prévia de Cláudia Cruz, na ação que responde na Justiça Federal do Paraná.
Ela foi denunciada sob acusação de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, suspeita de se beneficiar da propina de US$ 1,5 milhão destinada a Cunha num contrato da Petrobras.
Para os advogados Pierpaolo Bottini, Cláudia San Juan Araújo e Stephani Guimarães, que assinam a defesa, não há ilicitude nos valores recebidos, que "não eram de todo incompatíveis com a posição patrimonial do casal".
A defesa ainda argumenta que Cunha, como deputado federal, não tinha nem nunca teve qualquer poder para nomear diretores ou interferir em contratos na Petrobras -conforme sustenta o Ministério Público Federal.
"Cunha tinha inclusive notória inimizade com a chefe de governo [a presidente afastada Dilma Rousseff], que o levou inclusive a presidir sessão de abertura de processo de impeachment", escrevem os advogados.
Para a defesa, a denúncia "viola os princípios do contraditório e da ampla defesa", por não incluir a íntegra da investigação feita na Suíça e das delações premiadas que deram fundamento à ação. A defesa pede a absolvição sumária de Cruz.
TESTEMUNHAS
No documento, os advogados ainda pedem a convocação de 26 testemunhas de defesa para Cláudia Cruz -entre elas, um ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Francisco Rezek, sete deputados federais e o atual ministro dos Transportes, Mauricio Quintella (PR-AL).
Entre os parlamentares, foi convocado o relator do processo de impeachment de Dilma, Jovair Arantes (PTB-GO).
Também integram a lista Hugo Motta (PMDB-PB), que presidiu a última CPI da Petrobras; Felipe Maia (DEM-RN); o aliado Carlos Marun (PMDB-MS); Gilbert Nascimento (PSC-SP); Bruno Araújo (PSDB-PE); e Átila Lins (PSD-AM).
O juiz Sergio Moro deve decidir em breve as datas das audiências. Com informações da Folhapress.
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