Líderes que participam da CCJ e atuam em campo oposto ao de Eduardo Cunha, orientaram suas bancadas a não registrar presença na sessão plenária antes que termine a votação do relatório de Ronaldo Fonseca na Comissão. O relatório recomenda a anulação da votação do Conselho de Ética por entender que a forma como foi feita não está prevista no Regimento Interno da Câmara.
Aliados do ex-presidente da Câmara tentavam evitar que dez oradores falassem durante a sessão desta quarta para que adversários de Cunha não chegassem a pedir o encerramento da discussão. O pedido para encerramento da discussão só pode ser feito após dez deputados inscritos falarem. Mas, passadas cinco horas do início da reunião, o requerimento, de autoria de Alessandro Molon, chegou ao presidente da Comissão, Osmar Serraglio.
— Estamos aqui confinados numa ilha. Nem ibope isso aqui está dando. Peço que marque a hora que esta sessão vai acabar — pediu Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha, a Serraglio.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) contou que articulou pessoalmente com Maranhão o adiamento da sessão que vai eleger o novo presidente da Câmara, marcada para começar a partir das 19h.
Segundo parlamentares próximos ao presidente interino, ele ainda não engoliu a fala de Cunha no dia da renúncia, quando ele disse que a Câmara estava "acéfala" e com uma "interinidade bizarra". Como O GLOBO informou naquele dia, Maranhão ficou irritado com as declarações do peemedebista.
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